28 de janeiro de 2020
Verão?
O verão daqui nunca é muito verão. Chove bastante e até faz um pouco de frio. Aliás, as estações em Brasília são só duas: chuvosa e seca. Mas é engraçado ver o resto do país na praia e piscina e a gente aqui de casaco.
14 de janeiro de 2020
Rép
Uma das melhores decisões que a gente tomou foi instituir nosso happy hour semanal. Só nós dois em casa, compramos vinho e cerveja, queijos e alguma comidinha leve. Colocamos uma som para tocar e até estabelecemos algum tema para as próximas músicas na fila (em geral cada um coloca duas músicas por vez) e conversamos sobre tudo: nós, o país, nossa família, nossa casa, planos. É um momento só nosso pra que a gente se conecte e se conheça mais, para sabermos o que tem passado com o outro e para falarmos besteiras. Um ritual só nosso de quase todas as sextas. O final de semana ganhou um novo tom, já com a preparação do nosso encontro.
E é tão simples, talvez por isso mesmo tenha vingado. Não é um peso. Eu não lembro bem como começamos a fazer, mas já tem alguns meses. Parece até que é algo que sempre foi feito, desde os tempos antigos, desde antes de nós.
Mal posso esperar para o próximo!
13 de janeiro de 2020
Sentir-se em casa
É a primeira vez que a gente mora há tanto tempo em um mesmo apartamento, já faz mais de cinco anos que estamos no Guará. No final do ano começamos a reformar algumas coisas e só agora terminou tudo. Eu chego em casa e me dá uma sensação tão boa de casa, de aconchego. E é interessante ver o quanto a gente mudou nesses anos. Há mais plantas e menos coisas. E não vejo a gente morando em outro lugar tão cedo. Tão bom sentir-se em casa.
Essa parede foi pintada por nós mesmos, deu um super trabalho, mas adorei o resultado. Eu gostei também da estante de quadros, fica mais fácil mudar os quadros e objetos, sem precisar furar a parede. A melhor aquisição dos últimos tempos foi a parafusadeira e que também é furadeira.
E acho que quando envelhecemos ficamos com mais vontade de ficar em casa. Tomar um vinho, ver filme, ler, ouvir música.
6 de janeiro de 2020
Livros de 2019
[Sapiens - Yuval Noah Harari]
Ouvi uma entrevista com Yuval em um podcast do James Altucher e gostei muito do que ele falou sobre o ser humano. Nesse livro ele se baseia em diversas pesquisas e remonta a trajetória do homo sapiens, passando pela caça e coleta, a agricultura, a colonização, a industrialização e a atualidade. É ótimo poder rememorar as aulas de história e entender de forma mais cadenciada. Muito bom de ler e com várias teorias interessantes (como a do trigo ter domesticado o ser humano e não o contrário).
[Contos completos - Caio Fernando Abreu]
Eu adoro Caio Fernando desde a adolescência. Um dos primeiros livros dele que li foi o Morangos Mofados e virei fã. Ler todos os contos em ordem cronológica foi ótimo. Os primeiros, claro, são mais simples e juvenis, mas é muito bom poder ver a trajetória do escritor no decorrer do tempo. E me fez voltar para esse Vinicius da adolescência.
[A obscena Senhora D - Hilda Hilst]
Eu adoro tudo o que li sobre Hilda Hilst, mas nunca tinha lido nada que ela escreveu. Comecei com um dos mais famosos e fiquei completamente sugado pela escrita fluida, simples e complexa ao mesmo tempo. Não consigo nem explicar direito, é preciso ler. A escrita é maravilhosa.
[Você tem fome de quê? - Deepak Chopra]
Um ótimo livro sobre alimentação com base em filosofia indiana, mas que é um pouco difícil de colocar em prática. Há algumas receitas no final, mas não fiz nenhuma.
[Dance dance dance - Haruki Murakami]
Eu já sou fã do Murakami, então peguei esse aqui pelo título. Maravilhoso e que já fisga nas primeiras páginas. Depois que li descobri que ele é a continuação do livro abaixo, mas que podem ser lidos como livros independentes. Como em vários livros dele, há um pouco de sobrenatural.
[Caçando carneiros - Haruki Murakami]
Murakami, né? Nunca me deixa na mão. A primeira parte do livro acima, mas que funciona como história independente. Explica mais do personagem Rato, que é mencionado no Dance dance dance.
