5 de setembro de 2009

4 de setembro de 2009

Conclusão

Ok, eu realmente gostaria de ir para casa agora. Mas...

Desencaixe

Quando tudo em minha cabeça parece desencaixar, segurar sua mão no caminho para o trabalho me dá tanta segurança.

3 de setembro de 2009

Hã?


E esse monte de chuvas no fim de agosto e começo de setembro? Será que vai dar certo esse tal de COP15?

2 de setembro de 2009

Caveirinha


Minha máquina de escrever andava meio triste e sem graça. Aproveitei que tinha ainda uns bons metros de viniltec de bobeira no armário e resolvi fazer esse adesivo de caveira pra dar uma animada. Ela continua simplesmente uma pequena máquina de escrever com acesso à internet, mas agora muito mais charmosa!

1 de setembro de 2009

Soneca



Depois das buzinas, dos engarrafamentos e de um dia cansativo no escritório, nada melhor do que uma cochilada no tapete da sala. Luzes desligadas e só o barulho da cidade lá embaixo. Vinte minutos que mudam minha noite...

31 de agosto de 2009

Esfiha

Um triângulo de massa recheada de calabresa de um dos mais tradicionais botecos árabes. Quem diria que uma esfirrinha ia me derrubar desse jeito? Fiquei mal. Mas o bom que é pude curtir uma
tarde bem tranquila, com direito a soneca e muito jazz antigo. Confesso que depois disso meu humor mudou e até minha alimentação ficou menos junk. Tudo por causa de uma esfirra!

19 de agosto de 2009

Canudinho

Amanhã coloco um chapéu estranho, aperto algumas mãos, sorrio para as fotos e deixo para trás seis anos. Provavelmente devo ouvir alguns discursos melosos que supostamente deveriam me encher de esperança e de dever cívico, abraço algumas pessoas que nem sei o nome e vou dizer em coro uma frase decorada e sem sentido. E, claro, pegar o tal canudo. Apesar dos perrengues, gostei desses anos todos. Muito! Tanto que estou com frio na barriga. Acabou assim: pluft. Somente no final comecei a gostar de verdade, a me encontrar ali dentro, entre gravatas e códigos. Tem o mestrado, eu sei, mas não quero projetos teóricos, práticas docentes e pensadores alemães por enquanto. Amanhã magicamente saberei de tudo. Ou não. E a vida continua, com meu emprego pagador-de-contas e com todas as incertezas sobre essas milhares de opções de futuros.

Atualização (o único de calça jeans, camiseta e allstar):

30 de junho de 2009

E agora?

Acordei na hora. Ele já estava se arrumando para ir. Bom dia, com voz rouca e preguiçosa. E como ainda era cedo, dormi mais um pouco. A casa já estava vazia quando levantei. Olhei os papéis em cima da mesa, respirei fundo e resolvi preparar meu café da manhã. Ansiedade. Era o dia da apresentação do meu trabalho. Alguns anos trabalhando nisso e uma boa intensificada nos últimos quatro meses: noites sem dormir, shows perdidos, festas não dançadas, amigos sem curtir, filmes não vistos e horas não namoradas. Ao invés disso, livros, artigos, revistas. Na sala o frio na barriga era quase um iceberg. Vomito quaisquer palavras sobre o trabalho. Os professores elogiam, fazem algumas críticas, mas nada de perguntas constrangedoras sobre possíveis contradições. Elogios que eu nem sequer esperava. E no final a ficha de avaliação com nota máxima. Seis anos já estão quase no fim e o diploma já está logo ali. E agora?

22 de junho de 2009

Crisis

O fim de semana foi de crise. Mas nem todas as crises exigem solução, talvez somente uma mudança de perspectiva. E nem todas as crises são ruins. De qualquer forma foi interessante me sentir completamente impotente para resolver alguns problemas.

