12 de março de 2016

Casamentos

Hoje foi casamento da Mirna e do Erico e foi ótimo ver a felicidade deles. Mas casamentos religiosos são sempre estranhos pra mim, pois o padre fala coisas absolutamente sem sentido pra mim. Regras pra criação dos filhos, vontade de Deus, novelas. É estranho alguém que nunca casou dar conselhos pra pessoas que decidiram viver juntos suas vidas. Mas foi uma tarde gostosa e cheia de comidas gostosas.

Pensei muito se quero casar um dia, não no religioso, claro. Aliás, mesmo que a gente pudesse casar na igreja, eu não gostaria de fazer. Não sigo nenhuma religião. Acho muito melhor um casamento de dia numa fazenda na época da seca. Muita música brasileira, especialmente da Tropicalia, muitas comidas simples, muita bebida gostosa e poucas pessoas convidadas. Uma juíza de paz, algumas pessoas para falarem coisas sobre amor e pronto. Quem sabe role!

11 de março de 2016

Tento e tento

Aí tento meditar todo dia, tento comer direito, tento escrever assim que acordo, tento ler um pouco todo dia, tento me deixar mais calmo, mas centrado. Tento não me estressar tanto com a vida, tento não controlar o que não dá pra controlar, tento me preocupar com o que aparece dia a dia, sem focar em cenários que podem nunca acontecer, tento estar em contato com a minha essência, tento não cair na rotina, tento manter minha individualidade e minha identidade. E parecia que eu tinha conseguido fazer tudo isso e que dava certo. E então estoura uma bomba no meu trabalho e toda essa calma, esse foco, tudo isso começa a ruir. E eu me estresso, me assusto, fico nervoso, me desespero. Agora é voltar de novo pro começo. Respira, medita, relaxa. E de novo. E de novo. Uma hora funciona. E uma hora entendo. Uma hora tudo vai fazer sentido. Ou ao menos eu vou estar melhor comigo.

10 de março de 2016

Chicos

Foi engraçado ler os comentários sobre o ensaio enviados por pessoas que eu nunca vi na vida. A maioria dos comentários foram positivos. E foi ótimo receber as mensagens de amigos também! Ontem eu não conseguia nem me concentrar no trabalho. Mas enfim, agora passou. Mais uma experiência legal na vida!

9 de março de 2016

Ensaio

Ontem saiu meu ensaio do Chicos. Eita! Ainda estou com um frio danado na barriga, mas orgulhoso de ter participado do projeto! Nunca achei que fosse participar. Mas o mais legal foi perceber que mudei minha relação com meu corpo depois do dia das fotos. É o único corpo que eu tenho e eu tenho que aprender a gostar dos meus pelos, das minhas curvas, do meu corpo! E tenho gostado cada vez mais de mim e do meu corpo.

8 de março de 2016

Reuniões

Ultimamente eu tenho ido a tantas reuniões no trabalho. Reuniões em cima de reuniões. E várias pessoas juntas. Reuniões longas, densas, chatas. Na maioria das vezes eu fico pensando na minha vida e no que eu gostaria de estar fazendo. Enquanto isso, me esforço pra tentar fazer uma cara seria de quem está prestando multa atenção no assunto. Não sei se esta funcionando.

7 de março de 2016

Segundor

Segundas não são fáceis. Ainda mais quando se acorda com uma dor na mandíbula e no dente. Será que dormi de um jeito que forçou a mandíbula?

6 de março de 2016

Cedo

Acordar cedo no domingo. As oito horas e eu já de pé. Tinha tempo que eu não ia dormir cedo no sábado, mesmo quando a gente não ia pra algum bar ou alguma festa a gente ficava em casa vendo filmes até mais tarde.

Um final de semana mais tranquilo é essencial de vem em quando. Dá pra descansar de verdade e colocar a cabeça em ordem.

Mas a cabeça anda até boa. Tenho ficado feliz com os insights de ultimamente. A vida está mais leve!

5 de março de 2016

Não é pra levar a sério

Quando a gente percebe que vai morrer, não tem como levar muito a sério a vida. Por que se matar de trabalhar em um emprego chato se um dia a gente vai morrer? Acho que a gente precisa perceber que as coisas precisam ser leves por aqui. Afinal, nada é pra sempre. Ufa!

4 de março de 2016

Cada agonia na sua hora

Chega de ficar me preocupando com cenários que podem nunca se realizar. Chega desse medo irracional de que algumas coisas possam acontecer, sendo que pode ser que nunca aconteçam.

Não quero mais gastar minha energia com esses medos, angústias e ansiedades. Vou deixar pra me estressar quando realmente for necessário. E quando não for, quero rir da situação, quero fazer outras coisas!

3 de março de 2016

Toureando o Diabo

É engraçado encontrar com um autora que eu leio há tanto tempo, seja por livros ou pelos blogs. A Clara Averbuck é uma das pessoas que começaram a escrever quando a internet comercial começou e até hoje lança textos e livros.
Eu acompanho o trabalho dela há bastante tempo. Ontem foi o lançamento do último livro dela e foi ótimo poder abraça-la e conversar um pouco com ela, na verdade falar algumas besteiras que saem assim sem mais nem menos quando a gente está nervoso.
Ainda levei um livro dela mais antigo que eu tenho há anos e ela autografou também.
E que venham os próximos livros e lançamentos!
Aliás, quero ler ainda mais esse ano!

2 de março de 2016

Esqueci

Eu tinha pensado em um texto incrível ontem antes de dormir. Mas claro que hoje eu já esqueci completamente sobre o que escrever. Tudo bem, uma hora a idéia volta e eu escrevo.

Acho que quando a gente decide viver a vida de um jeito mais leve, as coisas começam a ficar mais leves mesmo. Pois é, as coisas estão leves e na verdade nada mudou, apenas a minha forma de ver a vida.

1 de março de 2016

Arrumar

Tem dias que a melhor coisa a fazer é arrumar a casa. Dobrar as roupas, colocar cada coisa em seu lugar, guardar os sapatos, levar o lixo lá pra fora. Tem alguma coisa na casa arrumada que faz com que a cabeça da gente fique de um jeito mais tranquilo. Não que a bagunça também não tenha sua vez. Mas tem dias que a melhor coisa é ajeitar tudo.

29 de fevereiro de 2016

Segunda bissexta

Segunda-feira de manhã e é difícil lutar contra a sensação de que é segunda-feira. Mesmo que o final de semana tenha sido ótimo. Mas tudo bem. Hoje é vinte e nove de fevereiro, um dia extra a cada quatro anos, um dia a mais pra fazer um monte de coisas na vida. Um dia a mais pra repensar a vida. Um dia a mais pra viver.

28 de fevereiro de 2016

Simplesin

Engraçado como as coisas podem ser simples. Eu cansei de pensar muito sobre as coisas. Ontem rolou uma festa de 15 anos da sobrinha da minha irmã. Fomos eu e Iran e todo mundo nos tratou tão bem.

Eu simplesmente não pensei em nada, só me arrumei e fui pra lá. E tudo correu super bem.

Eu não quero mais ter que pensar em vários cenários. Só me preparar da melhor forma e seguir em frente. E quero aplicar isso a todos os aspectos da minha vida.

Já pensou o tanto de energia que se economiza ao agir dessa forma?

27 de fevereiro de 2016

Filha e insights

Sonhei que tinha uma filha e uma gata. A gata fugiu logo no primeiro dia, porque eu não quis deixar portas e janelas fechadas. A filha era ótima, a gente conversava sobre tudo e eu sentia um amor muito forte por ela. Acho que eu já adota uma menina de uns três ou quatro anos. Ela já chegou falando, andando. Ela já era toda ela.

Ainda não sei muito bem se quero ou não filhos. Foi legal no sonho e eu gosto mesmo de crianças. Mas criá-las é outra história. Também gosto de animais, mas não tenho muita vontade de ter um gato ou cachorro no apartamento.

Hoje em dia temos plantas. E eu adoro rega-las, cuidar, ver se estão boas. Gosto do clima da casa bem verde e tropical. Se eu pudesse tinha ainda mais plantas.

Ontem eu fui dormir completamente esgotado. A semana de trabalho foi cheia de reuniões, alguma até na esplanada. E cheguei em casa e Iran precisava muito conversar. Ele estava muito triste, desses dia que a gente fica triste mesmo com a vida. Foi bom ter conseguido ter paciência e ter dito coisas boas pra ele. Apaguei completamente no sofá. E ele também.

Tenho pensado muito no trabalho. Tenho feito coisas mais complexas e apesar de não gostar muito do assunto, começo a ter mais domínio. Percebi que mesmo sem ser um assunto que eu gosto, eu dou um jeito de cumprir as demandas.

E tive um insight nessa semana. O primeiro aconteceu quando tive de enfrentar um engarrafamento gigantesco. Decidi não olhar o gps e buscar loucamente uma rota alternativa pra sair de lá. E decidi não me estressar com o horário. Fiquei ouvindo podcasts, curtindo a paisagem, pensando na vida. Quase duas horas eu cheguei no trabalho. Havia vazado o tanque de um ônibus e tiveram de interditar várias pistas e jogar terra no combustível. Cheguei sossegado no trabalho, não havia ninguém desesperado e não tinha nenhuma tarefa urgente.

Outro insight, no mesmo sentido, aconteceu quando meu chefe me comunicou que talvez eu tivesse que ir em uma reunião dali a menos de duas horas, pois ele não poderia ir. Torci para que não rolasse, mas depois pensei: ser for bom pra mim, ok. E fui. E foi bom.

Rolaram outros insights também. Fomos numa peça de teatro sobre uma mulher que decide largar tudo e viajar de barco. Enquanto via a mulher curtindo o barco, chorando, fazendo tarefas cotidianas e enfrentando tempestades. Lembrei de coisas que me dão prazer, que fazem meu corpo se sentir aquecido por dentro. Tipo ler um bom livro, escrever, passear pela cidade, andar em um shopping fechado. Pensei também que eu preciso me sentir mais confortável na minha casa. Ela é linda, mas parece que ainda não me sinto em casa. Já tem mais de um ano que moramos aqui.

17 de fevereiro de 2016

Fim de tarde

Eu não sei o que vai acontecer. Mas não tem como saber, né? As coisas simplesmente acontecem. Resolvi sair do trabalho e vir para um centro cultural que fica aqui perto. Sentei num banco, escutei os pássaros, vi o céu quase sem nuvens. Várias pessoas em picnics, crianças correndo. A vida pode ser leve.

O vento balança as folhas e galhos das árvores. Bagunça meu cabelo. É um vento gostoso. O sol daqui a pouco se põe ali perto do lago.

Eu vinha aqui nesse mesmo lugar na época da faculdade. Sempre tem alguma exposição interessante. Eu sentava nesses bancos, pensava na vida, tirava algumas fotos com minha câmera. Isso tem mais de dez anos. Provavelmente eu pensava em como estaria dez anos depois. Estou aqui. E daqui 10 anos? Não sei. Espero que seja bom, que ainda seja eu. Que eu ainda sorria de besteiras, que ainda crie, desenhe, tire fotos, cozinhe, ame.

A vida é boa.

E tem uma formiga na tela do celular enquanto eu escrevo.

15 de fevereiro de 2016

Nos capítulos anteriores

Depois de tanto tempo sem escrever, vou mandar tudo aqui numa só lapada, sem pensar muito.

O carnaval passou voando. Depois dos confetes, das fantasias de marinheiro, de capitão, de chinês, de guru, de Minnie, de bruxa e de outras que não me lembro, das horas no sol, das cervejas, do Suvaco da Asa, do Bloco do Amor (S2), do Maria Vai Casoutras, do Peleja, do Tutakasmona, do Móveis 90, do Divinas Tetas, do Aparelhinho, do Essa Boquinha eu Já Beijei, do Calango Careta, do Babydoll de Nylon, das catuabas, de dar perda total no pré-carnaval, da chuva, dos hambúrgueres, das caminhadas dos blocos até o Balaio, depois de rir, de ficar triste sem muito motivo, de cantar músicas antigas, de ver um show em homenagem à Tropicália em ritmo de carnaval, de ver um show de Axé dos anos 90 num lugar meio chato, depois de ganhar a quarta-feira de cinzas de folga, depois tudo isso, eu peguei uma infecção no ouvido junto com uma infecção na garganta. Uma baixa geral na imunidade. Uma tristeza gigantesca que me fez brigar sem motivo e ficar muito mais triste do que estava antes. Depois de quase esgotar meu corpo e ter chegado morto de ressaca e glitter na casa dos meus pais (que me deram chá de boldo e plasil e cuidaram de mim até meu fígado voltar a ser gente), depois de tudo isso e de ter ficado praticamente dentro das catacumbas no primeiro final de semana pós-carnaval, finalmente comecei a me recuperar.

Eu entendi que na verdade a vida é como uma dessas molas que a gente . As mesmas coisas se repetem com pequenas diferenças. As sensações se repetem, mas até quando? Até aprender a solução ou a vida é isso mesmo, um Dia da Marmota eterno?

Mas talvez toda essa tristeza meio sem motivo, todos esses perrengues repetidos são a vida. Fazem parte da minha história. Eu cansei de me comparar a outras pessoas da minha idade (aliás, algumas até bem mais novas!) que fizeram faculdade comigo ou trabalharam no escritório comigo. Ok, minha vida profissional não é exatamente uma beleza, mas eu pago minhas contas em dia (e até sobra um pouco de dinheiro na poupança), moro num lugar legal, tento ser uma pessoa boa e tenho um namoro tão longo e bacana (com brigas e mau humor, claro!). 

Aliás, decidi simplificar minha vida. Tenho comprado menos coisas, tenho economizado no que dá. Levo marmita pro trabalho, tenho buscado soluções mais simples aqui pra casa.

E por que eu faço o que eu faço? Por que estou no meu emprego, depois de um hiato de quase três anos em SP? Porque eu tenho medo de arriscar, porque eu preciso de um emprego certo, porque eu não estou preparado pra desafios, porque enxergo minha posição como um entreposto para o próximo trabalho (que ainda não descobri qual será), porque em geral eu consigo voltar cedo pra casa, porque eu penso que poderei descobrir um faculdade, um hobby, um curso que eu possa fazer de noite (mas ainda não sei qual é), porque tenho náuseas só de pensar em fazer um concurso desses de ensino superior ou mesmo um mestrado casca grossa em direito, porque eu me acho criativo e preciso saber onde colocar essa criatividade. Porque eu acho engraçado (e meio triste) que eu estudei direito numa das melhores faculdades do país, num dos vestibulares mais difíceis, e trabalho num emprego público que nem precisaria de faculdade, mas que paga o mesmo que eu recebia como advogado pleno no escritório de SP.

E por que eu não consigo descobrir uma faculdade, um curso, um hobby, um trabalho alternativo que eu possa fazer paralelamente? Porque eu tenho preguiça, porque eu tenho medo, porque eu simplesmente ainda não sei, porque eu preciso viver mais coisas ainda, ler mais coisas, conhecer mais pessoas.

E é isso. Preciso viver: a tristeza, a alegria, a chatura, a diversão, o terror, o medo, os gritos, os risos, os livros, os filmes. Tudo. Preciso viver tudo o que tiver pra viver. No meu rumo, do meu jeito.

19 de janeiro de 2016

Caos

Tento ser uma pessoa calma, centrada, mas cada vez mais percebo que não sou nada disso. Quando menos percebo solto um comentário amargo, uma observação mesquinha e não entendo de onde vem esse chorume.

Eu sei que isso é ser humano. É o bom é o mal, o amargo e doce. Mas mesmo com tanta meditação, tanta leitura e tanta vivência, a gente é apenas o que é.

E a vida segue independente se a gente entende ou não o que ela quer nos mostrar. Amanhã vai ser outro dia e depois vai ser depois. Não dá pra tentar entender tudo. Viver é continuar, seguir, andar, mesmo que para trás. 

Mas viver é também tentar ser melhor. Não ser o melhor, mas apenas melhor do que antes. É pegar esses erros (será que realmente existe erro?) e buscar cometer outros, mas não de propósito. É errar sem querer errar. É errar, mas querer acertar. Até uma hora que daquele mar de erros vem um acerto. Pode demorar, é verdade, mas uma hora ele chega. Às vezes a gente nem percebe, só bem depois. É depois caga tudo. Mas é isso viver. Um caos.

15 de janeiro de 2016

Bowie

Eu acordei no dia 11 e vi várias fotos do David Bowie nas minhas redes sociais. Ainda com sono achei que era por causa do lançamento do disco no dia 08/01 e não dei muita bola. De repente um "RIP", umas caras tristes, vários "não acredito". Putz. O Bowie morreu. 

Na sexta passada eu tinha colocado o clipe Blackstar pra passar na TV enquanto a gente fazia o jantar. Achei o Bowie envelhecido, cabelos brancos, rugas, mas ainda bem charmoso. As pupilas diferentes, o sorriso, o charme, tudo estava lá. Uma bíblia com estrela preta na mão, uma caveira cravejada de diamantes, os olhos vendados com botões no lugar dos olhos, uma história meio louca no espaço ou no futuro (ou no passado). Não tinha ainda ouvido o disco novo, que eu sabia que ia gostar, afinal, até parece que o Bowie ia morrer dali a poucas horas.

