28 de dezembro de 2019

Último dia de praia

Nossa vida aqui é tão gostosa e parecia que nunca ia chegar ao fim. Último dia de praia e ela parece mais perfeita do que nunca, apesar da saudade de casa. Mas praia é praia! Queria morar no litoral e ao mesmo tempo não queria. A praia sempre me fascina e sempre me alegra. Eu me sinto limpo e renovado, sempre, ao mesmo tempo a maresia me enche de alegria. Amanhã voltamos para a estrada! E eu adoro a estrada também! Viajar é muito bom! Chegar em casa também....

27 de dezembro de 2019

Rotina na praia

Os dias aqui têm sido bem gostosos. Acordar, fazer o café da manhã (café pra mim e coca pra ele, maçã ou banana e um misto quente ou bauru na sanduicheira elétrica). E então a gente lê um pouco, olha o celular e se arruma para ir pra à praia. Na praia eu fico na cerveja (levei meu copo de plástico desses de festa) e Iran fica na caipirinha (cacau, abacaxi ou maracujá, nunca limão, pois mancha). Nas barracas não vende comida, então algumas pessoas vendem um bolinho feito de purê de batata com vários recheios ou então bolinho de mandioca recheado, geralmente comemos esses, mas tem ainda camarão, tapioca, açaí, nunca pedimos. E então voltamos pra casa, tomamos uma bebidinha (ele no vinho branco e eu no tinto ou gin), ele faz um narguilé. Às vezes uma soneca. Depois vamos comer algo na rua (moqueca de polvo, esfirras) ou cozinhamos algo simples (macarrão ou arroz com linguiça, tomate e tal). Passeamos um pouco e voltamos pra casa. Tudo a pé, tanto ir pra praia ou para a rua principal. A vida é simples e boa. Posso me adaptar fácil, mesmo nos dias de chuva... Nossa vida é boa!

25 de dezembro de 2019

Dia de chuva

O dia após o natal é meio de preguiça. E olha que ontem a gente fez um jantar super simples e ficamos só com música e conversas, além de alguns drinks. Só nós dois, sem família, sem toda essa bagagem de natal. Amo minha família, mas natal pode pesar uma tonelada. Prefiro esse natais leves e não natalinos. Hoje é só preguiça, comer as sobras, ficarmos tranquilos. O dia está nublado e chuvoso. Esse quintal maravilhoso, essa casa meio barco, meio chalé, meio praia, meio montanha. Passarinhos, saguis, mosquitos e lagartixas. E muita planta!

24 de dezembro de 2019

Nada natalino

Nunca curti muito o Natal. Só gostava mesmo dos presente (e rabanada!), mas nada da neve falsa, do inverno falso, do Papai Noel e tudo mais. Então nada melhor do que passar na praia, longe de tudo isso e sem nada natalino no cardápio! Nossa casinha hippie perto da praia. Só nós dois! E mais tarde uma jantinha simples e vinho!

21 de dezembro de 2019

Casinha hippie

Mudamos de casa. Era para termos chegado hoje em Itacaré, mas conseguimos adiantar em alguns dias. Agora estamos mais perto do centro da cidade e das praia. A casa é mais simples e antiga, mas super arborizada e bem hippie. Ela é muito aconchegante, parece muito com as casas da Chapada. Nova fase em Itacaré e ainda uma semana de praias e nordeste. Que alegria! Vamos passar o natal aqui nessa casa, mas provável que seja zero natalino. Nem vi quando Iran tirou essa foto!

20 de dezembro de 2019

Dia de calmaria

Hoje não teve praia, mas se bem que ela sempre esteve ali pertinho, da janela do quarto. O dia quase todo foi de chuva e nublado, além de uma dorzinha que Iran sentiu no ombro (a gente acha que é gases, uma dor anual que ele tem, que vem e vai). O dia foi uma delícia com livros, soneca e internet. Só saímos para almoçar em um quilo aqui perto. O sol abriu de tarde, mas nem compensava ir pra praia, melhor relaxar em casa. 

Eu adoro praia, cidade de praia, maresia. Talvez um dia eu more no litoral, quem sabe. Tão bom ter a praia ali na janela. Meio marinheiro, sei lá. A praia ali, a maresia que entra pela janela, pelas frestas, por qualquer buraquinho da casa. E a Bahia, né? Adoro o sotaque daqui, adoro o clima geral daqui, não só a temperatura, mas o gosto da Bahia. Aqui tem um algo a mais. 

Um dia inteiro pra relaxar. E li feito uma traça. Devorei já dois livros desde que cheguei (depois escrevo sobre os livros do ano, meu recorde de leitura). 

Amanhã tem mais praia, tem mais uma fartura de dias na praia. 

