31 de janeiro de 2009

Venus



Quando vi essas boquinhas espinhudas não tive a menor dúvida: a carnívora é minha. Não que eu entedesse como funciona uma planta que come moscas, aranhas, lagartas e o que mais couber em suas bocas, mas mesmo assim eu queria meu próprio exemplar da Pequena Loja de Horrores em minha janela... O nome? Dionaea muscipula, ou melhor, Venus Flytrap, minha vênus particular.

28 de janeiro de 2009

Costume cravate



Detesto usar tanta roupa enquanto faz tanto calor lá fora. Queria simplesmente abraçar minha mãe bem forte e dizer, chorando, como no primeiro dia de aula, que não queria ir pra escola. Mas não era o colégio e já não podia mais fugir das tais responsabilidades. Preferia ficar em casa lendo no quintal, curtir aquele sol todo e não precisar de dinheiro. Detesto o sufocamento da maturidade. Detesto esse sorriso falso.

26 de janeiro de 2009

Fato

É estranho dar tchau pra adolescência.

21 de janeiro de 2009

Retrato

Há pelo menos dois "eus". Tem aquele que eu vejo no espelho: muitos defeitos, algumas coisas boas. Mas existe também o que é visto pelos outros, que varia conforme o outro te vê (alguns nem sequer nos enxergam). Ver, enxergar, olhar, vislumbrar...

Retrato meu feito por Azul no último domingo no Beirute Sul.

20 de janeiro de 2009

Fogo



Adoro essas caixinhas de fósforo de papel que a gente ganha de brinde...

19 de janeiro de 2009

Chopp gelado

Uma tarde quente, um chopp bem gelado e inusitado em uma lanchonete fast food. E o melhor, de brinde uma conexão de internet sem fio. Confesso que o álcool já me subiu à cabeça depois de tomar sozinho quase um litro de cerveja, mas tudo bem, já que a tarde já passou dos trinta graus. Bêbado antes de cinco da tarde. Adoro as férias! Uma pena que você ainda está no trabalho...

16 de janeiro de 2009

Jabon



No natal de dois mil e sete ganhei um sabonete em forma de pétala e cheiro de orquídea, embalado em uma latinha. Nunca o usei, mas de vez em quando abro sua caixa, sinto o perfume e sorrio. Ele vence daqui a oito meses, o tempo que tenho para chegar ao nosso apartamento.

15 de janeiro de 2009

Pontinhos

Sinto falta do trema, dois pontinhos simpáticos que enfeitavam algumas palavras. E agora vou ter de esquecer também alguns hífens e outros agudos. Logo não vai haver nenhum sinal, somente letras, pois já foram esquecidos tantos acentos desde os anos sessenta (eu adorava "estrêla"!). Ainda bem que ainda tenho mais dois anos de lingüiça, idéias, vôos e microondas.

14 de janeiro de 2009

Sorvete


Um pote, um filme, um colchão. Poucas coisas me dão mais prazer do que sorvete.

13 de janeiro de 2009

Insone

Não achei que um expresso às onze conseguiria me manter acordado até as seis da manhã. Filmes sem graça, séries idiotas e os olhos nem pensavam em fechar. Acordei às onze, doze horas depois do café, com a ressaca de quem passou a noite inteira em claro. Pensamentos em desordem, prazos correndo.

12 de janeiro de 2009

Preguiça


Preguiça dessa tal de monografia. Muita preguiça...

8 de janeiro de 2009

Desemprego ou desapego

Há mais ou menos uma semana não bato ponto, não dou bom dia para umas dez pessoas no caminho pra minha sala e não coloco um login e senha no computador. Aliás, nem parece que fiz isso durante quase um ano e meio, pois é como se eu sempre tivesse para mim essas manhãs e tardes gostosas, além, é claro, de poder acordar quase meio dia, ir para botecos quase todas as noites e não ter de pensar em muita coisa (além da tal da monografia!). É quase como se eu nunca tivesse trabalhado.