Eu só tive coragem de assistir o Lazarus, o último clipe dele, ontem. Fiquei com aquela sensação agridoce. Feliz por ele ter conseguido fazer um clipe e uma música tão bonitas ("Oh I'll be free, just like that bluebird, oh I'll be free, ain't that just like me?"), mas triste porque o cara morreu. Eu não costumo ficar muito triste com a morte das pessoas famosas, mas o Bowie me deixou bem pra baixo.  

Eu não lembro quando foi a primeira vez que escutei uma música de Bowie, mas eu sempre me encantei pela imagem bonita e estranha dele. Será que foi no Fantástico?

Perdi as contas de quanto escutei "Space Odissey" e imaginava o Major Tom perdido no espaço. Até hoje fico arrepiado quando escuto os primeiros acordes e a contagem regressiva. Aliás, sou fascinado pelos discos dos anos 70 ("Alladin Sane", Hunky Dory e The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars são meus favoritos, não canso de escutar). 

Ai, o Ziggy. Só fui entender mesmo quando vi o Velvet Goldmine, mas mesmo assim já achava lindo aquele cabelo vermelho espetado, aquela coisa homem/mulher/alienígena. E a própria morte do Ziggy.

Quando comecei a sair, lá pro começo dos anos 2000, houve um revival de anos 80, então dancei muito ao som de "Let's dance", "Rebel, Rebel", "Ashes to Ashes", "Modern Love", "Life on Mars" e várias outras do Bowie. E lembro que numa das baladas que ia no começo dos meus vinte anos (Landscape, saudades...), sempre tinha a festa de aniversário do Bowie no final de semana perto do dia oito de janeiro. Talvez tenha rolado só duas ou três vezes, afinal o Lands não durou muito.

E o "Fome de Viver" com os vampiros modernos, chics e meio trash? E o "Labirinto" com aqueles bichinhos meio Muppets e aquela história maluca. E o show que rolou no meio de Cristiane F.? E os clipes maravilhosos?

Eu sempre gostei da estranheza do Bowie (acho que por isso sou tão fascinado pela Tilda Swinton e quase pirei no clipe de "The star are out tonight"). 

Mas só fui mesmo entender o tamanho da influência do Bowie no século XX quando vi a exposição dele no MIS. A gente morava em São Paulo na época e ficamos muito tempo na fila. Muito tempo mesmo. Mas entramos lá, colocamos os fones de ouvido e parecia que a gente tinha entrado na cabeça do Bowie. Os figurinos do Ziggy, do Thin White Duke, os ternos, as plataformas, as roupas malucas do Yamamoto, as fotos, meu deus, esse cara é incrível. E ele é incrível há muito tempo e para muita gente.

Depois de ver e ouvir Lazarus, comecei a fazer uma máquina do tempo pessoal e assisti alguns clipes do Bowie até chegar nos mais antigos até chegar no Space Oddity. Assim como o Major Tom, ele deve estar flutuando pelo espaço.

3 de janeiro de 2016

Já é 2016!


O ano de 2015 foi um ano complicado, mas não foi ruim. Voltei para o meu emprego antigo, voltei para Brasília, voltei para perto da minha família e dos meus amigos. Mas não foi simplesmente uma volta, afinal foram quase três anos ali por São Paulo. Não tem como voltar igual de lá.

Mas depois da temporada paulista eu quis simplificar minha vida. Comecei a me alimentar melhor, a fazer natação, vi várias palestras interessantes do Ossobuco no CCBB, fiz cursos para meditar, pintar aquarelas, aprender sobre café e li bastante (os doze livros no final do texto). Aliás, consegui ler bem mais do que ano passado graças aos aplicativos de ebooks no celular e no tablet.

Então terminei o ano um poucos mais magro (uns dez quilos), pousei pelado e fiquei e sabendo mais coisas do que no outro ano. Tudo bem que de questões profissionais não me aprimorei muito, pois não procurei mudar de emprego. Tirei esse ano para me conhecer mais e me reconectar e realmente consegui.