A foto é do final da tarde, a vista da janela, depois de fazer o nosso jantar, bem simples (arroz com linguiça, cebola, alho e tomate, tudo numa panela só). Gosto tanto dessa vida simples, posso me acostumar com praia, uma casa pequena e a gente juntos. Quem sabe levo um pouco de praia pra minha vida no Planalto...

Amo praia demais, nem sei explicar!

E a dor do Iran melhorou agora no final do dia. Ufa!

19 de dezembro de 2019

Praia!

Hoje foi dia de praia de verdade! E de andar muito! Tão bom chegar na praia, pegar cadeira e guarda-sol e pedir uma cervejinha bem gelada. Não precisa de muita coisa pra ser bom. Praia e meu amor...

18 de dezembro de 2019

Road Trip to Bahia

Eu adoro viajar de carro, pois me lembro das viagens pro Nordeste com meus paia quando era pequeno. Com os preços absurdos das passagens de avião, resolvemos arriscar vir de carro pra Bahia. 1.500 km, um dia e meio de viagem. E foi tudo tranquilo, pegamos um roteiro na internet com dicas e quais cidades passar, mas no segundo dia resolvemos usar o GPS e acabamos em uma estrada de terra que levou quase uma hora, mais ou menos um rally dos sertões. Tirando isso as estradas estavam muito boas e o hotel de beira de estrada foi ótimo.

Mas a viagem de carro tem muitas vantagens em relação ao avião. Dá pra montar várias playlists, dá pra conversar sobre tudo com seu marido, dá pra rir e se irritar muito. E agora com o carro 1.5 e ar condicionado foi bem melhor, ainda mais com um bagageiro imenso pra levar várias quinquilharias (no avião agora só a bagagem de mão!). E dá pra comprar várias comidas e bebidas (estamos com várias caixas de vinho!), além de muitos lanches pra comer na viagem. 

Primeiro dia de praia hoje, chegamos meio tarde e só conseguimos ir na praia mais sem graça. Amanhã começa de verdade!

Itacaré pela segunda vez no ano!

Praia, praia e mais praia. E agora com o meu amor (pela primeira vez aqui!).

5 de dezembro de 2019

Consertos


A nossa casa fez cinco anos e, claro, tem alguns desgastes. Coloquei metas nesse começo de férias para dar um jeito em algumas das coisas que nos incomodam.

A primeira foi a cama, troquei os pés por outros um pouco maiores, ajeitei uma madeira que estava solta usando a maravilhosa parafusadora elétrica. Gastei 60$ e mais umas duas horas para deixar a cama como nova. Agora ela está quase uns 10 cm mais alta e sem madeira solta. E as roupas de cama, toalhas e travesseiros dentro do baú estão organizados.

As outras coisas não teria como arrumar sozinho, então contratei um marido de aluguel. Ele está agora ajeitando algumas coisas, espero que fique bom. Mas só de circular essa energia, deixar a casa mais gostosa, já fico mais feliz.

Por último é arrumar os armários e tirar aquilo que não precisamos mais, mas só na semana que vem.

Depois é só pensar na viagem para a praia!

E após a praia tudo pronto para 2020.

P.S. deu tudo certo! E ainda pintamos nós mesmos as paredes de cimento queimado, chamamos o instalador do ar condicionado e só falta o gesseiro fazer o acabamento!

4 de dezembro de 2019

Férias

O ano demorou demais pra passar. Mas foram tantas coisas que parece ter sido uns cinco anos. Todos os dias várias notícias terríveis. Passei o ano cansado e desanimado. Finalmente chegou o final do ano e tirei o mês todo de férias. Eu nem consigo descrever a alegria de não ter que trabalhar nesse mês e só ajeitar as coisas em casa, ir pra natação, cozinhar sem pressa. Acaba que ainda tenho acordado cedo, mas só de não ter que pegar trânsito e ficar horas na frente do computador, o dia já ganha outra cara. 

Não preciso de muito pra ser feliz!

18 de novembro de 2019

Patti


Eu não lembro quando foi a primeira vez que ouvi Patti Smith, mas a figura e a voz dela sempre estiveram em algum lugar da minha mente. "Because the night" sempre tocava nas festinhas indie dos anos 2000 e pouco.

Mas então li o "Só Garotos" e me apaixonei pela história da Patti e do Robert Mapplethorp. Devorei cada página sobre a infância dela, sobre os anos no Chelsea Hotel, sobre os artistas vizinhos e sobre se descobrir artista e não se encaixar em um padrão.

O "Linha M" me fascinou também e me apresentou essa narrativa fluída, misturando pensamento, referências e histórias. E, claro, acabei conhecendo também o Haruki Murakami, citado por ela em diversos trechos do livro, e que virou um dos meus autores favoritos. E fiquei feliz em saber que Patti adora Roberto Bolaño também.