20 de junho de 2009

Mono

Atualmente minha vida se resume a chegar no trabalho, terminar tudo o quanto antes e ler e fichar artigos para a monografia. Isso de dia. De noite como algo, curto minha Marambaia e meu Marambaio e venho para esta máquina de escrever fazer a monografia. Li, reli tudo e imprimi a versão preliminar. Virei algumas noites, é verdade, mas valeu a pena. Entreguei para meu orientador em pleno sábado à noite e fui tomar uma cervejinha para comemorar. Na outra semana recebo a mensagem: "Imperador, só alegria. Li a mono, só precisa de pequenos ajustes, mas já está pronta, muito boa. Até a hora do almoço deixo na minha portaria". Nem acreditei quando li. O quê? Pronto? Já no dia dois de junho estava com os ajustes feitos, impressa e com as cópias da banca avaliadora encadernadas. Nesse meio tempo, nasceu a filha do meu orientador, uma das professoras da banca teve de viajar ao exterior e eu dei até uma palestra sobre meu tema. Mas dia 29, um pouco mais de uma semana, terei defendido e praticamente terei o diploma em mãos. Seis anos numa faculdade e parece que foi ontem...

20 de maio de 2009

Copacabana me engana





Último dia do evento. Não me deu muita vontade de passar o fim da minha temporada carioca dentro de quatro paredes em uma sala acarpetada e cheia de engravatados. Saí. Andei a pé pelo calçadão de Ipanema e pensei na vida. Lembrei da Marambaia e como seria bom ter quem eu quero por aqui. Andei, andei, andei. Aliás, todos deviam estranhar alguém de calça jeans e camisa caminhando na beira da praia, mas e daí? Por que não uma cervejinha? A essa altura eu já estava em Copacabana, subi perto do Posto 9 e fui para um bar devasso ali perto: hambúrguer e chop vermelho, por favor. Isso, uma ruiva. Aproveitei e dei uma olhada na tal da Farme de Amoedo e desci no posto 9 1/2. Gringos por todos os cantos e muita cor. Como eu queria morar aqui no Rio. Logo mais embarco de volta pra casa e o Rio vai me deixar muita saudade...

19 de maio de 2009

Ai, ai...


Caminho pelo centro de chinelas. Vários bares de tio, daqueles bem botecão. As lojas fecham às 19h? Realmente o centro não é de se brincar. Várias lojas de instrumentos musicais, mas nada de um bar decente. Humm, olha aquele café ali? Entro e já me sinto em casa: azulejos hidráulicos no chão, espelhos antigos e plaquinhas perto das mesas com os nomes de frequentadores famosos que já se foram há tempos. Cento e cinquenta anos? Quantas pessoas já se sentaram naquelas mesas? O garçon me oferece um café colonial, mas eu só quero uma cerveja. Peço uma daquela da garrafinha verde, leve e meio amarga. Rapidinho me chega um balde cheio de gelo e minha cerveja dentro. Pego o jornal do dia, tomo minha cerveja e agradeço estar no Rio de Janeiro a essa hora. Só queria mesmo que um pedacinho do Reino Unido estivesse ali comigo àquela hora. Na mensagem que tinha acabado de chegar ele dizia ainda estar trabalhando. E eu bêbado, pois não comia nada há tempos. Volto pro hotel e vejo uma fachada linda de cinema. Bem antigo. Será? Deve passar uns filmes de arte, quem sabe uns bem velhinhos. Err..., acho que não: striptease ao vivo. Mas antes ter virado um pornô do que mais uma igreja. Sigo pro hotel, pois o centro já está ficando meio vazio. E agora a monografia. Ai...

Preguiça



Saí mais cedo do evento. Rolou um coffee break e eu realmente não estava com vontade de ver mais alguns trabalhos técnicos. Caminhei pela orla do Leblon. Vi gringos, gente esquisita, aposentados, babás, corredores amadores, personals e muitos gringos. Pensei no tanto de gente já passou por ali. O cansaço era enorme, mas vi um vendedor de biscoito globo e não resisti, apesar de achar bem caro pagar dois reais por um saquinho minúsculo. E agora como faço para pegar o metrô? Caminhei, caminhei. Entro na integração (um ônibus que age como se fosse metrô) e já caio no metrô lotado. Pra que lado? Onde fica a Silva Jardim? O quê? Não conhece? Ai, caralho. É perto da Catedral Presbiteriana. Não sabe? Tá, valeu. E agora, Brasil? Hora do rush e eu no centro do Rio mais perdido. Ufa, cheguei. Entro, ligo a cobrar pros meus pais para saberem que estou vivo, subo correndo pro meu quarto e, puta merda, a chave não abre. Detesto esses cartões magnetizados, merda. Por que não fazem uma porcaria de uma chave? Desço e magnetizo de novo. Entro na minha cabine. Uma cerveja seria perfeito agora...

