Fui dar uma pesquisada em uns blog de cozinha feitos lá em Portugal e adorei os termos que eles usam por lá. Claro, tive de dar uma pesquisada na busca de imagens do Google pra poder entender a maioria. Mas olha que simpático saber que nossa batedeira é chamada de robot de cozinha. E eu achando que era um aparelho super moderno que cozinha uns quitutes e ainda limpa tudo. E a varinha mágica? Bem, não tem nada de magia ou pó de pirlimpimpim. É apenas o bom e velho mixer! Sem contar diversos outros como fiambre (presunto), frigorífico (geladeira), frango do campo (galinha caipira), curgete (abobrinha), natas (creme de leite) e o pequeno almoço (café da manhã). Eu adoro o português falado lá em Portugal, mas cada vez mais percebo que o que a gente fala aqui é outra língua, mais suave, mais misturada, mais brasileira mesmo!
19 de novembro de 2011
15 de novembro de 2011
La musique classique
Quando eu era pequena detestava ir a concertos. Achava aquilo tudo um saco. E detestava quando meu pai colocava aquela rádio que só tocava música clássica. Mas acho que esse gosto é algo que vem com o tempo. Esses dias a orquestra sinfônica de São Paulo fez um tour aqui pela cidade e resolvi conferir como é a apresentação de uma orquestra. Pessoas arrumadas, teatro lotado, um maestro frenético e um primeiro violonista absolutamente incrível. O mais legal foi perceber que o concerto, apesar de parecer algo formal e sisudo, teve vários momentos de descontração, como o sambinha que tocaram no fim do segundo ato. E é muita energia daquele monte de instrumentos juntos! E agora de vez em quando me pego ouvindo umas rádios de internet que só tocam música clássica. Quem diria!
12 de novembro de 2011
Overdose de arte
Estava meio à toa em casa no fim de semana e resolvi então me encher de arte. Comecei com uma exposição de fotografias perto de casa e quando vi já estava do outro lado da cidade vendo xilogravuras, esculturas e colagens. Vi peças publicitárias ganhadoras d prêmios, reconstituição de técnicas de tortura, documentário sobre um carrapato que moído vira um dos corantes mais usados pela indústria alimentícia. Cheguei em casa zonzo de tanta coisa que vi, mas percebi que é fácil dar uma conferida em trabalhos artísticos sem gastar nada! E fiquei tão inspirado para fazer algo, seja foto, colagem, mas sempre tem aquela velha desculpa da falta de tempo! Droga!
29 de outubro de 2011
Flores secas
Cada vez tenho mais vontade de ficar em casa. E percebi que gosto dos detalhes da vida nesse apartamento, como a maneira que o sol entra pelas janelas, o jeito meio antigo daqui, o nome brega, o tanto de gente perdida nesses quarto-e-sala. E olho as flores já meio murchas, meio mortas, meio secas, meio podres. Comprei-as há uma semana e meia mais ou menos. Amanhã elas vão pro lixo, junto com outras tranqueiras...
26 de outubro de 2011
Passarinho
Resolvi comprar uma dessas canetas de metal, aliás, nem é uma caneta, é só um pedaço de metal com uma borrachinha na ponta. No começo achei meio estranho, mas quem sabe agora melhoro meus desenhos. Errr, acho que não, mas de qualquer forma é um bom passatempo! Esse é meu primeiro desenho eletrônico. Usei um programa de sketch, apanhei um bocado pelo tanto de opção de lápis e canetas, mas já me acostumei um pouco. Mais um passarinho (tenho quatro na minha pele, se bem que um deles é uma ave de rapina!).
Engov
Pareceu uma ressaca acordar depois de tantos dias bons ao seu lado. Fazia tempo que eu não me sentia tão ruim assim. Mas resolvi aguentar essas horas intermináveis no trabalho e arranjar força pra ir correr. E depois da corrida tudo pareceu um pouco melhor... E agora já penso nas tabelas, mailings e na preparação para as novas fases. Acho que essas ressacas fazem parte, o problema é que o engov nem sempre é fácil de encontrar.
21 de outubro de 2011
Frenético
A vida estava tão certinha: exercícios, alimentação balanceada, horas regulares de sono. Mas não dá pra seguir assim o tempo todo. É preciso um pouco de descontração! Estou aqui morrendo de dor de cabeça, azia e não dormi direito. E estou tão feliz de sair um pouco desse meu ritmo mecânico… Então acordei, olhei no relógio, mandei um email e resolvi curtir você mais um pouco.