Estou terminando agora o "Devotion" e é muito bom, mas não tão legal quanto os anteriores. E mal posso esperar para ler o "Ano do Macaco", sobre o maluco ano de 2016.

E então finalmente chegou a oportunidade de ver a Patti ao vivo em SP. São pouquíssimos músicos que fazem a gente sair de casa, viajar, pagar caro e passar um dia inteiro no festival. Patti é uma delas. Assim que saíram as primeiras notícias compramos os ingressos e organizamos a viagem, ainda em julho. Quando chegou o show tudo já estava pago.

O festival em si foi maravilhoso, com vários amigos daqui de Brasília, muitos músicos desconhecidos (adorei a Little Sims) e outros veteranos (CSS foi maravilhoso, voltei para 2000 e pouquinho!) e Hot Chip foi ótimo!

E então chegou a hora do show da Patti. Uma mistura de doçura e aspereza. Uma xamã, uma bruxa, uma figura andrógina do século XIX. Ela falou sobre amor, sobre nossos antepassados, sobre meio ambiente, sobre florestas queimando. Ela disse que o Michel Stipes do REM pediu para ela mandar um beijo para o pessoal do Brasil. Eu senti uma conexão tão forte, fiquei completamente imerso em cada palavra e cada nota músical. Foi sem dúvida uma das melhores experiências da minha vida, seja em show ou não. Nunca vou esquecer.

E após o show fiquei pensando em como é importante ficar conectado na própria essência. Patti sempre foi a Patti, sempre se vestiu da forma como queria, deixou seus cabelos brancos e despenteados, fez as músicas que quis, escreveu, tomou seu café preto, visitou túmulos de poetas famosos. E agora com mais de 70 anos teve o reconhecimento merecido. Ela foi a atração principal de um festival em 2019, depois de mais de 40 anos de carreira, sendo que várias das atrações tem menos tempo de vida do que ela de carreira!

E como é bom poder fazer essas loucuras de viajar para outro estado para assistir alguém que a gente gosta!

Patti, que bom te ver ao vivo. Nunca vou esquecer!

31 de outubro de 2019

Fazer nada

A vida segue no automático e então o cansaço se acumula cada vez mais, até a gente se arrastar e pedir arrego. E nesse ano quase não houve feriados em dias úteis. 

Finalmente nessa segunda caiu um feriado e aproveitei que tinha algumas horas no banco e pedi mais um dia. Quatro dias no total. Dias de acordar um pouco mais tarde, caminhar pelo bairro, tomar café na padaria, jogar, ver tv e tirar um cochilo no meio da tarde. Dias de não fazer nada. 

Fazer nada na verdade é um dos maiores privilégios. E que bom que de vez em quando é possível não fazer absolutamente nada

18 de outubro de 2019


Retornei a ligação e antes que eu pudesse dizer alô escutei que ela estava chorando. E então me disse do resultado do laudo, pior cenário possível. Na hora não tem como não pensar nesse maldito pior cenário, mas respirei fundo, peguei o carro e fui para a casa dela. Quando cheguei ela ainda estava chorando. Eu não disse nada, só a abracei e ficamos alguns minutos juntos. Fiquei feliz de ter mantido a calma, a gente nunca sabe como vai reagir, não tem como se preparar de antemão. Continuamos juntos. Disse para ela que vamos dar um jeito, vamos lutar, vamos conseguir consultas, o diagnóstico é precoce, a medicina melhorou muito nos últimos anos. Dizia para ela e para mim também. Ela se acalmou um pouco e ficamos conversando mais um pouco. Nessas horas sobra apenas a essência, apenas o amor. Todo o resto vira detalhe se dilui. Ela disse então que iria tomar um calmante e dormir. Insisti para ficar mais, não tinha nenhum compromisso inadiável, mas percebi que ela queria ficar só, digerir tudo isso. Hoje liguei de novo para ela, a voz estava melhor, estava tentando marcar consulta com um especialista para ainda hoje. Fiquei tão feliz, ainda acho que pode ser apenas uma inflamação, ainda gosto de ser otimista. Tudo foi ressignificado, tudo está misturado. Esse laudo já virou um marco na vida de todos. E agora é ver quais serão os próximos desenvolvimentos...

16 de outubro de 2019

Chá caro


Ganhei esse chá caro de uma antiga chefe quando morava em SP, que ela comprou em uma viagem para Paris. O chá é apenas maravilhoso, com saquinhos de algodão, algo que nunca tinha visto. Fizemos algumas xícaras em eles, uma delícia. Nunca tinha experimentado chá de verbena antes, então era algo super especial. Trouxemos de volta pra Brasília, deixamos guardados no fundo da despensa e esqueci dele. Ainda tinha mais da metade dos saquinhos, mas fui pegar e a erva virou um pó no fundo da caixa, afinal já tem mais de 5 anos que voltamos. Fui ver quando custa uma caixinha: R$ 80. Moral da história: não dá pra ficar guardando as coisas, melhor aproveitar logo!