7 de janeiro de 2009

Máquina de escrever


Não me lembro da última vez que enviei uma carta pelo correio, mas dessa vez um simples e-mail não seria suficiente. Peguei a velha máquina de escrever e era como se tudo voltasse: as conversas no boteco, os piqueniques, as risadas, as caipiroskas, as confidências, as tatuagens e os planos para o futuro. Na máquina tudo parece ter algumas décadas a menos e os erros de digitação, as letras desalinhadas e os borrões fazem tudo ficar ainda mais charmoso. Carta pronta, envelope, endereço, cep, caminhada, senha, selo e carimbo. Quanto tempo será que leva para chegar ao sul?

5 de janeiro de 2009

Ano novo, vida nova


O tal do reveillon foi de muita bebedeira. Muitos telefonemas pra quem estava distante, muita luz de vela, muito risoto, muito petit gateau de doce de leite, muito chandon, muito curry e muito anos oitenta, cansei, cássia (muito cássia), mamma mia, hot chip, therezópolis, sunny days e cor. Muita cor pra começar o ano.

31 de dezembro de 2008

Último dia

Já não tem muito trabalho a ser feito e não tinha mais quase ninguém no meu andar. Nada de festa, mas algumas despedidas no último dia no agora velho emprego. Um ano e meio seguindo o mesmo caminho quase todos os dias. Bons momentos por lá, mas quero algo diferente. Já tem até uma nova oportunidade de emprego a caminho, mas até lá tenho algumas semanas para arejar. Quero logo o tal do dois mil e nove. Quero um apartamento. E quero nós dois nele.

30 de dezembro de 2008

Caipi


Vodka, açúcar e limão ou lima, caju, kiwi, morango, uva e o que mais estiver por aí. Alegria de muitas quintas, terças, segundas, ou melhor, quase sempre naquele bar que quer ser carioca e tem dois garçons que já viraram amigos!
fotografia: MaH Dutra (saudade!)

29 de dezembro de 2008

Zebra


Sempre momentos deliciosos com essa zebrinha. Sempre!

28 de dezembro de 2008

Les petits gâteaux


Uns bolinhos de chocolate que assam rapidinho e que, apesar de custarem uma nota nos restaurantes, não se gasta muito para fazer? Garanto que não vai sobrar muito depois de prontos.

O que leva?
1 1/3 xícara (chá) de manteiga
300 g de chocolate meio amargo
2/3 xícara (chá) de farinha de trigo
5 gemas
5 ovos
1 xícara (chá) de açúcar

Comofas?
1. Pegue umas forminhas de empada grande ou outra que você tenha, recorte um circulo de papel manteiga, passe um pouquinho de manteiga dentro e fora do papel e salpique um pouquinho de farinha de trigo. Dê algumas batidinhas para tirar o excesso de farinha.
2. Agora é a hora de derreter o chocolate e manteiga em banho maria (O quê? Leve ao fogo uma panela maior com água e dentro dessa uma menor com cholate e manteiga).
3. Numa outra tigela, misture ovos, gemas e açúcar e coloque o chocolate derretido com manteiga. Dê aquela mexida boa e misture a farinha de trigo peneiradinha.
4. Ligue o forno e depois relaxe, ouça umas músicas boas, converse com alguém e volte após uns quinze minutos.
5. Coloque a massa em cada uma das forminhas e leve ao forno por uns cinco, dez minutos. Pra se certificar, até que crie uma casquinha no quitute. 6. Deixe um pouquinho para esfriar, mas não muito! Desenforme e coloque num prato com uma bola de sorvete.
7. Receba elogios e mais elogios e fale que é uma receita muito difícil e trabalhosa de se fazer.

27 de dezembro de 2008

Outros ares

Precisava entrar em qualquer avião e parar em outros ares. Mas o jeito é viajar dentro da própria cidade. Tudo bem. Criatividade, um pouco de risadas e um parceiro de crimes já me fazem me sentir em uma colônia de férias.

26 de dezembro de 2008

O tal do natal


Não sou uma pessoa religiosa e nem faço muita questão da neve artificial, do velhinho de vermelho, do peru, do panettone e do bacalhau. Gosto de coisas mais simples: um risoto de limão, uma carne com azeite, umas batatinhas com queijo, uns petits gâteaux, um narguile com romã e melão, um videogame e muitas pessoas queridas. Claro, comer demais, rir até doer a barriga, beber um bocadinho e dormir quase cinco da manhã já fazem parte da minha tradição natalina.