26 de setembro de 2017

¡Te extraño!

Já tem alguns dias que cheguei da Argentina, mas minha cabeça ainda está por lá. Eu nunca tinha me sentido tão bem e tão conectado a um lugar como me senti por lá. O clima meio anos 80, as mulheres com plataformas super altas, a língua que deixa a gente se sentir meio que em um filme do Almodóvar, a comida maravilhosa, o transporte público barato, os helados deliciosos, o dulce de leche por todos os lados, a neve, a framboesa coberta em chocolate branco e preto, andar pelo centro, andar por todos os lados, os brechós (ou melhor, ferias americanas), as palavras e expressões que aprendemos, a melhora na comunicação nos últimos dias, a neve, o elevador com porta manual, as chaves que parecem medievais. Sério, tô apaixonado pela Argentina! Correu tudo tão bem! E eu me senti tão bem por lá. Vontade de conhecer mais a América do Sul, de me sentir mais latino, de ter novas referências, novos olhares. As férias e viagens são boas pra gente sair da rotina, conhecer outras formas de ver e viver e a vida e para aplicar tudo isso na vida! Não quero deixar a Argentina. Quero que esse clima continue aqui!

19 de setembro de 2017

Buenos

Buenos Aires me lembra São Paulo, mas uma SP em que as pessoas ficam na rua até mais tarde, mesmo em uma segunda-feira. Uma cidade em que as mulheres se sentem seguras para andar sozinhas de noite no centro. É uma cidade em que o transporte público funciona até mais tarde. Então já é melhor que São Paulo pra mim.

Decidimos ficar no centro, em um apto bem antigo, daqueles em que a gente mesmo precisa fechar a porta sanfonada do elevador e o apartamento tem pastilhas hexagonais e piso de taco.

Tô amando essa Buenos!! 

18 de setembro de 2017

Argentina na metade

A viagem chegou na metade e daqui a pouco vamos para Buenos Aires. Eu não conhecia quase nada sobre Bariloche ou Patagônia e eu vou voltar pra casa completamente apaixonado por essa região. Passeamos em lagos, fomos a uma estação de ski, viajamos de carro para um vulcão e um glaciares, vimos florestas lindas, cachoeiras formadas pelo derretimento da neve, aliás, vimos neve e realmente é uma das coisas mais incríveis que já vi na vida. Foi um impacto quando descemos do teleférico e vimos tudo branco e azul lá em cima. E tudo tem corrido tão bem, as pessoas aqui são muito simpáticas, a cidade é linda, as comidas em geral foram muito gostosas. Todo mundo quer facilitar para nós, até a tomada tem uma adaptação para funcionar nossos aparelhos. E todo mundo arranha um portunhol, aceita reais, todo mundo dá um jeito.

Vou sair daqui com a vontade de voltar e aprender a andar de ski. Estou aqui na terraza da casa super charmosa que ficamos. Toda decorada como se fosse um chalé na Provenza. De todas as janelas a gente enxerga montanhas com neve nos cumes. O ar aqui é gelado e tão puro. A dona da casa é uma senhora inglesa (a Janet) que mora há anos aqui e até já foi a Brasília. Conversamos mais em inglês do que em espanhol com ela. E ela nos recebeu com vinho, queijos e pães, já que chegamos quase de madrugada. 

E aqui na terraza escuto vários passarinhos, olho o lago, as montanhas geladas, vários tipos de pinheiros. Aliás, acabei de tirar a foto de onde estou sentado agora. 

Daqui a pouco vamos para Buenos Aires, vamos ficar no centrão, perto da Calle Florida. Vai ser outra viagem. Depois da calmaria da Patagônia, o caos da cidade. E vai ser ótimo!!

Saudades, Patagônia!!

17 de setembro de 2017

Patagônia

Eu nunca tinha visto neve na vida, quer dizer só naqueles congeladores que não eram Frost-Free. Para quem mora num país que a temperatura quase sempre é quente, ver neve é quase como ver algo místico. Quando vimos um pedacinho de neve em um passeio de ônibus por um lago patagónico eu já fiquei encantado, mas o impacto foi gigantesco na hora que sai do teleférico na estação de ski (aqui as estações chamam 'cerro'). Aquela infinidade de tons de branco e azul foi algo inédito pra mim. E ver que as pessoas agiam quase como se estivessem na praia deixou tudo ainda mais mágico. Tinha gente bebendo cerveja e comendo churrasco, gente fazendo piquenique, gente deitada em espreguiçadeiras. E aquele maravilhoso barulho dos esquis e snowboards deslizando pela neve. E a roupa de neve é um caso a parte. Ela fica estranha no corpo, mas aquece e não deixa a gente ficar molhado.

