19 de julho de 2018

Cuidar



A casa estava esquecida, sem cuidado. A energia ainda está baixa, mas foi bom ter parado um pouco para cuidar das plantas e da sala. Jogar fora coisas que não se precisa mais, arrancar folhas secas, adubar. A vida não está fácil, sinto uma falta de conexão comigo mesmo, como se estivesse flutuando pela vida, sem muito rumo, sem muito chão. A vida precisa de mais cor, de mais brilho, de mais cuidado. E de mais conexão.

17 de julho de 2018

90's



Cheguei nos noventa quilos. Nunca pesei tanto e sei que preciso fazer alguma coisa pra perder um pouco de peso, mas está difícil arranjar motivação. Ainda não sei bem o que fazer, além de tentar reduzir o consumo de doces e besteiras... Está difícil!

11 de julho de 2018

Programa de transformação

Eu me sinto como o momento "antes" nesses programas de transformação. Cabelo desgrenhado, barba sem corte, roupas velhas e confortáveis, tênis sujo, barriga. Espero a equipe chegar, aquela que vai me dar dicas de como me vestir, como ajeitar a casa, cortar meu cabelo e tudo mais. Mas não tem programa, não tem equipe e não tem transformação. Eu sou a equipe e o programa. Mas minha vontade é só chegar em casa, me jogar no sofá e ficar na televisão ate a hora de dormir. Uma equipe muito preguiçosa para um programa que ninguém vai ver. Quem sabe amanhã essa equipe vem?

26 de junho de 2018

Tempo bom, tempo ruim

Vivo um dia após o outro, mas esqueço que podem acontecer imprevistos, especialmente aqueles que são bons. Os dias em geral são iguais, a mesma rotina, então surge um convite inesperado. A primeira impressão é de ser uma roubada, mas vai que não é. E então decido dar uma chance, afinal de contas pode ser algo bom, pois a vida não precisa ser feita de coisas necessariamente ruins.

Oportunidade parece fazer parte somente das propagandas de imóveis. Mas todos os dias podem acontecer novas oportunidades, dessas que a gente simplesmente pode aceitar. Ou deixá-las de lado.

O clima, por exemplo, está ótimo. Frio de manhã e de noite, um calor gostoso na hora do almoço. Seco e com algumas florações pra colorir esse cinza meio marrom.

Acho que decidi não ficar sempre tão tenso, triste e pensando sempre no pior. Sempre aparece uma surpresa boa pelo caminho.

3 de junho de 2018

Tudo se ajeitando


Aconteceu tanta coisa nesses últimos dias. No trabalho minha antiga chefe voltou e tudo está mais ou menos igual, ou seja, ao que era antes. A faculdade está um bagunça com greve, paralização, demissão de um dos professores. Briguei com meu pai pela cabeça dura dele, fiquei quase duas semanas sem falar com ele, mas no final a gente se acertou, teve aniversário do Iran e foi muito divertido, teve greve dos caminhoneiros e a gente se adaptou a ficar sem carro. Usamos mais o metrô, levamos as bikes para ajeitar, caminhamos um monte, usamos ônibus. O feriado foi ótimo! Esse frio faz a gente querer ficar mais em casa e tem sido ótimo. Estou tão descansado e as coisas parecem realmente se encaixarem. A vida está boa!

11 de maio de 2018

Tudo vai bem


Tanta coisa aconteceu nesses últimos tempos, principalmente no meu trabalho. Mudanças, convites, estresse. Mas no final das contas tudo ficou praticamente igual ao que era antes. E tudo bem. A vida está tranquila, sem subidas ou descidas e é bom mesmo ter dias e noites mais calmos. O tempo tem passado depressa, mas tudo corre bem. A faculdade entrou em greve, o que deixa tudo ainda mais calmo por enquanto. O melhor é aproveitar essa calmaria para descansar o corpo e a cabeça.

19 de abril de 2018

Céu meio cinza meio azul

A vida não está triste nem feliz. Ela só segue. Mudanças no trabalho, conversas sobre essas mudanças, mas no final tudo fica igual. Já me estressei e já me resignei. Só quero ficar quieto, fazer minhas coisas e cumprir meu horário. No mais a vida segue e aos poucos a cor deve voltar...

26 de março de 2018

Planície


Nos últimos tempos não me sinto nem feliz nem triste, como em uma planície imensa de sentimentos. Não sinto empolgação com nenhum plano no futuro e nem tristeza com o que tem me acontecido. É só mesmo uma falta de energia, uma preguiça enorme com tudo. Mas não é nem bom nem ruim. E parece que o melhor é mesmo só continuar vivendo um dia depois do outro, daqui a pouco aparece uma empolgação.

22 de março de 2018

De volta às aulas


As aulas começaram e nesse semestre pegamos só duas matérias. Mas são três dias de aula por semana, o que significa que nos outros dois posso ir direto pra casa. Esse respiro tem sido essencial pra não me sentir tão sobrecarregado pela combinação trabalho-faculdade. O último semestre foi tão cheio que fiquei até meio sem gostar de arte, nem para exposições estava com vontade de ir. Mas agora foi bom me distanciar um pouco, pegar mais leve.