20 de outubro de 2011
Em casa
E de repente é como se fosse de novo ano passado ou retrasado, a gente ali junto, dormindo, acordando, falando besteira. Aliás, já no aeroporto eu sinto como se fosse antigamente, como se fosse a volta de uma viagem a trabalho saindo de Brasília — e não uma viagem a trabalho a Brasília. Mas ao mesmo tempo tem sido essencial esse tempo em que estamos morando em cidades diferentes, pois é uma forma de conhecermos individualmente, de perceber que conseguimos nos virar sozinhos. E agora já sinto o frio na barriga com a proximidade do ano que vem. E que bom que tem esse frio na barriga! Mas por enquanto só conto as horas pra chegar de noite e estarmos juntos!
16 de outubro de 2011
Mudança já
Depois de ver minhas fotos publicadas no "I dig your sole man" (http://www.idigyoursoleman.com/2011/10/brasilia-sydney.html), percebi que preciso mesmo mudar. Perder alguns kilos, mudar de estilo, me vestir melhor. É ótimo poder ter a noção de um olhar externo sobre si mesmo e isso tem me dado muita força pra continuar nessa mudança. E já tem me aparecido alguns resultados!
6 de outubro de 2011
Planando
Sinto como se estivesse planando, sobrevoando sobre minha vida. E lá embaixo várias possibilidades, vários caminhos, como galhos de um tronco. E nenhum desses caminhos é errado ou irreversível. E nenhum tem garantia de que vai dar certo ou errado. Sinto como se eu estivesse à beira de começar a escolher melhor as decisões da minha vida, como se eu finalmente tivesse tempo para refletir sobre meus passos, e não simplesmente deixar tudo para o acaso. Chega de paraquedas.
3 de outubro de 2011
Recomeço
Depois de tantos dias vivendo em uma casa com várias pessoas chega a ser estranho voltar para o meu apartamento vazio. Ainda mais sem conseguir dormir. Aliás, diversas vezes acordei sem ter a menor ideia de onde eu estava. Mas aos poucos redescubro coisas esquecidas aqui pela cidade, ainda mais agora nessa época chuvosa. E de volta pro batente, ainda com o sono atrasado, o corpo dolorido. É uma volta, mas diferente. Já com a sensação de mudança.
1 de outubro de 2011
Quase
Mais outro avião, mas agora o ultimo. É de apenas uma hora e meia, mas parece uma eternidade. Só penso em ver meu pai, minha irmã. Só penso no apartamento que ficou três semanas fechado (espero que esteja tudo bem!). Só penso em voltar pra realidade. Mas diferente, sabe? Essa viagem realmente me mudou. E não quero mesmo voltar para o que era antes.
30 de setembro de 2011
A volta
Detesto o cheiro de dentro do avião. Não sei explicar o porquê, mas é algo que já me deixa com um leve enjôo. Dessa vez minha cunhada me deu umas pílulas pra que eu durma e outra para que eu não enjoe. Dormi durante todo o trecho mais complicado (de Auckland pra Santiago, quase doze horas de voo). Aliás, me deu tanta vontade conhecer a Nova Zelândia. Imagina fazer um bungee jump por lá? Ou ver os kiwis? E os maoris? Bom, agora estou aqui no penúltimo trecho, de Santiago para São Paulo e só penso na volta à realidade e como fazer com que isso não fique tão pesado. E é engraçado ouvir a tripulação chilena falando Zau Paulo e abroche el cinturón de seguridad. Quero logo chegar em casa.
29 de setembro de 2011
Le dernier jour
O último dia foi de muita reflexão. Resolvi passear sozinho pela cidade. Dei uma volta pelo Hyde Park, pelo Queen Victoria Building e por outros lugares lá do centro, terminando no por do sol no Darling Harbour. Enquanto isso pensava na vida, em tudo o que vivi e no que quero mudar na minha vida. Quero com certeza levar-me de um jeito mais leve e saudável. Lembro que voltei chorando na outra vez que saí da Austrália há quase dez anos. Dessa vez saio mais leve, mais maduro.
