Descobri que não sou muito sociável. Não chego a ser antissocial, mas não sinto falta das conversas perto do filtro de água ou da garrafa térmica de café. Não sinto falta das festas mensais de aniversariantes da superintendência. Não sinto falta das reuniões presenciais. Ainda não me sinto preparado para voltar a ter as interações sociais, tenho conversado com meus amigos apenas pela internet e telefone. Eu não consigo tirar a máscara, nem me imagino comer em um restaurante cheio, mesmo com as duas doses da vacina. E de repente convocaram arbitrariamente para metade das pessoas voltar ao trabalho presencial na semana que vem. Corri para fazer os preparativos da adesão ao trabalho remoto permanente.
Acho que ter tido covid me deixou com muito medo de ter novamente. É uma doença pesada. Foram muitos dias de febre, de transpiração, de fraqueza, de falta de olfato e paladar. Foi uma das poucas vezes que pensei que fosse morrer e que meu marido fosse morrer. Fiquei grudado no oxímetro e no termômetro. Não quero viver essa doença novamente. E mais de 600 mil pessoas faleceram desde o começo de 2020 aqui no país
Talvez apenas quando finalmente a pandemia acabar eu me sentirei seguro para ter interações sociais presenciais. Já vejo notícias de aumento de casos nos países do Norte e sinto um calafrio.
Das coisas que vivenciei com a pandemia acho que ficarei com o trabalho remoto, a higienização das compras e a máscara em algumas situações. Mas sinto que estou bem cabreiro e caseiro, depois vou encontrar um equilíbrio, mas aos poucos. De qualquer forma, tenho aprendido mais comigo e a me respeitar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário