São Paulo secou. Já nem me lembro a última vez que vi chuva por aqui. E, claro, todos os paulistanos reclamam da secura, dos lábios racharem, da pele esbranquiçar, das tonturas e dores de cabeça. Eu, por outro lado, convivo com seca desde que nasci.
Em Brasília é super comum nessa época ficarmos uns quatro meses sem uma gota sequer cair do céu. Ou seja, desenvolvi resistência e hoje em dia acho ótimo esses períodos de estiagem.
E olhar para o céu e não ver nenhuma nuvem me faz sentir ainda mais saudade de Brasilia. Só me faltam os ipês floridos, as árvores retorcidas, a grama cinza e aquele céu gigantesco e azul.
Sou completamente retirante do cerrado. Adoro morar e trabalhar aqui, mas quando penso em casa, penso no quadradinho de Goiás.
E se não vou até Brasilia, ela vem até mim na forma dessa secura do ar tão familiar pra mim.
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