16 de março de 2016

Ressaca

Tem dias que o dia precisa de umas risadas, comida gostosa e chopps. Mesmo que acorde no dia seguinte com ressaca e com a barriga estranha. Mesmo que eu tenha um monte de coisa pra fazer no trabalho. Tem dias que a ressaca vale a pena!

15 de março de 2016

Conversar

A melhor coisa é que a gente conversa. Depois das tempestades, das tormentas, a gente tenta conversar. E a gente tenta se entender quando a cabeça esfria mais. Ufa! Ontem finalmente consegui dormir bem e ficar com o coração mais tranquilo!

14 de março de 2016

Domingo

Domingo foi um dos piores dias da minha vida. Dormir pouco, cansaço, brigas, choro. Quase fim do nosso namoro. Mas aos poucos a gente volta a se entender.

12 de março de 2016

Casamentos

Hoje foi casamento da Mirna e do Erico e foi ótimo ver a felicidade deles. Mas casamentos religiosos são sempre estranhos pra mim, pois o padre fala coisas absolutamente sem sentido pra mim. Regras pra criação dos filhos, vontade de Deus, novelas. É estranho alguém que nunca casou dar conselhos pra pessoas que decidiram viver juntos suas vidas. Mas foi uma tarde gostosa e cheia de comidas gostosas.

Pensei muito se quero casar um dia, não no religioso, claro. Aliás, mesmo que a gente pudesse casar na igreja, eu não gostaria de fazer. Não sigo nenhuma religião. Acho muito melhor um casamento de dia numa fazenda na época da seca. Muita música brasileira, especialmente da Tropicalia, muitas comidas simples, muita bebida gostosa e poucas pessoas convidadas. Uma juíza de paz, algumas pessoas para falarem coisas sobre amor e pronto. Quem sabe role!

11 de março de 2016

Tento e tento

Aí tento meditar todo dia, tento comer direito, tento escrever assim que acordo, tento ler um pouco todo dia, tento me deixar mais calmo, mas centrado. Tento não me estressar tanto com a vida, tento não controlar o que não dá pra controlar, tento me preocupar com o que aparece dia a dia, sem focar em cenários que podem nunca acontecer, tento estar em contato com a minha essência, tento não cair na rotina, tento manter minha individualidade e minha identidade. E parecia que eu tinha conseguido fazer tudo isso e que dava certo. E então estoura uma bomba no meu trabalho e toda essa calma, esse foco, tudo isso começa a ruir. E eu me estresso, me assusto, fico nervoso, me desespero. Agora é voltar de novo pro começo. Respira, medita, relaxa. E de novo. E de novo. Uma hora funciona. E uma hora entendo. Uma hora tudo vai fazer sentido. Ou ao menos eu vou estar melhor comigo.

10 de março de 2016

Chicos

Foi engraçado ler os comentários sobre o ensaio enviados por pessoas que eu nunca vi na vida. A maioria dos comentários foram positivos. E foi ótimo receber as mensagens de amigos também! Ontem eu não conseguia nem me concentrar no trabalho. Mas enfim, agora passou. Mais uma experiência legal na vida!

9 de março de 2016

Ensaio

Ontem saiu meu ensaio do Chicos. Eita! Ainda estou com um frio danado na barriga, mas orgulhoso de ter participado do projeto! Nunca achei que fosse participar. Mas o mais legal foi perceber que mudei minha relação com meu corpo depois do dia das fotos. É o único corpo que eu tenho e eu tenho que aprender a gostar dos meus pelos, das minhas curvas, do meu corpo! E tenho gostado cada vez mais de mim e do meu corpo.

8 de março de 2016

Reuniões

Ultimamente eu tenho ido a tantas reuniões no trabalho. Reuniões em cima de reuniões. E várias pessoas juntas. Reuniões longas, densas, chatas. Na maioria das vezes eu fico pensando na minha vida e no que eu gostaria de estar fazendo. Enquanto isso, me esforço pra tentar fazer uma cara seria de quem está prestando multa atenção no assunto. Não sei se esta funcionando.