O clima na UnB está bom, as turmas estão cada vez menores, o curso está quase na metade.

E a vida vai...

5 de março de 2018

Visual


Eu tinha me esquecido de como é importante cuidar da aparência, especialmente quando estamos meio tristes. Resolvi me cuidar mais, cortar o cabelo, trocar a armação de óculos, fazer a barba. E no mais tudo estava igual. Mas então notei que fiquei com mais energia, mais ideias, mais movimento. E voltei a gostar de olhar meu reflexo no espelho. Pequenas coisas que mudam tanto a forma como se leva a vida...

26 de fevereiro de 2018

Cinza


Não o importa o quão divertido foram os últimos dias, a tristeza e a meloncolia estão ali só esperando pra tocar levemente no meu ombro como quem diz "estou aqui!". Elas nunca vão embora de vez.

Domingo de noite é um dos momentos favoritos em que elas fazem isso. 

Mas uma hora elas cansam e voltam a se esconder...

21 de fevereiro de 2018

Começou o ano...

Eu não estava animado para o carnaval. Mas é carnaval... e foi ótimo! Blocos de rua (Essa boquinha eu já beijei, Tuthakasmona, Divinas Tetas, Aparelhinho, Calango Careta, Montadas, Prazeres), carrinho de cerveja, fantasias, a gente tudo junto.

Esse ano foi tudo muito sossegado, mas sempre acontece algo, afinal é carnaval. Perdi o cartão do banco, o cartão de transporte, a carteirinha do plano de saúde e o comprovante da carteirinha de estudante. Então foi boletim de ocorrência, taxas de segunda via, filas. Até hoje não peguei tudo, mas está tudo encaminhado.

Passou o carnaval e veio a realidade. Um desânimo tão grande com tudo, um cansaço. Precisei de um final de semana enfurnado em casa para poder me recuperar. Sozinho, no silêncio, com poucas coisas para comer e sem muita luz. Foi bom descansar, ficar quieto.

Já estou melhor. Eu me sinto com mais energia, menos desanimado. O ano está começando e vai ser bom. Vou ajeitar o dente, os documentos, marcar médicos, me cuidar. Aos poucos tudo se encaixa.

O carnaval deixou uma saudade gostosa. Mas bom que sábado ainda tem ressaca do Suvaco!

6 de fevereiro de 2018

Realidade


A vida anda cada vez mais violenta, mas é melhor não pensar muito nisso. Tem carnaval, tem festa. Mas então a gente baixa a guarda um pouco e na hora de sair de uma festa de carnaval levam o celular em um rápido puxão. Claro que eu deveria ter ficado parado, é só um celular e, além do mais, ele já tinha alguns anos de uso e estava com alguns problemas. Mas depois de algumas cervejas eu não consegui pensar direito e saí correndo atrás do menino que puxou o celular. Quando vi já estava com meu marido junto de várias pessoas marginalizadas. E então recebi alguns socos, dei outros, virou uma briga, meu óculos quebrou, mas não conseguiram roubar mais nada depois do tanto que Iran gritou pedindo socorro (apesar de ninguém aparecer).

A desigualdade, a exclusão social e a violência estão ali juntas, especialmente no centro abandonado da cidade. É difícil não ficar com raiva de ser roubado, ter o óculos quebrado e ficar meio dolorido. E mais difícil ainda não ficar paranoico, com medo de sair de casa, de usar o celular na rua, com medo de beber um pouco mais além da conta, de se divertir numa região degradada.

Mas tudo tem um lado positivo. Isso me fez pensar em como a classe média vive numa bolha, tentando se afastar de toda a degradação social que existe na cidade, de como a gente busca ter uma ilusão de segurança. Eu já estou com um celular novo, todos os dados restaurados, estou com meus óculos antigos e só restam algumas dores no corpo. Mas a gente poderia ter morrido, poderia ter apanhado mais. Poderia não ter ido corrido atrás do menino que roubou o celular. Poderia ter pedido o transporte pra casa de dentro da festa. Poderia ter pedido para um segurança acompanhar a gente. Tudo fica de aprendizado, tudo isso amadurece a gente e trás de volta para a realidade, para a desigualdade social, a miséria e o descaso do (des)governo.

26 de janeiro de 2018

Vamos fazer as pazes?


Resolvi fazer as pazes comigo. Quase como um aperto de mão e um abraço entre meu eu, meu coração, meu cérebro e tudo o mais que me compõe. Desculpe ter exigido tanto da gente, ter feito tão mal ao meu corpo com dietas malucas e privações, ter menosprezado tudo o que a gente fez, achado pouco, achado medíocre, insignificante. Desculpe ter nos achado feios, sem graça, desinteressante. A gente (eu, meu cérebro, meu coração e tudo mais) é maravilhoso. Sim, viver e sobreviver não é fácil, a vida é tão frágil que é melhor mesmo a gente ter uma boa experiência enquanto estamos por aqui. Não sei até quando vou estar aqui e não tem porque se exigir tanto. Eu me senti mesmo me abraçando, todos os meus níveis e partes, num abraço coletivo. Vamos se amar, vamos se curtir. Chega de ficar se martirizando, chega dessa tristeza chata sem muito motivo. Vamos se feliz.