É engraçado que tudo isso fica tão perto do Brasil (mas tão longe por causa do tanto de voos que a gente precisa pegar pra chegar até aqui! Na ida foi BSB-GRU, GRU-AEP, AEP-BAR, mas a volta foi EZE-BSB direto, pois ficamos um dias em Buenos Aires) E então perto de Brasília tem esse lugar tão maravilhoso chamado Patagônia. Para todo lugar que se olha tem montanhas com picos nevados, tem lagos com águas tão calmas e cores de aquarela, tem chocolates por todos os lados e muitos letreiros em português e pessoas dispostas a falar portunhol. E chegamos aqui por causa de uma promoção de passagens aéreas, não foi nada muito planejado. Aliás, quando a gente ouvia falar de Bariloche vinha sempre aquela ideia de coisa chic no Brasil na década de oitenta e noventa, mas meio datada agora, quando na verdade é esse lugar maravilhoso. Não sei porque temos esse costume de diminuir tudo aqui da América Latina, como se o Brasil não fizesse parte daqui. A gente é latino também e que bom que somos. Quero voltar muitas vezes aqui, quero aprender a esquiar, quero mais neve!! E quero mais latinidade!

12 de setembro de 2017

Casamos!

Depois de uns quatro meses de planejamento finalmente chegou nossa festa e foi simplesmente maravilhosa!! Valeu cara estresse, cada real, cada pensamento. Foi tudo tão maravilhoso. Sentimos tanto amor de todo mundo que estava la! E o local que escolhemos foi perfeito, sério, tudo foi muito maravilhoso. Cada detalhe, cada lágrima e risada! E foi tão depressa!! Foi uma das noites mais especiais da minha vida!!

E no dia seguinte foi meu aniversário, continuamos na casa pra beber e comer o resto da coisas da festa. 34 anos agora!! Eita!

E amanhã vamos para a Argentina, ver neve na Patagônia e curtir uns dias em Buenos Aires. 

8 de setembro de 2017

Quase!

Tem alguns meses que a gente só pensa nessa festa de comemoração dos nosso dez anos juntos. É uma delícia pensar na festa, mas acabei me voltando pras dificuldades todas, fiquei estressado, achei que não fosse dar tempo ou o dinheiro não fosse suficiente. Mas tudo está indo super bem. Tudo se encaixa tão bem. Até às brigas fizeram a gente se aproximar mais. Agora que está tão perto eu só quero mesmo é relaxar e curtir. E amar cada minuto disso tudo!! Que delícia é poder comemorar dez anos desse amor!!

5 de setembro de 2017

Luz

Tanta coisa tem acontecido nos últimos dias e eu só quero que tudo vire logo memória. É como se eu não quisesse mais viver isso, só depois que tudo tiver passado. Um frio na barriga tão grande, tanta preocupação, tanta gente envolvida. Eu detesto ser o centro das atenções. Eu sei que vai ser muito bom, mas agora eu só queria que tudo estivesse bem tranquilo e bem sossegado. Eu não penso em mais nada há uns quatro meses. E daqui a alguns dias vai ser a festa. Minha cabeça está bem maluca. Eu só queria descansar. Respiro fundo. Eu sinto tanto sono. Lembro nas aulas de literatura quando falavam de Romantismo e de como os personagens sentiam muito sono, meio que pra fugir da realidade. Preciso voltar pro presente... Nada de ser mocinha romântica do século XIX. 

31 de agosto de 2017

Com licença


Sempre perto do meu aniversário os ipês brancos começam a florescer. Ficam ali o ano todo disfarçados e de repente explodem nessas flores brancas por apenas três dias. Esses sempre foram meus favoritos e decorei o lugar que alguns deles estão.

Mas engraçado como eu estava riscando os dias do calendário, como naqueles filmes antigos de presidiários. Dia após dias. Contando até o dia que chegaria minha licença para eu fazer um curso no trabalho, contando pra chegar o dia do casamento, contando pra chegar o dia do meu aniversário, contando para chegar o dia da viagem. São muitas contagens.

Mas a primeira data chegou e agora acho as outras vão chegar de uma forma mais tranquila. Respiro fundo. Lembro dos ipês e o tempo de preparação deles para a floração. Aliás, nem consigo respirar muito com essa umidade relativa de menos de dez por cento, mas tudo bem.

Os ipês estão ali. E agora, com licença.