7 de março de 2016

Segundor

Segundas não são fáceis. Ainda mais quando se acorda com uma dor na mandíbula e no dente. Será que dormi de um jeito que forçou a mandíbula?

6 de março de 2016

Cedo

Acordar cedo no domingo. As oito horas e eu já de pé. Tinha tempo que eu não ia dormir cedo no sábado, mesmo quando a gente não ia pra algum bar ou alguma festa a gente ficava em casa vendo filmes até mais tarde.

Um final de semana mais tranquilo é essencial de vem em quando. Dá pra descansar de verdade e colocar a cabeça em ordem.

Mas a cabeça anda até boa. Tenho ficado feliz com os insights de ultimamente. A vida está mais leve!

5 de março de 2016

Não é pra levar a sério

Quando a gente percebe que vai morrer, não tem como levar muito a sério a vida. Por que se matar de trabalhar em um emprego chato se um dia a gente vai morrer? Acho que a gente precisa perceber que as coisas precisam ser leves por aqui. Afinal, nada é pra sempre. Ufa!

4 de março de 2016

Cada agonia na sua hora

Chega de ficar me preocupando com cenários que podem nunca se realizar. Chega desse medo irracional de que algumas coisas possam acontecer, sendo que pode ser que nunca aconteçam.

Não quero mais gastar minha energia com esses medos, angústias e ansiedades. Vou deixar pra me estressar quando realmente for necessário. E quando não for, quero rir da situação, quero fazer outras coisas!

3 de março de 2016

Toureando o Diabo

É engraçado encontrar com um autora que eu leio há tanto tempo, seja por livros ou pelos blogs. A Clara Averbuck é uma das pessoas que começaram a escrever quando a internet comercial começou e até hoje lança textos e livros.
Eu acompanho o trabalho dela há bastante tempo. Ontem foi o lançamento do último livro dela e foi ótimo poder abraça-la e conversar um pouco com ela, na verdade falar algumas besteiras que saem assim sem mais nem menos quando a gente está nervoso.
Ainda levei um livro dela mais antigo que eu tenho há anos e ela autografou também.
E que venham os próximos livros e lançamentos!
Aliás, quero ler ainda mais esse ano!

2 de março de 2016

Esqueci

Eu tinha pensado em um texto incrível ontem antes de dormir. Mas claro que hoje eu já esqueci completamente sobre o que escrever. Tudo bem, uma hora a idéia volta e eu escrevo.

Acho que quando a gente decide viver a vida de um jeito mais leve, as coisas começam a ficar mais leves mesmo. Pois é, as coisas estão leves e na verdade nada mudou, apenas a minha forma de ver a vida.

1 de março de 2016

Arrumar

Tem dias que a melhor coisa a fazer é arrumar a casa. Dobrar as roupas, colocar cada coisa em seu lugar, guardar os sapatos, levar o lixo lá pra fora. Tem alguma coisa na casa arrumada que faz com que a cabeça da gente fique de um jeito mais tranquilo. Não que a bagunça também não tenha sua vez. Mas tem dias que a melhor coisa é ajeitar tudo.

29 de fevereiro de 2016

Segunda bissexta

Segunda-feira de manhã e é difícil lutar contra a sensação de que é segunda-feira. Mesmo que o final de semana tenha sido ótimo. Mas tudo bem. Hoje é vinte e nove de fevereiro, um dia extra a cada quatro anos, um dia a mais pra fazer um monte de coisas na vida. Um dia a mais pra repensar a vida. Um dia a mais pra viver.

28 de fevereiro de 2016

Simplesin

Engraçado como as coisas podem ser simples. Eu cansei de pensar muito sobre as coisas. Ontem rolou uma festa de 15 anos da sobrinha da minha irmã. Fomos eu e Iran e todo mundo nos tratou tão bem.

Eu simplesmente não pensei em nada, só me arrumei e fui pra lá. E tudo correu super bem.

Eu não quero mais ter que pensar em vários cenários. Só me preparar da melhor forma e seguir em frente. E quero aplicar isso a todos os aspectos da minha vida.

Já pensou o tanto de energia que se economiza ao agir dessa forma?