18 de janeiro de 2018

Titio!

Nasceu meu sobrinho! Foi tão emocionante ver o parto pela janelinha da sala de cirurgia. Todo mundo chorando do lado de fora, minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho chorando lá dentro. Foi uma das coisas mais emocionantes que eu já presenciei na vida! Que coisa linda! Meu segundo sobrinho, mas dessa vez vou poder paparicar ele de pertinho. Que coisa linda!! Sério, estou besta! Muito emocionante!

16 de janeiro de 2018

Quilos de pelos

Os pelos são um assunto complicado. Muita gente quer eliminar quase completamente de seu corpo. Laser, eletrólise, ceras, lâminas, não faltam métodos. Eu tenho muitos deles em praticamente todo o meu corpo, quase como os homens das cavernas dos filmes americanos. Quando eu ficar mais velho com certeza eu vou estar igual ao Tony Ramos.

Desde a adolescência eu tenho tentado me livrar de alguns pelos e tentei de várias formas. Nos últimos anos finalmente comecei a fazer as pazes com eles. Nas últimas férias não fiz nada, simplesmente deixei tudo muito à vontade. Eu sentia (e ainda sinto, menos é claro) um incômodo e uma vergonha, principalmente com os pelos das costas e ombros. Foi libertador ir pra praia com meus quilos e meus pelos a mais.

Claro, depois olho as fotos e morro de vergonha, mas decidi que não vou ficar gastando um dinheirão e depois sofrer com pelos encravados e pele irritada. Ou só poder ir pra praia depois de perder vários quilos. Eu descobri que não preciso me importar com o que os outros vão pensar que não tenho que deixar tudo mais fácil para os outros. Cada corpo é diferente, cada um é diferente e eu não tenho que me adequar a um padrão.

É um caminho longo ainda, mas me sinto melhor nele. Não quero me adequar a nenhum padrão, quero apenas me sentir bem

15 de janeiro de 2018

Aos poucos


Aos poucos as coisas vão se encaixando nesse novo ano. Cacarecos antigos são removidos, novos hábitos são testados (alguns hábitos antigos são retomados também!) e com certeza vai ser um bom ano. Marmita, exercícios, gastar menos, priorizar. A cabeça está melhor, o corpo logo ficará melhor também!

12 de janeiro de 2018

De volta pra realidade


Depois das férias sempre dá um baque voltar para a realidade. A primeira semana no trabalho é complicada, cheia de tarefas acumuladas, o corpo já fica cansado e a cabeça só pensa no barco e nos rios amazônicos. Mas tem que voltar, né? E começar a pensar no corpo, na alimentação, nos exercícios, na cabeça. Pegar todo aquele tucupi e jambu e não deixar a o dia-a-dia estragá-los. O ano está começando, há várias possibilidades de coisas boas na vida. Só ir com calma, as tudo vai se encaixar.

8 de janeiro de 2018

Último dia de Pará


Passou tão rápido, mas ao mesmo tempo parece que foram mais dias. O tempo flui diferente por aqui. Tantas comidas gostosas, peixes suaves e enormes, temperos, tucupi, cupuaçu, murici, tacacá, aviú (um mini camarão bem saboroso). Muita água. Rios que parecem mar. Rios que correm sem misturar suas águas. Ondas, brisa, músicas. Viver em um barco por vários dias. O balanço do barco está em nosso corpo, mesmo quando estamos em terra firme. Um dente quebrado, mas até com isso deu pra fazer piada. O corpo suave. Pronto pra começar 2018, depois de ir no dentista colocar esse dente que quebrou! 2018 vai ser maravilhoso!

4 de janeiro de 2018

Arapiuns















Depois de alguns dia no barco parece que a vida sempre foi assim. Dormir na rede no andar de cima, ouvir o barulho da água, dos bichos, ver o sol nascer, tomar café da manhã feito pelo Alex, tomar banho de rio, depois guardar tudo e seguir pelo rio até a próxima praia, sem conseguir direito ver as margens do rio. O balanço do barco vira algo normal, não ter lugar fixo também. O Pará é outro planeta, especialmente esse Pará em que não encontramos quase ninguém. Parece que estamos mesmo numa viagem interplanetária e o barco na verdade é uma nave. O rio é o espaço e as praias os planetas. Parece tão distante a vida normal lá de Brasília, ainda mais que aqui nesses planetas não tem internet e nem celular. Pegamos o Arapiuns depois de ficarmos vários dias no Tapajós. Aqui é ainda mais bonito, mais praia, mais Caribe, mais águas verdes e quentes. Aqui é bom demais!