23 de agosto de 2017

(des)água


Às vezes sinto uma água fria invadindo o lugar que eu estou, inundando bem devagar, até quase me submergir. Essa água não afoga, mas deixa uma letargia em tudo o que faço. E então perco a vontade de fazer tudo o que há algum tempo eu simplesmente adorava. E não sei muito bem o que fazer além de esperar o nível dessa água descer e escorrer por outros cantos. Enquanto ela não deságua, eu fico aqui quase parado ou quase parando. Tudo muito devagar, tudo quase sem energia. Eu não me debato, não me rebelo. Apenas fico por aqui observando o dia passar e esperando a água escorrer... Uma hora eu fico seco de novo.

16 de agosto de 2017

Seca


Eu adoro a época da seca. Quer dizer, adoro quando tenho tomado água e não estou diretamente no sol. Mas no mais é uma época difícil. Não é fácil respirar, a gente fica meio sem disposição pra fazer nada. Mesmo assim é uma época maravilhosa para ver o por-do-sol, pra fazer coisas ao ar livre no começo da manhã ou no final da tarde. Aliás, rolam muitos eventos ao ar livre nessa época. Mesmo assim é engraçado quando chega a primeira chuva depois do período de estiagem, todo mundo pergunta se choveu onde a gente está e ficamos meio bestas de ver a chuva caindo e aos poucos as plantas ficarem verdes de novo.

15 de agosto de 2017

Bagunça


A bagunça se acumulou por vários dias e isso se reflete na minha cabeça também. E então resolvi me ajeitar, fazer a barba, cortar cabelo, passar cremes na pele para tirar esse aspecto cinza da seca. E, claro, ajeitamos a bagunça da casa também. É bom olhar para um rosto menos bagunçado, mas a confusão ainda está ali, só que disfarçada. Tem dias que ela vem com força e me tira toda a concentração e a vontade de fazer tudo que não seja ficar num estado de letargia. Respiro fundo, tomo uma água e tento me concentrar em pequenas tarefas. Eu sempre achei engraçada a palavra procrastinar, ela não tem nada a ver com o significado. Ela me lembra procriar e cretino. Respiro fundo de novo... a bagunça faz parte e sempre vai estar ali.

11 de agosto de 2017

Respiro


Eu estava o tempo inteiro com muita pressa e com muita coisa pra fazer. Preciso correr, estou atrasado. E então parei, respirei fundo, sentei em um banco num sombra e decidi que não quero mais carregar esse pressa dentro de mim. Não tem porque ter toda essa pressa, essa ansiedade e essa urgência. Não quero me estressar com o que não precisa. Respiro fundo. E fico mais tranquilo...

8 de agosto de 2017

Volta às aulas



Primeiro dia do terceiro semestre e eu ainda estava com ressaca do festival de música (o COMA). Aliás, eu não era ninguém na segunda-feira, depois de tanto show maravilhoso e daqueles copos de chopp. Mas voltar para a UnB foi uma sensação gostosa, de retornar para um lugar que eu gosto, rever algumas pessoas, estudar arte, curtir um show com professores do Instituto de Música depois do jantar no RU, que aliás me fez muito bem, tanto o jantar quanto o show. Eu precisava de uma comida caseira e simples, uma comfort food (bife à rolê, salada de macarrão, picolé). Eu achei que não fosse dar conta de terminar o dia, mas depois de conversar com os colegas sobre o COMA e de assistir meia hora de aula, todas as luzes se apagaram. Blecaute. Será que UnB não pagou as contas de energia? A situação não está boa pras universidade federais, mas será que está tão ruim assim?  E logo eu estava em casa jogado no sofá e quase dormindo.

É bom estar de volta!

1 de agosto de 2017

Agosto

Falta menos de cinco meses para acabar o ano, mas é interessante como o tempo tem passado depressa. Eu me acostumei a viver semana a semana. Cumpre a semana e começa a outra. E assim por diante. E num instante os meses voam.

Bom que tudo tem corrido bem. Os planos, as ideias. Logo logo será nossa festa e nossa viagem. Parecia tão longe. 

Logo as aulas voltam, mais textos para ler, mais coisas para aprender. Engraçado não estar ansioso com nada, mas tranquilo com o tempo que passa. Será que isso é amadurecer?

Julho foi ótimo, passou numa piscada. Teve concertos da orquestra, teve cafés, teve visitas, teve filmes. 

Agosto é um pulo e já já chego nos trinta e quatro. E casado!


26 de julho de 2017

10 anos!