E consegui terminar o ano da melhor maneira, com trinta dias de férias, quase como nos tempos do colégio. Não planejei viagens e nem nada muito complicado. Arrumar a casa (reformar cadeiras, pintar uma parede de lousa na sala/cozinha, emoldurar quadros), arrumei o carro que já estava meio baqueado e descansei muito. Vi muitos filmes que estavam na minha lista do Netflix (vi os três filmes do Poderoso Chefão, que não sei porque não havia visto antes, além de vários outros filmes novos e antigos). E fiz vários programas legais na cidade, como ver o novo filme do Star Wars no Cine Drive In com meu amor e minhas amigas, fiz trilhas na Água Mineral, fui na Feira do Guará várias vezes, comprei mais alimentos orgânicos, cozinhei mais, fiz iogurte, vi concertos da Orquestra Sinfônica de Brasília, saí dia de semana, me acabei em algumas festa e acordei tarde quase todos os dias.

E terminei o ano (e comecei esse ano) com uma road trip maravilhosa com minhas amigas e meu amor para Alto Paraíso. Mais ou menos como o Poderoso Chefão, não sei porque demorei tanto para ir para a Chapada. E a viagem de carro foi maravilhosa do início ao fim. E curar a ressaca de reveillon na água gelada da cachoeira acho que limpou toda as "nhacas" do ano passado.

Nesse ano quero continuar a me conhecer e a me reconectar. Quero viajar mais, ler mais, fazer mais cursos e quem sabe delimitar mais um rumo profissional. Continuar no mesmo emprego? Estudar para concurso público? Montar um site? Abrir um negócio? Não sei, mas tenho aí um ano inteiro para entender.

E só de olhar a foto dessa cachoeira em Alto Paraíso já me deixa cheio de esperança de que esse ano vai ser ótimo!


 (* * *)
Livros de 2015
  • Não sou uma dessas - Lena Dunhan
  • Clarice - Benjamin Moser
  • Redoma de Vidro - Silvia Plath
  • Babas do Diabo - Julio Cortazar
  • Barba Ensopada de Sangue - Daniel Galera
  • MTV bota essa porra pra funcionar - Zico Goes
  • Caio Fernando Abreu - Morangos Mofados
  • Fim - Fernanda Torres
  • Sete Anos - Fernanda Torres
  • Put Some Farofa - Gregório Duvivier
  • Julie e Julia - Julie Powell
  • Pense como um Freak - Levitt e Dubner
  • Rua da padaria - Bruna Beber

Alguns dos filmes de 2015 que eu lembro (deu preguiça de encontrar o nome dos diretores)
  • Que horas ela volta
  • Only lovers left alive
  • Love
  • A colina escarlate
  • Preto Sai Branco Fica
  • Ata-me
  • Insubordinados
  • Descompensada
  • Ricky and The Flash
  • Divertida Mente
  • The Artist is Present
  • Mad Max - Fury Road
  • A história de Adeline
  • Teacher`s Pet (1958)
  • Cake
  • Iris
  • Cowspiracy
  • Mr. Angel
  • A vida privada dos hipopótamos
  • Advanced Style
  • Advantageous
  • De mal a pior
  • Para se divertir ligue
  • Interior Leather Bar
  • Uma secretária de futuro
  • O Lobo de Wallstreet
  • O poderoso chefão i, ii e iii
  • Tiros na broadway
  • Sociedade dos poetas mortos 

Algumas das séries que eu vi em 2015
  • Breaking Bad
  • Master of None
  • Jessica Jones
  • American Horror Story Hotel
  • Modern Family
  • Transparent
  • House of Cards
  • Grace and Frankie
  • Girls
  • Looking
  • Orange is the New Black

Exposições de arte
  • Cru - - Comida, Transformação e Arte - CCBB
  • Deitei para repousar e ele mexeu comigo - Fábio Baroli - CCBB
  • Sociedade Cavalieri - Caixa Cultura
  • Novos Talentos Fotografia Contemporânea no Brasil - Caixa Cultura
  • Brasília 12 Ateliês - Caixa Cultural
  • Brasília Utópica e Lírica - CCBB
  • Bracher - Pintura e Permanência - CCBB
  • Chão de Flores - CCBB
  • León Ferrari – Resistências e Transgressões - CCBB
  • Ciclo – Criar com o que Temos - CCBB
  • Fotografia Modernista - Museu Nacional
  • Raquel Nava - 205 Norte

Shows
  • Tom Zé
  • Rosa Passos
  • Céu
  • Morrissey
  • Dê Um Role
  • Tiê

Teatro e dança
  • Contrações
  • Cássia Eller - Musical
  • Contra o Vento - Musicaos
  • Ritmo em Forma Silenciosa
  • Fio a Fio