27 de fevereiro de 2016

Filha e insights

Sonhei que tinha uma filha e uma gata. A gata fugiu logo no primeiro dia, porque eu não quis deixar portas e janelas fechadas. A filha era ótima, a gente conversava sobre tudo e eu sentia um amor muito forte por ela. Acho que eu já adota uma menina de uns três ou quatro anos. Ela já chegou falando, andando. Ela já era toda ela.

Ainda não sei muito bem se quero ou não filhos. Foi legal no sonho e eu gosto mesmo de crianças. Mas criá-las é outra história. Também gosto de animais, mas não tenho muita vontade de ter um gato ou cachorro no apartamento.

Hoje em dia temos plantas. E eu adoro rega-las, cuidar, ver se estão boas. Gosto do clima da casa bem verde e tropical. Se eu pudesse tinha ainda mais plantas.

Ontem eu fui dormir completamente esgotado. A semana de trabalho foi cheia de reuniões, alguma até na esplanada. E cheguei em casa e Iran precisava muito conversar. Ele estava muito triste, desses dia que a gente fica triste mesmo com a vida. Foi bom ter conseguido ter paciência e ter dito coisas boas pra ele. Apaguei completamente no sofá. E ele também.

Tenho pensado muito no trabalho. Tenho feito coisas mais complexas e apesar de não gostar muito do assunto, começo a ter mais domínio. Percebi que mesmo sem ser um assunto que eu gosto, eu dou um jeito de cumprir as demandas.

E tive um insight nessa semana. O primeiro aconteceu quando tive de enfrentar um engarrafamento gigantesco. Decidi não olhar o gps e buscar loucamente uma rota alternativa pra sair de lá. E decidi não me estressar com o horário. Fiquei ouvindo podcasts, curtindo a paisagem, pensando na vida. Quase duas horas eu cheguei no trabalho. Havia vazado o tanque de um ônibus e tiveram de interditar várias pistas e jogar terra no combustível. Cheguei sossegado no trabalho, não havia ninguém desesperado e não tinha nenhuma tarefa urgente.

Outro insight, no mesmo sentido, aconteceu quando meu chefe me comunicou que talvez eu tivesse que ir em uma reunião dali a menos de duas horas, pois ele não poderia ir. Torci para que não rolasse, mas depois pensei: ser for bom pra mim, ok. E fui. E foi bom.

Rolaram outros insights também. Fomos numa peça de teatro sobre uma mulher que decide largar tudo e viajar de barco. Enquanto via a mulher curtindo o barco, chorando, fazendo tarefas cotidianas e enfrentando tempestades. Lembrei de coisas que me dão prazer, que fazem meu corpo se sentir aquecido por dentro. Tipo ler um bom livro, escrever, passear pela cidade, andar em um shopping fechado. Pensei também que eu preciso me sentir mais confortável na minha casa. Ela é linda, mas parece que ainda não me sinto em casa. Já tem mais de um ano que moramos aqui.

17 de fevereiro de 2016

Fim de tarde

Eu não sei o que vai acontecer. Mas não tem como saber, né? As coisas simplesmente acontecem. Resolvi sair do trabalho e vir para um centro cultural que fica aqui perto. Sentei num banco, escutei os pássaros, vi o céu quase sem nuvens. Várias pessoas em picnics, crianças correndo. A vida pode ser leve.

O vento balança as folhas e galhos das árvores. Bagunça meu cabelo. É um vento gostoso. O sol daqui a pouco se põe ali perto do lago.

Eu vinha aqui nesse mesmo lugar na época da faculdade. Sempre tem alguma exposição interessante. Eu sentava nesses bancos, pensava na vida, tirava algumas fotos com minha câmera. Isso tem mais de dez anos. Provavelmente eu pensava em como estaria dez anos depois. Estou aqui. E daqui 10 anos? Não sei. Espero que seja bom, que ainda seja eu. Que eu ainda sorria de besteiras, que ainda crie, desenhe, tire fotos, cozinhe, ame.

A vida é boa.

E tem uma formiga na tela do celular enquanto eu escrevo.

15 de fevereiro de 2016

Nos capítulos anteriores

Depois de tanto tempo sem escrever, vou mandar tudo aqui numa só lapada, sem pensar muito.

