A volta para o cotidiano não é fácil. A viagem para a praia com meu marido (agora oficialmente marido, com direito a aliança e papel passado!) parece um sonho tão distante, mesmo que na semana passada a gente ainda estivesse com os pés na areia e o corpo cheio de sal. Eu vejo como realmente viagens de férias são essenciais para nos tirar do automático do dia-a-dia. Ainda mais uma viagem em que só rolaram coisas boas, não teve estresse e a natureza é simplesmente maravilhosa, de deixar a boca aberta.
Chegar das férias em um dia e voltar para o trabalho no outro não é algo que recomendo. Ainda mais com uma sinusite e tosse seca que não me deixam em paz. Eu nunca fiquei tanto tempo com sintomas de doença e isso me fez repensar muito sobre saúde. Emendar uma risada com uma tosse e depois ficar sem ar não é algo que eu achei que fosse acontecer. E aconteceu muitas vezes. Agora finalmente depois de alguns médicos e muitos exames, incluindo duas tomografias, parece que meu corpo está voltando a ter um pouco mais de saúde. O antibiótico tem me ajudado, mas também detonado meu corpo.
Estou me arrastando no trabalho. Sem energia, sem motivação, sem me ajeitar. Venho praticamente de pijama (comprei duas calças de moletom que imitam jeans e fico variando elas). Bom que semana que vem já estou de mini-férias novamente e só volto de vez no começo do ano. Eu reclamo do meu trabalho, mas realmente é muito bom trabalhar aqui. Só que trabalho é trabalho e tem dias que dá vontade de sair correndo.
E então daqui a pouco termina o ano. Tenho pensado muito também de como essas eleições me fizeram me afastar um pouco da minha família. Não sei explicar direito, mas parece ter sido a gota d'água que me fez repensar minhas relações familiares. Não aconteceu nada drástico, nenhum trauma. Parece que entendi o tanto que idealizei minhas relações familiares, como se desejasse ter uma família dessas de comercial de margarina. Entendi que tanto eu quanto eles nunca buscamos nos aproximar realmente, entender um ao outro. Criamos personagens para cada membro da família e então vivemos assim de uma forma simplificada, meio que em um script que não varia muito. Talvez tenha sido uma boa solução.
Nos falamos quase todos os dias por mensagens de grupo no celular. Combinamos almoços ou lanches, falamos bons dias, tiramos dúvidas burocráticas. Mas realmente não nos conhecemos. Penso até que se não fôssemos uma família, nem amigos seríamos. Não sei ainda se isso é bom ou ruim.
Com as eleições eu parei de idealizar a minha família e tentei entendê-los como indivíduos. Entender suas motivações, suas ideias. Fiquei um pouco chateado com algumas coisas, afinal o candidato que eles apoiaram é notadamente racista, machista e homofóbico, mas decidi não me estressar e nem discutir. Essa conclusão (e a minha decisão de não me envolver em brigas políticas) foi o estopim para que eu deixasse de idealizá-los e me sentir meio desconectado a eles. Eu me sinto mais lúcido, como se tivesse regulado a nitidez na televisão. Eu percebi que tanto eles quanto eu mesmo gostaríamos que todos fossem um pouco diferentes. Por exemplo, eu adoraria que meus pais curtissem ir a museus, cinemas, arte. Comecei a dar livros clássicos de presente para eles, falei de exposições de arte e tudo mais. Mas eles simplesmente não gostam e acho que não tem nenhum problema com isso. Já em relação a mim, eles gostariam que eu passasse em outro concurso, que não fizesse uma faculdade de arte e que eu morasse mais perto do centro da cidade. E, claro, que eu não fosse gay e que eu fosse cristão. Decidi então parar com essa idealização e, claro, tentei não me incomodar com a idealização que eles têm de mim.
Não é fácil. Vou ter que aprender a ter essa nova relação, sem me machucar e sem me afastar, pois eles são minha família. Eu sei que eles me amam e que posso contar com eles para me ajudarem quando houver um problema. E talvez seja exatamente isso que importa.
Vamos ver como vai ser 2019...
20 de dezembro de 2018
15 de dezembro de 2018
No Recife
Agora a terceira fase da viagem! Parece que estamos há muito tempo longe de casa. Já teve Caribe brasileiro, já teve praia das Galinhas. E agora uma cidade enorme e super antiga, toda cheia de canais. O centro antigo é lindo, cheio de armazéns e depósitos que viraram centros culturais e bares. Prédios lindo e centenários. E ainda fomos passear por Boa Viagem e do nada encontramos o prédio em que foi filmado o Aquarius (chama Oceania). Amanhã estaremos em casa. Um misto de alegria por ter feito uma viagem tão boa e finalmente voltar pra casa com o corpo descansado e bronzeado depois de tanto mar, mas uma tristezinha bem pequena de querer ficar mais na praia, nos passeios, nas lagostas, nos polvos, nos camarões. Que sensação gostosa!
P.S. adoro como as pessoas daqui falam "o" e "no" Recife. E quem é de fora fala "em" Recife. O sotaque aqui de Pernambuco é lindo demais! Só não entendi muito bem como usar "resenha"...
12 de dezembro de 2018
Carneiros
Foi a melhor coisa ter alugado um carro. Ainda mais um super novo e que provavelmente nunca ia dirigir. Imagina, nunca nem sonhei em dirigir um Sandero Stepway. E então hoje a gente acordou e pensou em vir na praia dos Carneiros, em Tamandaré. Uma hora de viagem de Porto de Galinhas. E simples assim. De repente estamos aqui na Praia dos Carneiros. Num restaurante famoso e quase vazio (o Beijupirá). Curtindo a praia!
11 de dezembro de 2018
Porto de Galinhas
Depois de tantos dias em Maragogi com aquela tranquilidade e as águas azuis, vir pra Porto de Galinhas parece chegar em uma metrópole. A cidade é muito maior, tem mais estrutura de turismo e é mais efervescente. Bom poder fazer duas viagens em uma.
O ruim é só que depois de tantos dias de sol e mar, minha pele já está um bagaço. Toda descascada. Não tem creme, pomada ou gel que dê jeito. Mas por outro lado, sinto que o mar entranhou em mim e finalmente me sinto relaxado de verdade. Tenho tido sonhos bem malucos e sinto meu corpo completamente descansado (tirando a pele ardida e descascada).
Praia é maravilhoso! E viajar nas férias é essencial!
7 de dezembro de 2018
Praia!
Tão bom chegar na praia. Tinha dois anos que a gente não ia pro litoral e faz muita falta. Eu nunca tinha visto uma água com essa cor de esmeralda. Que coisa linda! Maragogi é linda demais! Mas claro, a pessoa já se esbalda no primeiro dia. Estou todo queimado e tomei cerveja demais ontem. Hoje vou pegar mais leve, pois ainda tem muitos dias de mar!
5 de dezembro de 2018
Cof cof cof
Faz mais de dez dias que eu não paro de tossir. Risada e tosse, respiração e tosse, conversa e tosse. Outro dia tossi tanto que fiquei sem ar, achei que fosse morrer. Fui no médico, passei por vários exames e o resultado é tosse alérgica. Antialérgico e corticoide. Que beleza! Mas ainda não tô completamente recuperado. Quero só parar de tossir!
Amanhã tem praia e acho que o clima de mar vai me ajudar também!
23 de novembro de 2018
Casamos!
Depois de mais de onze anos juntos e mais de um ano depois da nossa festa de casamento, resolvemos nos casar no papel. A gente devia ter feito tudo isso antes, mas foi preciso o país entrar ainda mais nessa onda retrógrada e conservadora para a gente agilizar os papéis, pois pode ser que a qualquer momento o STF mude o entendimento sobre os casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Pode parecer uma simples formalidade, mas foi tão bom ouvir a juíza de paz falar sobre o nosso amor, ler nossos nomes no papel, trocar alianças, nos beijar e estar com nossas melhores amigas e a nossa sogra ali juntos.
