28 de janeiro de 2022
Sexta!
26 de janeiro de 2022
Sem capacidade social
Sábado foi aniversário do meu sobrinho e minha irmã organizou uma pequena festa no quintal da casa dos meus pais só para nós. Havia meses que eu não via nem meu sobrinho nem minha irmã ao vivo, só pelo telefone. Eu fiquei de máscara o tempo todo e não comi nem bebi nada. Foi muito desconfortável, não tenho mais capacidade social para interagir com as pessoas. Não consegui relaxar e quase não interagi. Não tenho intimidade com meu sobrinho, acho que ele nem sabe direito quem eu sou. Acho que virei bicho do mato mesmo. Só gosto de ficar em casa com meu marido e nosso cachorro, além do no máximo ir à padaria ou ao mercado.
21 de janeiro de 2022
Sexta!
14 de janeiro de 2022
Sexta!
10 de janeiro de 2022
Pequenos remédios para a minha saúde mental na pandemia
Não tem sido fácil ter um pouco de saúde mental nos últimos meses. Não que antes fosse fácil, mas acho que a pandemia intensificou tudo. Ao mesmo tempo é preciso se adaptar e tentar sobreviver todos os dias. E sei que tenho muitos privilégios, como trabalhar em casa e ter saúde.
Resolvi então escrever sobre alguns dos remédios que me ajudam.
Meu marido é um dos principais. Nós nos unimos mais ainda e criamos uma rotina semanal para a faxina, o preparo da comida, as compras, nosso happy hour e tudo mais. Não brigamos nesses últimos tempos mesmo que o nosso trabalho seja de casa e estamos praticamente 24h juntos.
Tominhas, nosso cachorro, tem ajudado muito. Eu não tinha ideia de como era ter cachorro. Os nossos passeios de manhã cedo aqui perto de casa. Enquanto ele descobre a vizinhança escuto alguns podcasts e vejo as plantas, os insetos, as outras pessoas e bichos, além de o tempo todo ver como ele é um cachorro incrível. É muito esperto e tem muita personalidade. Ele tem me ensinado que mesmo pequeno ele também tem suas escolhas, humores e autonomia.
Resolvi então escrever sobre alguns dos remédios que me ajudam.
Meu marido é um dos principais. Nós nos unimos mais ainda e criamos uma rotina semanal para a faxina, o preparo da comida, as compras, nosso happy hour e tudo mais. Não brigamos nesses últimos tempos mesmo que o nosso trabalho seja de casa e estamos praticamente 24h juntos.
Tominhas, nosso cachorro, tem ajudado muito. Eu não tinha ideia de como era ter cachorro. Os nossos passeios de manhã cedo aqui perto de casa. Enquanto ele descobre a vizinhança escuto alguns podcasts e vejo as plantas, os insetos, as outras pessoas e bichos, além de o tempo todo ver como ele é um cachorro incrível. É muito esperto e tem muita personalidade. Ele tem me ensinado que mesmo pequeno ele também tem suas escolhas, humores e autonomia.
Converso quase todos os dias com minha família e amigos pelos aplicativos de mensagem. Tem amigos que não vejo desde que comecei a pandemia, mas mesmo assim me sinto conectado pelas mensagens, memes, vídeos engraçados.
Trabalho de casa desde que começou a pandemia. E algumas pessoas do meu setor foram obrigadas a voltarem ao presencial e não consigo entender. Quase todo mundo se adaptou ao remoto, não vejo porque obrigar pessoas a voltarem ao presencial. De qualquer forma, minha rotina tem sido muito boa e tenho interagido com os colegas e meu chefe pelos aplicativos de mensagem do trabalho, além de poder acessar os documentos pelos sistemas de armazenamento na nuvem. Mesmo as reuniões que antes durariam várias horas (e às vezes seriam preciso viajar) agora são bem mais rápidas. Trabalho praticamente de pijama.
