16 de janeiro de 2017
Comida de verdade
15 de janeiro de 2017
Débitos
14 de janeiro de 2017
Coisas de carnaval
13 de janeiro de 2017
Lua cheia
12 de janeiro de 2017
Se a vida é...
11 de janeiro de 2017
Para esse ano
10 de janeiro de 2017
Simplificar
9 de janeiro de 2017
Vela
7 de janeiro de 2017
Breja
3 de janeiro de 2017
Novo
- Leite derramado - Chico Buarque
- O amor nos tempos de cólera - Gabriel Garcia Marques
- Diario de um legionário - Dado Villa-Lobos
- Aprendendo a viver - Clarice Lispector
- O Mundo Sem Anéis - Mariana Carpanezzi
- Poética - Ana Cristina César
- O primeiro homem mau - Miranda July
- Édipo Rei - Sófocles
- Medeia - Eurípides
- Diários da corte - Paulo Francis
- Como ter uma vida normal sendo louca - Jana Rosa e Camila Fremder
- Bilhões e lagrimas- Consuelo Dieguez
- Pense como um artista - Will Gompertz
- A grande magia - Elizabeth Gilbert
- Ta todo mundo mal - Jout Jout
- Só Garotos - Patti Smith
- Toureando o Diabo - Clara Averbuck e Eva Uviedo
20 de dezembro de 2016
Minas
16 de dezembro de 2016
Nublado
a mar é / amar é / a maré
Peroá
13 de dezembro de 2016
Férias na praia
8 de dezembro de 2016
Então é Natal...
1 de dezembro de 2016
Presente
Eu havia me descolado, não estava mais por aqui. Mas ao mesmo tempo não sabia onde estava. Tudo virou um borrão, sem forma, sem cheiro, sem gosto.
Achei um jardim, sentei em um banco embaixo de uma árvore e coloquei o relógio para despertar em dez minutos. Fechei os olhos e prestei atenção nos barulhos ao meu redor, no vento que tocava minha pele e balançava meus cabelos, nos carros longe daqui, no aparelho de ar condicionado perto daqui, nos pássaros que voavam e cantavam e as folhas e galhos balançando com o vento. Respirei fundo, esqueci do resto do mundo. Notei minha pele, meus pêlos, minha respiração, meus ossos, meu corpo.
Eu já não pensava mais no que eu tenho que fazer. E nem no que eu fiz ou deixei de fazer. Pensei em mim. E pensei no agora. Quando ouvi uns pássaros longe daqui eu me lembrei que costumava parar e ouvir os pássaros quando chegava na escola de manhã cedo. Eu quase não ouço mais pássaros, não sei se eles diminuíram ou eu quem ficou surdo para esses sons. E deixei de ouvir tanta coisa ultimamente. Coisas que estão próximas a mim foram silenciadas por um barulho que me anestesiou. Mas se eu prestar atenção consigo ouvir tudo.
Quem sabe até eu consiga me ouvir também...
28 de novembro de 2016
Trem
Tem dias que parece que o trem ja passou e eu fiquei pra trás. Dias em que não se dá vontade de fazer nada, absolutamente nada. Até mesmo não fazer nada parece ser muita coisa.
Mas é preciso vir ao trabalho. É preciso existir. É preciso...
Mesmo com a cabeça longe. O corpo aqui e a cabeça na praia. Nem o corpo parece estar aqui, muito menos a cabeça.
Ao menos não tem reunião, não tem prazo, não tem urgência. Não tem nada. Nem eu hoje.
O trem passou e eu fiquei na estação para tomar una xícara de café com leite.
11 de novembro de 2016
Pela cidade
Fui de metrô pra um evento de trabalho no centro da cidade. Vi a torre de TV assim que saí e decidi subir para o mirante. Tinha muito tempo que não subia lá, acho que mais de dez anos. Final de tarde, dia de semana, poucos turistas. A vista é incrível. Dá pra ver até o lago lá longe. De cima parece tudo tão silencioso na maquete da cidade.
Nem lembro direito o que eu pensei lá em cima. Lembrei das excursões com os colégios, os passeios com os parentes de longe. Tudo parece tão distante agora, já não sei se vivi aquilo. Mas a vista é linda.
Entrei no elevador e parece que eu havia descido de uma nave. Que cidade estranha, não tem quase ninguém a pé. Fui até a rodoviária pela ciclovia sem bicicletas.
Desviei de alguns ônibus e cheguei no terminal. Tem um verdurão lá dentro, lotado de gente que fazia compras antes de seguir pra casa. Andei mais um pouco, lojas de eletrônicos, salões, engraxates, fotos 3x4 na hora, pedintes, pessoas que vivem na rua. Pastel. Pedi um trio (dois pastéis e um caldo de cana). Delícia! Mas mais tarde uma azia danada. Tô velho pra comer na rodoviária.
Segui pro outro evento, mas agora da faculdade. Curador da Pinacoteca no museu nacional. O diálogo do velho com o novo, a resignificação dos monumentos com o passar do tempo.
Voltei com vários colegas para a rodoviária para pegar o metrô. Parece que nesse dia voltei a ter 18 anos. Metrô, palestras, caminhadas, conversas. Cheguei em casa já mais de 10 da noite. Mais de 15 horas depois do primeiro metrô do dia.
E de novo eu tinha 33 anos.
No dia seguinte segui de carro, de volta à rotina...
10 de novembro de 2016
Neném
Logo cedo recebi a notícia de que não havia mais batimentos cardíacos naquele neném que eu nem cheguei a conhecer, mas que eu já tinha um grande amor.
Não consigo nem imaginar o tamanho da dor que minha irmã tem sentido. Mas estamos juntos! Se depois houver outra gravidez, vamos todos torcer muito.
O mundo anda tão complicado ultimamente, quem sabe até lá melhora um pouco.