[Um coração ardente - Lygia Fagundes Telles]
Eu adoro a relação da Lygia com a Hilda. O único livro que tinha lido de Lygia foi o As meninas, talvez o único livro que li obrigado na escola e que realmente gostei. Um coração ardente são de contos e todos são ótimos.
[Me poupe - Nathalia Arcuri]
Livro de finanças de um jeito bem fácil e descontraído. Eu li após ver alguns vídeos da Nathalia no YouTube. Bem simples, mas não coloquei muita coisa em prática.
[Não me abandone jamais - Kazuo Ishiguro]
Kuzuo ganhou um Nobel há alguns anos e nunca tinha lido nada dele. O livro é bem tocante, lento e distópico e fala bastante sobre humanidade. Depois descobri que foi adaptado ao cinema, mas não vi o filme. Muito bom, depois quero ler outros livros dele. Mas gosto mais de Murakami.
[A mágica da arrumação - Marie Kondo]
Isso me traz alegria? O livro me surpreendeu e coloquei em prática alguns ensinamentos, principalmente a forma de dobrar camisetas na gaveta. A série da Kondo na televisão me incomodou um pouco pelo modo infantilizado em que ela foi retratada, mas o livro mostra sua verdadeira voz, bem mais engraçada e adulta.
[Variações enigma - André Aciman]
Depois de me apaixonar por Me chame pelo seu nome quis ler outro livro de Aciman. É muito bom, mas não tão bom quanto o Me chame. Muitos amores de um homem que se apaixona por homens e mulheres, mas que os troca constantemente, sempre buscando estar apaixonado.
[As águas vivas não sabem de si - Aline Valek]
Sou fã de Aline há algum tempo, leio seus textos em blogs e newsletters e agora escuto também seu podcast. O livro é muito bom. Uma expedição ao fundo do mar, mas que poderia ser a outro planeta.
[Pós-F - Fernanda Young]
Ainda chocado com a morte de Fernanda Young, que li muito na adolescência. O livro é ótimo e polêmico, seu último lançamento. Ela discute o feminismo.
[Akira - Katsuhiro Otomo]
Eu vi o anime do Akira quando era pequeno e não entendi nada. Revi há pouco tempo e fiquei com vontade de ler o mangá, que é bem diferente. Adorei.
[Tudo o que você não soube - Fernanda Young]
Outro livro de Fernanda Young. Bem ácido. Uma filha que nunca se relacionou bem com seu pai escreve um livro para que ele leia antes de morrer numa cama de hospital. Mas muito mais para que ela consiga entender mais de sua própria vida. O livro é delicioso.
[Quarto de despejo - Carolina Maria de Jesus]
Eu nunca tinha ouvido falar de Carolina, uma das primeiras escritoras negras a ter destaque. O livro é um diário, escrito em um português real e narra a fome e as dificuldade de uma mulher que cria três filhos e mora em uma favela de SP na década de 1950. Um dos livros que mais me impactou no ano.
[Vozes de Tchernóbil: A história oral do desastre nuclear - Svetlana Aleksiévitch]
Depois de terminar a série de TV, quis saber mais e ler o livro em que ela é baseada. O livro é dificílimo de ler, não pela escrita, mas sim pelos relatos de pessoas que viveram tudo aquilo. Várias vezes precisei parar e respirar. Também me impactou muito.
[My year of rest and relaxation - Odessa Moshfegh]
Eu adorei esse livro. Uma moça rica e linda decide ir numa psiquiatra mequetrefe para conseguir vários calmantes e passar o ano meio desligada da realidade e poder processar o luto e vários perrengues que ela havia passado. O livro se passa entre 1999 e 2001, na explosão das torres gêmeas. É muito doido sentir raiva e empatia por essa personagem. A escrita é muito fluída e é bem fácil de ler.
[Sobre o autoritarismo brasileiro - Lilia Moritz Schwarcz]
Livro essencial para entender mais o país. Descobri que o país foi cagado desde o começo. As raízes de tudo o que a gente passa hoje vem desde o século XVI. Que beleza. Adoro o trabalho da Lilia e esse livro é essencial para todos.
[Patti Smith - Devotion]
Sou devoto de Patti. O show dela ano passado foi sensacional. No aquecimento li o Devotion, sobre o processo de escrita, criatividade e tem um conto bem interessante sobre uma patinadora. É um livro curto e bem fluído. Não é meu favorito da Patti, mas é um livro muito bom. E aprendi muitas palavras novas em inglês, pois tive que pesquisar várias.