Casamos! Que alegria!!! É tão bom sentir esse amor!
21 de novembro de 2018
Férias!
Depois de tanto tempo finalmente chegaram as férias. Chega de alarme, compromisso, calça jeans, tênis, trabalho. Foi tão estressante acompanhar as eleições e ver o presidente que foi eleito, mas ok, fazer o que? O jeito é focar na vida, na faculdade, no trabalho.
E focar na gente. Depois de enrolar tanto para fazermos o casamento civil (a gente fez a festa de casamento ano passado), agora sim vamos ao cartório casar! UFA! Agora sim vamos mudar o estado civil. Precisou ter o nosso direito ao casamento ameaçado pelo presidente eleito para darmos entrada na papelada. Em dois dias vamos pegar a certidão!
Enquanto isso, férias!!! Bem de bobeira em casa com filmes, TV e videogame. E as últimas aulas do semestre! Depois é praia!
A vida está boa, apesar de tudo o que tem acontecido no país... Espero que esse governo não seja tão ruim quanto eu acho que vai ser.

24 de outubro de 2018
Eleições
Eu nunca fui muito fã de eleições, mas nunca vivenciei nada como a eleição desse ano. Um candidato racista, homofóbico, misógino, sem propostas e que não vai aos debates. E todo o apoio que ele tem, inclusive de praticamente toda a minha família, mesmo com a promessa de tirar vários direitos meus, como o direito ao casamento. E sem contar no tanto de apoiadores desse candidato que se sentem legitimados para propagar seus preconceitos e ódios. É muito triste ver a quanto o ódio está por toda a parte nessa eleição. E a ignorância! Eu estou numa tristeza tão grande, tão abalado com tudo isso.
15 de setembro de 2018
Agora sim com 35!
Dá um trabalho danado planeja festa, mas no dia é sempre tão bom. Resolvi comemorar com um almoço no quintal da casa dos meus pais e só chamei algumas pessoas. Foi tudo ótimo, apesar da canseira! Receber abraços, presentes e o carinho de tantas pessoas. É importante mesmo poder comemorar. E que bom que eu tenho por perto tanta gente que gosta de mim!
6 de setembro de 2018
Quase 35
Nem parece que daqui a poucos dias eu vou chegar nos trinta e tanto, afinal já vou estar mais perto dos quarenta do que dos trinta. Mas estou feliz com tudo o que tenho feito, da forma como tenho levado minha vida. Deixei de me cobrar tanto, de me exigir e tenho gostado de fazer mais gostar que eu gosto, tipo as aulas de arte na faculdade, ler livros na hora do almoço, pegar mais leve com tudo. A vida tem sido boa e eu tenho gostado de envelhecer. Eu sinto que as coisas andam mais devagar na minha vida, mas talvez porque minha vida vai ser longa por aqui, então pra que a pressa? O bom é poder curtir!
E ainda ganhei um feriadão de aniversário!
20 de agosto de 2018
Nove anos de formatura
Nem acredito que já faz nove anos desde a colação de grau. Já até tentei ser advogado por um tempo, mas percebi que não é a minha praia. Mas tenho orgulho de ter conseguido me formar, de aprendido tanta coisa e ter visto como é o direito e como é o trabalho. Mas hoje em dia não trabalho especificamente com direito, mas gosto do que eu faço. E voltei para a faculdade para estudar Arte. No final das contas nada é perda de tempo, tudo vira bagagem. Quem sabe no futuro eu me descubra advogado?
17 de agosto de 2018
Quase final do ano
Agosto chegou e já está quase no final do ano. Mais um semestre da faculdade, o quinto já! A vida está boa, sem nada muito ruim no momento. Amor, família, trabalho, estudos, tudo bem. Tem shows, festas, peças de teatro. Alias, voltei a ser adolescente depois do festival de dois dias que teve no final de semana passada, mas paguei um preço alto de ressaca e mal estar depois, nem sei como vim trabalhar na segunda, as horas não passavam. Elza, Céu, Chico César... A vida está boa!