7 de outubro de 2019

Quase final do ano

Outubro começou e isso quer dizer que o ano já está no fim. Semana que vem já começam a aparecer as decorações de natal nas lojas, muita neve de algodão e senhores com roupa de inverno vermelhas, além das barbas enormes e brancas. Já é quase 2020!

A vida tem caminhado. Tem dias que é mais difícil, mas em geral tudo vai bem. Respiro fundo e continuo. Mas sempre é bom chegar na sexta-feira e poder fazer um happy hour em casa com meu marido. Conversamos, ouvimos músicas e bebemos. E sábado de manhã vamos a pé para a feira comprar frutas e legumes pra semana. Tenho gostado dessa rotina simples e isso tem me feito muito bem.

12 de setembro de 2019

Ressaca


Passou o aniversário, os abraços, os carinhos e as mensagens, então chega uma ressaca de sentimentos. O pós foi dificílimo, talvez juntou a ressaca física com a mental. O dia passou arrastado. A idade parece ter chegado de uma vez. Hoje acordei um pouco melhor, mais leve. Mas ainda tem bastante peso. Só quero que chegue logo amanhã de tarde.

5 de setembro de 2019

Quase aniversário


Quase meu aniversário. Quase trinta e seis. O tempo tem passado bem depressa, mas é bom. Os dias têm sido cheios, mal posso esperar pelo final de semana. O clima está seco e quente, quase zero de umidade. Mas a vida está boa e eu gosto bastante de setembro.

28 de agosto de 2019

Fernanda Young


A morte de Fernanda Young me pegou completamente de surpresa e tem me afetado mais do que o falecimento de muitos dos meus parentes.

O primeiro de seus livros que li foi "Carta para alguém bem perto" e mesmo que bastante longo, a leitura foi bem rápida para alguém nos vinte e poucos anos. Lembro de ter curtido cada página e que me passava um filme enquanto lia.

Adoro o jeito desbocado, suas tatuagens, o cabelo por muitos anos raspado e depois longo, depois loiro, depois curto. As fotografias sensuais, os maravilhosos roteiros dos Normais, do Aspones e do Shippados. Adorava seus programas na tv também, principalmente o Irritando Fernanda Young.

Quando a gente morava em São Paulo fomos no lançamento de um curta inspirado no A Louca Debaixo do Branco, um livro de fotos em que ela aparece vestida de noiva, além de contos, entrevistas e histórias malucas sobre o dia de casamento. O curta era lindo, mas no auditório havia pouco mais de dez pessoas. Fernanda não ficou muito abalada, apenas disse que nós que estávamos lá éramos foda. Eu e Iran corremos na livraria do MIS e compramos o livro e ainda emprestamos a caneta para ela autografar o nosso livro e dos demais. Ela escreveu apenas "Iran e Vinicius, muito obrigada!".

E hoje eu que agradeço toda a genialidade, os palavrões, a libertação e tudo o que ela produziu.

Comecei esses dias a ler mais um livro dela (o "Pós-F") e é tão trágico saber que ela morreu. Sua escrita é tão vibrante, tão visceral. São poucas as pessoas que me fazem sentir assim quando morrem...

13 de agosto de 2019

Volta às aulas


Volta às aula e o clima não é dos melhores em razão desse monte de cortes do governo aos repasses à universidade. A perspectiva é péssima e já ocorreram a suspensão de várias bolsas de pesquisa. Por todos os lados há cartazes e pixações sobre a necessidade de lutar contra isso.

É realmente uma sensação muito boa estudar artes em uma faculdade pública, sem precisar pagar um boleto.

Mas eu já tenho meu emprego e a faculdade é um hobbie. Imagino como está a situação para quem é jovem e passa por tudo isso. Quando fiz minha primeira faculdade houve um boom na universidade com a construção de novos prédios, aumentos das vagas, estímulo para estudo no exterior, bolsas de estudo. Em pouco mais de dez a situação só piora...

5 de agosto de 2019

Festival CoMA

Depois de dois dias de festival meu corpo inteiro dói e eu estou quase sem voz. Dormi super pouco e perdi a conta de quantas cerveja tomei. Mas foi apenas maravilhoso. Terceira edição do festival e sempre maravilhoso. Nessa edição os melhores shows foram do Ney Matogrosso, da Liniker, da Luedji Luna, da Gadu e do Baiana System. E é sempre bom poder conhecer novas bandas, como a Joe Silhueta, que teve participação de Odair José. O final de semana foi perfeito, mas hoje só quero que o dia de trabalho acabe para eu poder voltar pra casa...