16 de janeiro de 2010

Gallus gallus

Ela sempre alimentava as galinhas, gostava realmente daquelas aves. Mas sempre tem o dia, e elas bem sabem disso, que uma faca afiada vai cortar seus pescoços, todo o seu sangue vai ser derramado em uma bacia, seus corpos serão abertos, seus órgãos separados e suas penas retiradas. E vão virar um belo almoço. No fim só restarão ossos roídos pelo cachorro magro do pátio.

12 de janeiro de 2010

Ishkola

Não sei se fiz bem em entrar nesse curso, mas de qualquer forma alguma coisa boa deve dar! Hoje será a primeira aula e já espero gente estranha num lugar esquisito e com professor chato. Sim, eu escholhi o lugar, a aula e estou pagando por tudo isso, mas ainda tenho dúvidas...

11 de janeiro de 2010

Melhorias

Muitas coisas ainda me incomodam e me fazem buscar outras soluções. Mas será que chegará um dia em que haverá um conforto/conformismo com a vida? Ou será que sempre se precisará procurar algo melhor sem nunca se estar completamente satisfeito? Não sei. Agora o que me importa é melhorar o que não está legal, pois estou cansado de acordar e pensar: "já é segunda?".

9 de janeiro de 2010

Antiguidades

É tão bom ver as fotos dos pais lá pelos vinte e poucos anos, reconhecer traços e perceber como se tem um pouco daqueles rostos, daqueles sorrisos. Fotos antigas, guardadas em álbuns com papel de seda, coladas com pequenos triângulos charmosos. Preto-e-branco, amareladas pelo tempo, meio desbotadas. Mas o bom é que a história ainda está lá, o "nesse dia...", "nossa!" e "tinha mais ou menos a sua idade...". Fotos guardam um pouco da gente naquele pedacinho de papel.

8 de janeiro de 2010

Verão

É verão por aqui? Chove e faz friozinho. Até casaco estou usando! Pra falar a verdade até gosto...

7 de janeiro de 2010

Rebordosa

Não gosto dessas minhas mudanças de humores. Hormônios? Cansaço? Anfetaminas? Alimentação ruim? Abstinência?

5 de janeiro de 2010

Iuga

Estou um pouco maluco, eu sei. Ando com vontade dessas coisas mais saudáveis. Hoje, por exemplo, acordei às seis e meia pra ir pra tal da yoga e apesar de completamente enferrujado consegui fazer quase tudo! Dei pra comer melhor também: menos carne, mais fruta e menos besteira. E agora comecei a planejar de acordar mais cedo alguns dias da semana pra ir correr no parque. Será que vou virar uma dessas pessoas saudáveis? Medo dessa vibe!

4 de janeiro de 2010

Mas já começou?

O ano começou de verdade. Acordar cedo, trabalhar, bla-bla-blá. Ok, mas com algumas diferenças: perder alguns quilos, ganhar minha lima, mudar meu oito-às-dezoito e comer direito. Será? Claro que sim!

3 de janeiro de 2010

Insone



Depois de um acampamento, algumas vodkas, frozens, drinks e batidas, depois de rir muito, resolvo não conseguir mais dormir. Insônia que dura até agora.

1 de janeiro de 2010

Vinte e dez




O ano acabou bem tranquilo, depois de comermos uns hamburgers caseiros gigantescos. Teve um pouco de champanhe e só nós dois por aqui. Hoje o primeiro dia de vinte-dez tem cheiro de mudanças na vida. Feliz ano novo!

31 de dezembro de 2009

30 de dezembro de 2009

Dez

O ano acabou e de presente ganhei uma semaninha de recesso. Aliás, em um espaço de um ano muita coisa mudou: sai de casa, casei, terminei a faculdade, arranjei um emprego, comecei a yoga, engordei, emagreci e fiquei com vontade de largar tudo e fugir pra praia. Pro ano que vem? Será que vai ter tantas mudanças boas como esse? Não sei. Quero uma vida mais saudável, mais felicidade no meu oito-às-dezoito, mais dinheiro na caixinha, mais tico-tico no fubá e, bem, o que mais vier é lucro! E quando será que os anos vão deixar de ser dois mil para serem só os dois últimos número? "Em 10 eu fui pra Bahia". Não, fica muito estranho ainda. Ok, bom dez pra gente!

26 de dezembro de 2009

Meui Cuistimas


O natal teve tanta comida e tanta risada. Até o Caio F. deu as caras por aqui! E, claro, nada de peru, tender ou chester: rolou um carne gostosa com molho de mostarda, risoto de brócolis e trouxinhas de palmito com abacaxi.

23 de dezembro de 2009

Riscos de luz






Escuridão e um pontinho de led, pronto.

21 de dezembro de 2009

Radioatividade

Quem diria que água com gás, vodka, xarope de maçã verde e muito gelo trariam um pouco de radioatividade para uma noite de domingo?

19 de dezembro de 2009

Jardim das delícias

Eu nunca achei que cuidar de umas plantinhas fosse ser tão gostoso!

18 de dezembro de 2009

Então é natal

As luzes já estão brilhando na cidade, os pinheirinhos de plástico estão por todos os lugares, assim como os bons-velhinhos com suas roupinhas vermelhas e barbas brancas. Ok, é inevitável. Por todos os lugares há pisca-piscas, neve de algodão, duendes e muito rôu-rôu-rôu. Tudo bem, né? Mas dentro da nossa casa não vai ter árvore de natal, presépio, guirlanda e nem pisca-pisca. E no jantar do dia vintequatro nada de peru, chester ou tender. Não, o Grinch não roubou nosso natal e nem é uma revolta sociológica contra o eurocentrismo na nossa cultura. Não é nada, na verdade somente não encontrei uma boa justificativa pra montar uma árvore, espalhar santinhos pela casa, encher a sala com luzes intermitentes, sem contar que tem coisas muito mais gostosas e menos trabalhosas que essas comidas natalinas. Rôu-rôu-rôu!

15 de dezembro de 2009

Precisa-se

Eu precisava terminar umas tabelas absolutamente intermináveis. Aliás, preciso de tanta coisas: lojas mais vazias, melhores ideias para regalos, uma fatia de lima, uma peruca decente, uma passagem só de ida pra minha afta que não me deixa em paz, um remédio para a minha pimenteira, um bar pra chamar de nosso, um oito-às-dezoito que me deixe feliz, receitas não-natalinas para a ceia de natal não-natalina, uns cinemas sem filas e com muitas vagas de estacionamento. Mas tudo bem, sei que não vou conseguir nem um décimo dessas coisas, então vou dormir. Quando eu levantar sem que a Nina precise cantar para me acordar, daí enfrento as lojas cheias, os cinemas lotados, arrumo a peruca, me depeço da afta, cuido da pimenteira, procuro receitas não-natalinas e dou um jeito no resto.

11 de dezembro de 2009

Nem bom, nem ruim

O tempo escorrega sem fluir, como em um pincel sem tinta, como em um sonho que não é nem bom nem ruim, como nos rios que correm por trás das lentes escuras, como em um salmão que não me desce, como no desencontro da vontade de ficar, mas ir.