30 de julho de 2018
Pequi frito do cerrado
É impressionante como uma viagem mesmo que curtinha e para um local perto já deixa o corpo em outra sintonia. Ainda mais uma viagem de carro com estradas bonitas e sem muito tráfego. E a sensação gostosa de estar praticamente sem outros carros na estrada, uma música gostosa e segurando a mão de quem a gente ama.
E dois dias sem compromissos, com direito a soneca de tarde, natureza, comidas gostosas, cervejinha gelada e um visual incrível de montanhas.
Parece mesmo que eu estava de férias, mas foi só o final de semana. Com direito a uma passada no Outlet para comprar uns tênis maravilhosos.
E dois dias sem compromissos, com direito a soneca de tarde, natureza, comidas gostosas, cervejinha gelada e um visual incrível de montanhas.
Parece mesmo que eu estava de férias, mas foi só o final de semana. Com direito a uma passada no Outlet para comprar uns tênis maravilhosos.
28 de julho de 2018
Agenda livre
Não ter nenhum compromisso. Acordar, tomar café da manhã e curtir o dia, sem nada pra fazer. Uma natureza linda, cercada de montanhas. Banheira no quarto, com banho de espuma e sais. Meu amor junto de mim. Não precisa de mais nada! Não precisa de cachoeira, não precisa de cidade. Só a gente, os passarinhos cantando, um calor leve...
27 de julho de 2018
Road trip
Como é bom pegar o carro e sair pela estrada. Ver o cerrado, as cidades pequenas. E o melhor, uma viagem de duas horas, quando começa a cansar já cansou. E então chegar numa pousada que parece uma vila mexicana, depois de andar por uma estrada de terra curta, mas bem demorada. E hoje é só o primeiro dia!
26 de julho de 2018
Onze anos
Em 2007 rolou nosso primeiro beijo. Eu tava tão nervoso e acabei falando um monte de besteira a noite inteira. Achei que a gente ia só ficar amigo. Então a gente foi pra uma baladinha dessas que rolava no meio da semana, no subsolo de uma pizzaria que nem existe mais. Tava tocando só anos 80, a gente tava tomando capirinhas e então rolou o beijo. E esse beijo mudou minha vida. De repente a gente tava morando junto, depois em cidades diferentes e então mudamos pra SP, voltamos pra cá, apareceram mais e mais cabelos brancos, teve brigas, teve muita risada, teve momentos de ficar mais quieto. E tem muito mais coisa pra gente viver juntos! Te amo!!!
24 de julho de 2018
Aos poucos
Aos poucos parece que a vida volta aos eixos. Nada de especial acontece, mas ao menos não tem nenhuma dor de cabeça. A rotina não parece tão esmagadora e me sinto com mais energia, planos e ideias. Bom que logo logo vai ter uma pequena viagem aqui por perto!
22 de julho de 2018
Tem ressaca que vale a pena
Dois dias de show, dois dias de cerveja, poeira e muito tempo de pé. Tinha me esquecido como é bom assistir a shows ao ar livre, beber com as amigas, curtir e voltar quase de manhã pra casa. Mas o corpo ainda está dolorido e com ressaca. A cabeça, porém, está renovada! É preciso de um pouco de loucura de vez em quando. Talvez não seja só um pouco...
21 de julho de 2018
Se joga!
Apesar da ressaca e do corpo dolorido, não tem como deixar de sair, ver um show bom, beber de aos, falar besteiras, rir com os amigos e com ele. Tinha muito tempo que eu estava fechado em um casulo / jaula / caixa que eu mesmo me coloquei. Sabe como é, a gente fica com uma "certa idade" (aliás, o que é certa idade? Tem idade errada?), não sai mais tanto, fica com preguiça, prefere ficar em casa e ver filmes e séries. Mas não, não dá pra ficar só no aconchego de casa, tem que se jogar mesmo. E Letrux e Jaloo ajudaram muito. E hoje tem Johnny Hooker!
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