Alimentação é essencial também. Desde que tivemos covid no começo de 2020 resolvemos nos alimentar melhor e regularizar as taxas todas. Desde então meu marido planeja um menu na semana e cozinha enquanto eu faço a faxina na casa. É uma trabalheira, mas faz muita diferença comer bem. As comidas são simples e no almoço quase sempre é frango, mas não acho enjoativo. É comida boa, saudável, temperada. Não sinto mais incômodo, refluxo, azia e conseguimos perder muitos quilos. No final de semana a gente abre algumas exceções.
Tenho tentado dormir bem. Não uso mais alarme desde que comecei a trabalhar de casa e percebi que tenho ido dormir mais cedo, além de acordar mais cedo. Alguns dias acordo 05h30 e vou dormir um pouco depois das 22h. Parece que vivo na roça, mas é uma rotina que naturalmente me corpo chegou.
No final da tarde, quando acabamos de trabalhar, a gente tenta caminhar aqui por perto. Tentamos correr alguns dias, mas não rolou. Na caminhada a gente consegue conversar, ver as coisas que acontecem. A gente procura caminhar pela ruas sem saída das casas aqui perto, pois são menos movimentadas que o calçadão.
A yoga que faço em casa tem me ajudado muito também. Eu havia começado aulas em 2009 e fiz durante um ano. Depois deixei de lado e fui redescobrir nos primeiros meses da pandemia. Desde então faço ao menos duas vezes por semana. Sempre acordo cedo e então faço enquanto o dia amanhece. É a mesma aula de sempre, com posições sentado, em pé, depois deitado e no final um relaxamento. Percebi que estou mais flexível e a meditação guiada no final me ajuda muito. Mesmo nas férias não deixei de fazer.
O kindle é outro remédio. Tenho conseguido ler todos os dias depois do almoço. Mesmo que poucas páginas por dia, de repente consegui terminar vários livros. O kindle facilita muito. Tentei ler vários livros ao mesmo tempo, mas descobri que o melhor para mim é ler um de cada vez. Simplesmente abro a capa e ele já inicia na página que parei. Gosto do medidor de quantos minutos faltam para terminar um capítulo ou um conto, mas algumas vezes paro no meio mesmo e retomo no dia seguinte.
Quase não temos saído de casa. Conseguimos encomendar as compras de mercado e outras coisas que precisamos para entregar em casa. Temos saída apenas para comprar coisas no verdurão e para visitar nossa família. Sempre com as máscaras PFF2 e só tiramos quando chegamos em casa.
Videogame é algo inesperado. Não imaginei que fosse gostar tanto dos novos jogos. Nos dias que não faço yoga jogo um pouco de manhã cedo. E fico impressionado que alguns jogos têm já mais de cinquenta horas que estou neles. Blasphemous, Castlevania Requiem, Last of Us (partes 1 e 2) e os DOOM (I, II, III e 2016) são os que mais tenho jogado. É engraçado que gosto mais dos jogos antigos. Vários desses jogos têm mais de 20 anos e acho incrível que ainda são jogados e disponibilizados nas lojas virtuais. Sempre fico de olho nas promoções e nas resenhas. Comprei o Witcher 3 para depois que terminar Last of Us parte 2. E quero comprar Quake e Bloodstained quando tiver promoção.
Não tem sido nada fácil ter um pouco de saúde mental com a pandemia, mas é bom reconhecer o que me tem feito bem nesses últimos meses e que me ajudam a sobreviver. Ainda não tem previsão de quando a pandemia vai acabar. Já são quase dois anos e agora os casos aumentaram bastante. Mas uma hora vai terminar. E quero sobreviver e estar com saúde.
Alimentação é essencial também. Desde que tivemos covid no começo de 2020 resolvemos nos alimentar melhor e regularizar as taxas todas. Desde então meu marido planeja um menu na semana e cozinha enquanto eu faço a faxina na casa. É uma trabalheira, mas faz muita diferença comer bem. As comidas são simples e no almoço quase sempre é frango, mas não acho enjoativo. É comida boa, saudável, temperada. Não sinto mais incômodo, refluxo, azia e conseguimos perder muitos quilos. No final de semana a gente abre algumas exceções.