Praia


Nem acredito que eu to na praia. E eu vou ter que trabalhar com um sol desses lá fora? Chego no hotel do congresso e uou, como assim? É como se ele tivesse ficado preso no glamour carioca dos anos cinquenta. Mas o pior é a sensação de “o que estou fazendo aqui?”. Vários engravatados e eu com minha camisa xadrez, calça jeans e allstar. Não dress code para o evento. Resolvi ficar na minha, sentar mais no canto. Certamente devem achar que eu sou estagiário. Peguei ônibus, metrô e andei quinze minutos para chegar aqui, pois a diária que me pagaram só cobria um hotel supereconômico. De novo, o que estou fazendo aqui? Bem, estou no Rio e só de ver o mar, curtir o caminho no ônibus e comer um docinho na Colombo já faz minha viagem valer a pena. Aliás, não paguei hotel, nem passagem e muito menos a inscrição. Estou no lucro.

Centro


De Rio
Completamente perdido na cidade. Tudo é tão antigo, sujo e tão bonito no centro, bem diferente do reto e do concreto brasiliense, da aridez asséptica do planalto. Vem cá, esse ônibus passa na Niemeyer? O quê? A avenida só abre às 10h? Esse arquiteto acorda tarde, hein...

18 de maio de 2009

No Rio!

Engraçado ouvir o aviso de que qualquer pessoa com febre alta e gripe deve falar com a equipe do voo. Bem, espero realmente não estar com a suína, apesar de ser tentador ficar em um hospital descansando por uma semana. Melhor não. Ligo um jazz, mas escuto que fizeram uma parceria com uma fábrica de cerveja, ou seja, vou tomar uma latinha nas alturas, quase uma Hosana. Chego ao Rio e procuro o tal do “frescão”, pago quatro reais e rapidinho estou no outro aeroporto, bem mais perto do meu hotel superultraeconômico. Só nisso economizo uns quarenta reais fácil. Logo que chego, um casal de meninos anda tranquilamente de mãos dadas, afinal, por que não? Faço check-in e entro no meu quarto que mais parece uma cabine de avião. Finalmente cai a ficha: estou no Rio... e a trabalho. Sem ninguém pra tomar uma cervejinha, sem tempo de ir à praia. Mas estou no Rio.

17 de maio de 2009

E o avião?

Quatro dias e três noites, com hotel e traslado no Rio de Janeiro. Parece até promoção, mas na verdade é muito trabalho! Frio na barriga, principalmente por estar completamente sozinho em terras cariocas. E, claro, por ficar no centro do Rio. Eu sei, o centro é isso, o centro é aquilo, mas foi o hotel com o melhor custo benefício e, além disso, é daquela rede famosa que parece nome de autódromo. E as noites cariocas, afinal a Lapa é ali do lado? Bom, provavelmente estarei acompanhado desse computador e de um pouco de café para dar uma olhada nos capítulos finais da melhor novela já escrita: "Os Incríveis Tormentos de Uma Monografia Que Não Acaba Nunca". A bem da verdade eu não poderia viajar, já que o semestre está quase no fim e os prazos todos apertando, mas não tem como dizer não quando sua chefe chega e diz: "Você tem disponibilidade de viajar ao Rio?". Claro, não tenho vida particular além do trabalho. Aliás, vivo para trabalhar. Bom, mas de qualquer forma irei aproveitar, já que viagem é viagem. E, claro, saudades, muitas saudades de quem fica aqui nesse planalto. Tantas coisas mudando por aqui. Em trinta dias minha vida se transformou completamente. Cresci anos em poucas semanas. Mas e o avião?

6 de maio de 2009

Hã?

Depois de quase três semanas sem abrir um livro me bate um desespero com a tal da monografia. Sabe quando bate a sensação de "cansei de brincar, quero minha mãe"? O que me salva é ter a ilusão de que a vida após a graduação é um mar de rosas. Me engana que eu gosto.