23 de abril de 2020

De casa


Aproveitei que o dia de trabalho estava mais tranquilo e decidi pegar um pouco mais leve. Não teve videoconferências e nenhum prazo para hoje. Resolvi fazer um almoço mais caprichado, do zero. Piquei tudo, fiz uma programação de etapas e achei que conseguiria fazer rápido, mas levei duas horas para fazer feijão e galinhada. Ficaram bem gostosos e foi muito bom comer algo fresquinho, feito na hora, pois em geral a gente sempre requenta algo que fizemos antes.

Depois do almoço fiquei monitorando a demanda de trabalho pelo celular e pelo computador, mas resolvi trabalhar do quarto enquanto passava aquele filme maravilhoso da Queen Latifah em que ela é diagnosticada com uma doença terminal e resolve aproveitar a vida para descobrir que não tinha doença nenhuma. Adoro esse filme e sempre passa na tv. Há quanto tempo não curto um filme no meio do expediente?

Desde que começou a epidemia eu tento trabalhar como se estivesse no escritório, mas a casa não é um escritório. Foi bom poder ter um dia mais tranquilo em meio a essa crise toda e a demanda maluca de trabalho que tenho tido ultimamente (as pessoas não sabem que estamos numa epidemia? Por que querem trabalhar como se nada tivesse acontecido?).

Enfim, um dia de cada vez. Eu sempre tenho que consultar o calendário do celular para saber exatamente que dia da semana é hoje. Já é a quinta semana que trabalho de casa e não tinha noção de como já tem tempo que a vida mudou completamente. Um dia de cada vez.

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