Tenho tentado dormir bem. Não uso mais alarme desde que comecei a trabalhar de casa e percebi que tenho ido dormir mais cedo, além de acordar mais cedo. Alguns dias acordo 05h30 e vou dormir um pouco depois das 22h. Parece que vivo na roça, mas é uma rotina que naturalmente me corpo chegou.
No final da tarde, quando acabamos de trabalhar, a gente tenta caminhar aqui por perto. Tentamos correr alguns dias, mas não rolou. Na caminhada a gente consegue conversar, ver as coisas que acontecem. A gente procura caminhar pela ruas sem saída das casas aqui perto, pois são menos movimentadas que o calçadão.
A yoga que faço em casa tem me ajudado muito também. Eu havia começado aulas em 2009 e fiz durante um ano. Depois deixei de lado e fui redescobrir nos primeiros meses da pandemia. Desde então faço ao menos duas vezes por semana. Sempre acordo cedo e então faço enquanto o dia amanhece. É a mesma aula de sempre, com posições sentado, em pé, depois deitado e no final um relaxamento. Percebi que estou mais flexível e a meditação guiada no final me ajuda muito. Mesmo nas férias não deixei de fazer.
O kindle é outro remédio. Tenho conseguido ler todos os dias depois do almoço. Mesmo que poucas páginas por dia, de repente consegui terminar vários livros. O kindle facilita muito. Tentei ler vários livros ao mesmo tempo, mas descobri que o melhor para mim é ler um de cada vez. Simplesmente abro a capa e ele já inicia na página que parei. Gosto do medidor de quantos minutos faltam para terminar um capítulo ou um conto, mas algumas vezes paro no meio mesmo e retomo no dia seguinte.
Quase não temos saído de casa. Conseguimos encomendar as compras de mercado e outras coisas que precisamos para entregar em casa. Temos saída apenas para comprar coisas no verdurão e para visitar nossa família. Sempre com as máscaras PFF2 e só tiramos quando chegamos em casa.
Videogame é algo inesperado. Não imaginei que fosse gostar tanto dos novos jogos. Nos dias que não faço yoga jogo um pouco de manhã cedo. E fico impressionado que alguns jogos têm já mais de cinquenta horas que estou neles. Blasphemous, Castlevania Requiem, Last of Us (partes 1 e 2) e os DOOM (I, II, III e 2016) são os que mais tenho jogado. É engraçado que gosto mais dos jogos antigos. Vários desses jogos têm mais de 20 anos e acho incrível que ainda são jogados e disponibilizados nas lojas virtuais. Sempre fico de olho nas promoções e nas resenhas. Comprei o Witcher 3 para depois que terminar Last of Us parte 2. E quero comprar Quake e Bloodstained quando tiver promoção.
Não tem sido nada fácil ter um pouco de saúde mental com a pandemia, mas é bom reconhecer o que me tem feito bem nesses últimos meses e que me ajudam a sobreviver. Ainda não tem previsão de quando a pandemia vai acabar. Já são quase dois anos e agora os casos aumentaram bastante. Mas uma hora vai terminar. E quero sobreviver e estar com saúde.
7 de janeiro de 2022
Sexta!
6 de janeiro de 2022
Livros 2021
Tenho gostado cada vez mais do kindle. Todos os livros li por ele, geralmente depois do almoço, no intervalo antes de voltar a trabalhar. Gostei de todos os livros e me ajudaram muito, cada um do seu jeito. Aliás, com certeza os livros têm me ajudado muito a não pirar, principalmente nessa época de pandemia.
Minha querida Sputnik - Haruki Murakami
Eu sou doido por Murakami, já perdi as contas de quantos livros dele já li. Sputinik é maravilhoso, cheio de mistérios e coisas fantásticas.
O elefante desaparece - Haruki Murakami
Quis continuar na onda Murakami e peguei um livro de contos. Vários textos incríveis, inclusive o conto que deu origem ao Crônica do Pássaro de Corda, um dos meus livros favoritos.