Uau! Nem acredito que faz dez anos desde aquele primeiro beijo na festa que rolou no subsolo de uma pizzaria do Lago Sul. E desde então foi tão coisa que a gente viveu. Já estamos no quarto apartamento, já moramos em cidades separadas, já brigamos muito, já pensamos em acabar, mas no final a gente sempre dá um jeito. E logo logo a gente casa com festa e papel passado!

18 de julho de 2017

Cuidar

Tem dias que a gente precisa parar e cuidar, assim no verbo intransitivo mesmo. Cuidar da gente, cuidar da casa, cuidar de quem a gente gosta. Preparar uma comida gostosa, tomar um banho mais demorado, lavar as louças e deixar a pia limpa. E nesse frio, chegar em casa e estar tudo arrumado e com cheiro de flores é uma sensação deliciosa.

17 de julho de 2017

Dez anos

Comecei a escrever por aqui em 2007, quando tinha ainda 23 anos. Antes eu escrevia em outros blogs, talvez desde 2002. Mas nunca escrevi muito tempo no mesmo blog, até chegar nesse aqui. E eu gosto de escrever simplesmente por escrever, sem muita preocupação com o assunto, com quem vai ler e como vai sair. Na verdade meu principal objetivo é documentar o que estou sentindo e o que tem acontecido na minha vida. Adoro pegar uma data aleatória e ler como estava me sentindo naquele dia. 

E tanta coisa já aconteceu! Aliás, esse blog documentou praticamente todo o período em que estou com Iran, a nossa decisão de irmos morar juntos, de mudarmos pra São Paulo e voltarmos a Brasília. A faculdade de Direito, a pós, o início da faculdade de História da Arte. Claro que não está tudo aqui, afinal não escrevo sempre, mas o que está aqui me deixa muito feliz, mesmo os textos mais depressivos.

Eu ainda não encontrei exatamente minha voz, mas adoro ler os textos mais antigos e notar como eu era (ou sou) divertido e ver como às vezes me perdi no meio dos perrengues da vida. 

Os dias ultimamente têm sido muito bons, encontrei um equilíbrio na vida. Não que tenha acontecido alguma mudança, mas acho que simplesmente entendi algumas coisas. Talvez seja a idade chegando, afinal daqui a pouco faço 34, apesar de me sentir ainda com uns 25.

E a vida segue...

11 de julho de 2017

Hiberna

Eu entendi a importância do inverno. Nessa estação a gente precisa parar um pouco, fazer as coisas de forma mais devagar, ter mais preguiça, dormir mais, comer coisas quentes e gostosas. É tempo de hibernar, de se resguardar, de descansar. Ficar debaixo das várias camadas de cobertas, de tomar um caldo e chocolate quente. Ver muitos filmes e séries na TV e ler livros leves. Inverno é isso! Não dá pra gente levar o ano todo da mesma forma!

6 de julho de 2017

Inverno frio

O frio nesse ano tem sido forte. Estou escrevendo debaixo de uma árvore e parece ter muito sol, mas o vento está congelando minhas mãos. 

Eu adoro inverno. Adoro poder usar moleton o dia inteiro, ficar debaixo de muitas camadas de cobertas e tomar muito café, chá e outras coisas quentes. Aliás, nessa época é quando tem arraial, então já me conquista com as comidas feitas com milho e o quentão. 

Tinha tempo que eu não sentia tanto frio aqui em Brasília e nesses dias nem na hora do almoço o frio da uma amenizada. Está frio o dia inteiro. E eu adoro!

5 de julho de 2017

Férias (da faculdade)

Acabou mais um semestre da UnB e foi tudo tão corrido nesses últimos dias. Aliás, nem acredito o tanto de coisa que fiz, em especial os desenhos de modelos vivo. Eu nunca fui muito de desenhar, mas foi uma experiência interessante entrar em um ateliê, comprar materiais de arte e tudo mais. Algumas horas eu faltava arrancar meus cabelos e ficava morrendo de preguiça de ir pra aula, mas agora que acabou e eu entreguei os últimos trabalhos fiquei até com saudade. As outras matérias foi muito interessantes também, mas como são de teoria estão mais acostumado.

Os dias têm corrido bem, tanto que nem notei o mês de junho passar. Toda semana tinha algum artigo ou apresentação da faculdade, além de várias coisas no final de semana, com o preparativo para a festa de dez anos minha e do Iran. O planejamento tem sido muito divertido e não encontramos maiores dores de cabeça. Contando os dias para chegar essa festa (e, claro, a viagem!).

Tudo está caminhando e mais ou menos ajeitado. A vida tem sido boa. Pensando bem, a vida tem sido muito boa ultimamente!