28 de setembro de 2011
Em caso de dano
E quando aparece uma rachadura basta colocar um pouco de massa corrida e tinta, né? Mas pode ser que haja alguma infiltração ou algum outro problema na estrutura. Então é melhor derrubar tudo e construir de novo. Ou basta colocar um quadro ou papel de parede no lugar da rachadura. Bem, na maioria das vezes não é possível quebrar e construir tudo de novo, então o jeito é apelar para alguma solução paliativa. Minha vontade é correr e construir tudo novo, mas isso não é possível - ou eu não sei como fazer. Conversei a tarde toda sobre minha vida e sobre todas as possibilidades e parece que a melhor solução é mesmo me afastar. Não dá mais pra viver em frações de mim. Eu sou um todo.
27 de setembro de 2011
Diz que fui por aí
Coloquei meu tênis, peguei alguns trocados, as chaves e os fones de ouvido e saí. Sem a menor ideia de onde ir ou o que fazer. Aliás, estou ouvindo David Bowie e até agora não sei para onde ir. Dei uma olhada em algumas lojas, mas a essa hora quase tudo está fechado. Vou continuar andando e a minha grande interrogação é beber uma cerveja ou tomar um café...
26 de setembro de 2011
Localizador
Hoje foi a primeira vez que realmente saí por conta própria por aqui. Peguei o metrô, desci na estação, caminhei até o Darling Harbour e fui resolver algumas coisas. Fiz tudo o que tinha de fazer e voltei. Isso me faz sentir integrado à cidade, ao cotidiano daqui, pegar o trem, depois o monorail, caminhar pelas galerias do QVB, sentir a cidade se movimentar.
25 de setembro de 2011
In concert
Nunca vou me esquecer da sensação de ouvir um concerto na Opera House. Tudo lá dentro faz parecer que se está numa nave espacial de concreto e madeira, pousada bem na beira do mar. Fazia muito tempo que eu não escutava música clássica, ainda mais em um concerto, e foi ótimo poder perceber que eu realmente curto e que sinto falta da época que tocava violino. Uma sensação estranha e boa ao mesmo tempo. Me senti velho por ter gostado tanto do concerto, mas ao mesmo tempo me encheu de inspiração para colocar mais música na minha vida. E quem sabe até mais música clássica! E pra terminar o dia, fomos num clube meio burlesco, o Victoria Room, me senti no começo do século passado por causa da decoração antiga e dos shows de pole dancing, de tecido e tudo mais. E dividir uma bacia de bebida com os amigos é uma delicia, cada qual com seu canudinho. Vou adotar pras próximas reuniões lá em casa.
23 de setembro de 2011
Onde vivem os monstros?
Esses últimos dias me deram mais vontade de mudar, em todas as acepções. Mudar de cidade, mudar-me, mudar. Percebi que a vida acontece. Eu sei, isso é ridículo, mas antes eu me sentia preso em uma cúpula onde minha vida sempre se repetia. Mas a vida acontece até mesmo nessas situações. O que quero agora é dar uma mexida em tudo, trazer coisas novas, acrescentar, mover as coisas. Não quero mais aquele olhar parado, sem vida. Quero que minha vida aconteça. Essa viagem tem me dado várias ideias e inspirações para isso. E os monstros? Eu nem sei mais onde vivem...
22 de setembro de 2011
Cine
A tarde calma e resolvi ir sozinho no cinema aqui perto, o Dendy, um cinema que só passa filmes alternativos. Resolvi deixar o destino escolher o filme e simplesmente fui andando pra lá (a King Street é minha rua favorita, parece a Augusta). Entrei no filme que ia começar e foi uma ótima surpresa. Chama-se Beginners, com o Ewan McGregor. Um filme que me deixou pensando um monte sobre minha vida, me deu vontade de ser mais criativo. Sério, está viagem está mudando minha vida de tantas formas diferentes, mudando conceitos, mudando quase tudo. E no caminho um cara me para e fala que adorou meu tênis. Hã? Ok! Dai ele tem um site de streetwear especializado em sneakers. Chama-se I Dig Your Sole Man. Se ele publicar minha foto, depois coloco o link e a foto aqui (ele publicou! http://www.idigyoursoleman.com/2011/10/brasilia-sydney.html). O site é muito bacana! E hoje é aniversário da minha cunhada, vai rolar um jantar agora. Tá muito engraçado meu blog voltar a ser diário de adolescente. Isso é tão 2001. Hahahhahahahah! Mas sério, eu quero muito ler isso tudo depois daqui a alguns anos!
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