O carnaval passou voando. Depois dos confetes, das fantasias de marinheiro, de capitão, de chinês, de guru, de Minnie, de bruxa e de outras que não me lembro, das horas no sol, das cervejas, do Suvaco da Asa, do Bloco do Amor (S2), do Maria Vai Casoutras, do Peleja, do Tutakasmona, do Móveis 90, do Divinas Tetas, do Aparelhinho, do Essa Boquinha eu Já Beijei, do Calango Careta, do Babydoll de Nylon, das catuabas, de dar perda total no pré-carnaval, da chuva, dos hambúrgueres, das caminhadas dos blocos até o Balaio, depois de rir, de ficar triste sem muito motivo, de cantar músicas antigas, de ver um show em homenagem à Tropicália em ritmo de carnaval, de ver um show de Axé dos anos 90 num lugar meio chato, depois de ganhar a quarta-feira de cinzas de folga, depois tudo isso, eu peguei uma infecção no ouvido junto com uma infecção na garganta. Uma baixa geral na imunidade. Uma tristeza gigantesca que me fez brigar sem motivo e ficar muito mais triste do que estava antes. Depois de quase esgotar meu corpo e ter chegado morto de ressaca e glitter na casa dos meus pais (que me deram chá de boldo e plasil e cuidaram de mim até meu fígado voltar a ser gente), depois de tudo isso e de ter ficado praticamente dentro das catacumbas no primeiro final de semana pós-carnaval, finalmente comecei a me recuperar.

Eu entendi que na verdade a vida é como uma dessas molas que a gente . As mesmas coisas se repetem com pequenas diferenças. As sensações se repetem, mas até quando? Até aprender a solução ou a vida é isso mesmo, um Dia da Marmota eterno?

Mas talvez toda essa tristeza meio sem motivo, todos esses perrengues repetidos são a vida. Fazem parte da minha história. Eu cansei de me comparar a outras pessoas da minha idade (aliás, algumas até bem mais novas!) que fizeram faculdade comigo ou trabalharam no escritório comigo. Ok, minha vida profissional não é exatamente uma beleza, mas eu pago minhas contas em dia (e até sobra um pouco de dinheiro na poupança), moro num lugar legal, tento ser uma pessoa boa e tenho um namoro tão longo e bacana (com brigas e mau humor, claro!). 

Aliás, decidi simplificar minha vida. Tenho comprado menos coisas, tenho economizado no que dá. Levo marmita pro trabalho, tenho buscado soluções mais simples aqui pra casa.

E por que eu faço o que eu faço? Por que estou no meu emprego, depois de um hiato de quase três anos em SP? Porque eu tenho medo de arriscar, porque eu preciso de um emprego certo, porque eu não estou preparado pra desafios, porque enxergo minha posição como um entreposto para o próximo trabalho (que ainda não descobri qual será), porque em geral eu consigo voltar cedo pra casa, porque eu penso que poderei descobrir um faculdade, um hobby, um curso que eu possa fazer de noite (mas ainda não sei qual é), porque tenho náuseas só de pensar em fazer um concurso desses de ensino superior ou mesmo um mestrado casca grossa em direito, porque eu me acho criativo e preciso saber onde colocar essa criatividade. Porque eu acho engraçado (e meio triste) que eu estudei direito numa das melhores faculdades do país, num dos vestibulares mais difíceis, e trabalho num emprego público que nem precisaria de faculdade, mas que paga o mesmo que eu recebia como advogado pleno no escritório de SP.

E por que eu não consigo descobrir uma faculdade, um curso, um hobby, um trabalho alternativo que eu possa fazer paralelamente? Porque eu tenho preguiça, porque eu tenho medo, porque eu simplesmente ainda não sei, porque eu preciso viver mais coisas ainda, ler mais coisas, conhecer mais pessoas.

E é isso. Preciso viver: a tristeza, a alegria, a chatura, a diversão, o terror, o medo, os gritos, os risos, os livros, os filmes. Tudo. Preciso viver tudo o que tiver pra viver. No meu rumo, do meu jeito.