26 de outubro de 2009
Aquela segunda
Eu sempre quis ter uma história legal pra contar, sabe. Imagina que chato dizer "ah, a gente se conheceu na fila do pão" ou "não lembro direito, estava muito bêbado na hora". Não, nada disso. A gente se encontrou a primeira vez na pista de dança e eu simplesmente não dei a mínima. "Você é amigo da...". Aham. Eu estava de mau humor e um aham já era mais do que eu podia oferecer naquele momento. Alguns meses depois eu tinha entrado pra aula de dança contemporânea, nem sei bem o porquê. Fazia aos sábados à tarde, talvez só pra relaxar da chatisse do meu segunda-à-sexta. Mas pra acabar com a minha não-rotina do fim de semana, o professor precisou viajar e me pediu pra ir às aulas no meio da semana. Detesto conhecer gente nova, detesto mudanças que eu não tenha planejado, mas mesmo assim fui. Dia novo, horário novo e, claro, gente nova. Oi, tudo bem, sou novo aqui. Olá. Oi. Tudo bem? Faço aula aos sábados. Não, só vou vir por algumas semanas. De repente um abraço forte e caloroso de alguém que eu achei que nunca tinha visto na vida. Err... oi. As pessoas realmente são calorosas por aqui, pensei. Não reconheci de cara, novo corte de cabelo, luz natural, nada de música alta, nem gente bêbada ou pouca luminosidade. Mas daí veio o clique. Uou! A partir dali foram oranges, risadas, jequices, beijos, eventuais bebedeiras com direito a vômito e um "sai daqui que não quero que você me veja desse jeito". Claro que não sai. E já faz um tempo isso. Alguns bons meses pra ser mais exato. Ok, já foram dois reveillons, quase indo para o terceiro. Há seis meses estamos nesse apartamento, no quinto andar. Um apartamento bem pequeno, um quarto-e-sala. Claro, tem cozinha e banheiro. Sim, a gente briga de vez em quando. E faz as pazes. E sai da rotina. E bebe no bar aqui da quadra. Já até fizemos amizade com a moça que fica no caixa, vamos ao verdurão comprar maçãs do senninha e na padaria aqui perto vende aqueles cigarros mentolados que são difíceis de encontrar. Que bom que fui à aula naquela segunda-feira.
19 de outubro de 2009
Jardã de Marambaia

18 de outubro de 2009
Cigas


17 de outubro de 2009
Vamos abrir um café?
Meus olhos ardem. Meu dia começou umas sete da manhã e terminou quase onze da noite. Cheguei em casa quase duas da manhã. E essa prova? O que eu quero provar com essa merda toda? Preciso disso tudo? Bem, estou aqui depois de algumas latinhas, sozinho em casa. Bjork canta ali no som. Um jazz naquela língua doida dela. Só penso na prova. E o que eu quero provar? Nada. Preciso de mais cerveja. Não tenho nada a ver com isso tudo. Tudo bem por enquanto, mas e depois? Depois eu penso nisso... Ele dança longe. Eu sorrio daqui. Saudades. A casa fica gigantesca quando a gente está sozinho. Pensei até num MBA, acredita? Quem sabe eu vire um CEO. Ou quem sabe um FDP? Sei lá. Perdido. Até achei que tenho DDA. Talvez seja só TOC. Ok, detesto oito às doze, catorze às dezoito. E não quero mais saber de lançamento, anulatória, repetição de indébito, ISS, IOF, ITBI, isenção heterônoma. E nada de rodovias, concessões e pedágios, por favor. Vamos abrir um café? Preciso de mais cerveja.
16 de outubro de 2009
Visitas

15 de outubro de 2009
14 de outubro de 2009
13 de outubro de 2009
Diamantes

12 de outubro de 2009
Desodorante.
Na farmácia, após comprar um desorante, aliás, um mini-desodorante, pois achei ótima a embalagem. "Posso fazer uma pergunta indiscreta?". Calma, sempre vem alguma lapada quando alguém me fala algo assim. Imagino milhares de perguntas malucas, mas a curiosidade me mata. Claro, pode perguntar. "Para que comprar desodorante? Seu perfume é ótimo...". Fiquei feliz, devo confessar. Agradeci, paguei e fui embora.
11 de outubro de 2009
Vida moderna
10 de outubro de 2009
Dúvida
Eu tenho tanta coisa pra estudar, mas o dia tá tão bonito lá fora. Ok, vamos lá. Força! Vou tomar um banho, fazer um café e cair nos livros. Argh!
9 de outubro de 2009
8 de outubro de 2009
Individual

Tem dias que almoço sozinho. Não me incomodo com o burburinho da praça de alimentação e nem com a correria para arranjar um lugar. A cabeça sempre tão longe. Como a comida rapidinho e vou dar uma volta pelo centro. Vejo os grafittis, os stencils, as promoções, as geringonças, uma galeria de arte, as lojinhas interessantes, os vendedores ambulantes e às vezes encontro alguma coisa que me dá vontade de comprar. Ou simplesmente sento perto de uma fonte e leio um capítulo de um livro. O problema é que nunca quero voltar pro escritório...
Coletivo

6 de outubro de 2009
Adolescente
Imagina um sábado em que você joga viodegame com seus amigos bebendo muita cerveja e caipirinha, depois pega um ônibus de noite, bebendo algumas latinhas de cerveja e vai curtir um show de graça ali na Esplanada, claro, bebendo muito. No show, você come um cachorro-quente, samba, encontra outros amigos e fica até o finzinho. Depois pega um taxi e volta pra casa morto de cansaço. Nada de carro e nada de preocupação com a lei seca, só você, seus amigos e sua cerveja. E melhor ainda se o show for da Elza Soares com o Farofa Carioca. Preciso de mais noites de adolescente!
2 de outubro de 2009
Caoslorias
Nestes dias uma onda de dieta paira sobre a gente, afinal de contas aqueles quilos extras não vão embora sozinhos. Tudo ia muito bem com as barras de cereais e as saladas. Cheguei em casa, fiz uma daquelas sopinhas em pó de baixa caloria que são até surpreendentemente gostosas, esquentei um rap-dez com azeite, alecrim e orégano e de sobremesa mordi um melzinho pra aplacar minha vontade enlouquecedora de comer aqueles chocolates que ganhei no começo da semana. Mas quem disse? Algumas horas depois eu estava no bar tomando um cervejinha e beliscando uma porção de potatoes skins, quitute nada leve feito com batata assada e coberta com bacon e cheddar. Mas hoje de volta pras saladas...
1 de outubro de 2009
Tcha-tcha-tcha
Tem preto, tem branco e tem verde. Tem de hortelã, maçã com canela e indiano. Tem um que custou os olhos da cara, mas tem também o banchá que foi baratinho. Claro, não pode faltar o bom e velho mate com limão. E os gelados pra quando faz calor.
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