Hilda Hilst - Da poesia
Tenho ficado cada vez mais fascinado por Hilda Hilst. Não tenho o costume de ler poesia, mas seus textos são maravilhosos. Nem todos entendi, mas li sem me preocupar muito, apenas pela fluidez e pelas imagens que se formavam na minha mente.
A maçã no escuro - Clarice Lispector
Clarice. Nunca li nada ruim escrito por ela. Maçã no escuro é denso, cheio de suspense. Tem um começo que já fisga (um homem que corre para fugir de algo) e muitos questionamentos. Maravilhoso.
Tudo que já nadei - Letrux
Sou fã da Letrux, desde a época do Letuce e o seu livro é uma delícia. Parecia que ela estava ao me lado para me contar vários pensamentos e experiências.
Vergonha dos pés - Fernanda Young
Ainda demoro a entender que Fernanda Young morreu. Eu li vários de seus livros lá nos meus vinte anos e era fã de todos os programas que ela participou no roteiro ou na apresentação. E, claro, adorei o livro. É uma viagem ao começo dos anos 90.
The Fran Leibowitz Reader
Não conhecia Fran até ver seu documentário no Netflix (Faz de conta que é uma cidade). O livro é antigo e algumas coisas ficaram bem datadas (como os textos sobre pessoas LGBTQIA+), mas eu gostei muito mais da personalidade da Fran no seu documentário do que o livro.
How to change your mind - Michael Pollan
Mudou minha vida. Depois assisti o documentário Fungos Fantásticos fiquei ainda mais fascinado pelos fungos psicodélicos.
Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar - Fernanda Young
O primeiro livro escrito por Fernanda Young e o primeiro a ser publicado postumamente. É um bom livro, mas não me fisgou muito. De qualquer forma é ótimo por ser um documento histórico, um registro do começo da carreira literária de Fernanda Young.
Marighella - Mario Magalhães
Eu não conhecia muito o Marighella, mas quis ler o livro antes de ver o filme de Wagner Moura. O livro e o filme são maravilhosos. O livro tem muito mais informação do que o filme e os dois se complementam muito bom. E infelizmente ainda está bastante atual com o governo que temos ainda em 2022.
Fluxo-floema - Hilda Hilst
Comecei a ler a prosa de Hilda Hilst depois de terminar de ler a coletânea com suas poesias. São alguns contos maravilhosos e super atuais. Imaginei que poderiam virar filme.
Tarot and the archetypal journey - the junguian path from darkness to light - Sallie Nichols
Comprei um baralho de tarot da Pamela Smith e tenho gostado de estudar um pouco, tirar algumas cartas para mim mesmo. Gosto do tarot como essa ferramenta de autoconhecimento.
O cobrador - Rubem Fonseca
Eu nunca tinha lido nada do Rubem Fonseca e me interessei depois de ouvir um podcast sobre ele na Quatro Cinco Um. O livro é um retrato do Rio de Janeiro na época. Todos os contos são maravilhosos. Um dos que mais gostei é que se passa em um barco no Rio Amazonas. Aliás, todos poderiam inspirar filmes. Quero ler mais livros do Rubem.
Antes do baile verde - Lygia Fagundes Telles
Eu havia lido apenas "As Meninas" na época da escola. Também ouvi um podcast sobre Lygia na Quatro Cinco Um. O livro de contos é maravilhoso. Sempre imaginava os filmes na minha cabeça. Quero ler mais livros da Lygia com certeza.
Todos os contos - Julio Cortazar
Sou fã do Cortazar desde os meus vinte e poucos anos e adorei que lançaram todos os seus contos em uma edição de dois volumes com mais de mil páginas no total, incluindo textos publicados postumamente (como o Papeles Inesperados) e alguns textos sobre como ele fazia seus contos e alguns textos acadêmicos sobre Cortázar. Fiquei quase seis meses para terminar e curti cada momento.
5 de janeiro de 2022
Começou o ano
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