[Ricardo e Vania - Chico Felitti]
Eu já tinha lido a reportagem do Chico Felliti que saiu no Buzzfeed sobre o Ricardo, mais conhecido como Fofão da Augusta. Quando morava em SP (entre 2012 e 2014) eu vi algumas vezes na rua o Ricardo e sempre me questionei se o seu rosto era uma doença ou se foi congênito, mas lendo a reportagem entendi que foram várias aplicações caseiras de silicone industrial. O livro retoma a reportagem e dá andamento também à vida de Vânia. Muito bem escrito e um soco no estômago.
[Eu, travesti - Luísa Marilac e Nana Queiroz]
Comprei o livro do Chico Felitti junto com o da Luísa Marilac e acabei lendo um seguido do outro. Há muitos paralelos entre as vidas de Luísa, Ricardo e Vânia, personagens sempre à margem da sociedade e que vivenciam diariamente o preconceito. O livro da Luísa e da Nana é muito bom. É narrado em primeira pessoa, num misto entre Luísa e Nana.
[Patti Smith - Year of the monkey]
Apenas maravilhoso esse livro! Uma mistura de sonho e realidade do que foi o ano de 2016, com a eleição do presidente dos EUA. Uma delícia de ler. E me lembrou um pouco o Linha M, um livro anterior da Patti.
[Fernanda Montenegro - prólogo, ato e epílogo]
Devorei esse livro que conta a vida de Fernanda Montenegro. E as fotos são lindas também. Não é à toa que ela é a atriz brasileira mais famosa.
[Albert Camus - o estrangeiro]
Sempre fiquei curioso com o livro que inspirou a música "killing an arab" do The Cure. Eu li quando estava na praia ainda e a primeira metade do livro se passa no litoral da Argélia, com vários banhos de mar. A segunda parte é só a prisão e o julgamento. O livro é muito bom e realmente um clássico. Depois eu vi que o The Cure tem cantado "kissing an arab" para evitar essa fobia que as pessoas ocidentais têm dos árabes.
[Me encontre - André Aciman]
Eu amei o Me chame pelo seu nome e desde que soube que teria uma continuação fiquei com vontade de ler. O livro é muito, mas frusta e surpreende bastante. Metade do livro é sobre o pai do Elio, mas depois de passar essa ansiedade por Elio e Oliver, curti bastante saber mais sobre o pai. Não é o que eu esperava e isso é ótimo. O encontro de Elio e Oliver é narrado em umas dez páginas e acho que se conclui bem. No capítulo dedicado ao Elio e gostei muito do novo romance dele e do mistério (que não é resolvido no livro).
2 de janeiro de 2020
Começou
A festa de final de ano foi uma delícia. Apesar do cansaço da viagem de volta, organizamos uma festinha com alguns amigos lá em casa. Festa pequena só com gente que gostamos. E meia noite um dos vizinhos das casas perto do prédio fez um super show pirotécnico, os fogos explodiam quase que na nossa janela e durou mais de 20 minutos. Foi lindo! Todo mundo dormiu lá em casa e ainda almoçamos o que havia sobrado da ceia (e ainda trouxe para comer aqui no trabalho hoje e amanhã).
O ano vai ser bom. A gente amadurece todos os dias, aprende a viver. Tenho gostado bastante de envelhecer.
28 de dezembro de 2019
Último dia de praia
Nossa vida aqui é tão gostosa e parecia que nunca ia chegar ao fim. Último dia de praia e ela parece mais perfeita do que nunca, apesar da saudade de casa. Mas praia é praia! Queria morar no litoral e ao mesmo tempo não queria. A praia sempre me fascina e sempre me alegra. Eu me sinto limpo e renovado, sempre, ao mesmo tempo a maresia me enche de alegria. Amanhã voltamos para a estrada! E eu adoro a estrada também! Viajar é muito bom! Chegar em casa também....
27 de dezembro de 2019
Rotina na praia
Os dias aqui têm sido bem gostosos. Acordar, fazer o café da manhã (café pra mim e coca pra ele, maçã ou banana e um misto quente ou bauru na sanduicheira elétrica). E então a gente lê um pouco, olha o celular e se arruma para ir pra à praia. Na praia eu fico na cerveja (levei meu copo de plástico desses de festa) e Iran fica na caipirinha (cacau, abacaxi ou maracujá, nunca limão, pois mancha). Nas barracas não vende comida, então algumas pessoas vendem um bolinho feito de purê de batata com vários recheios ou então bolinho de mandioca recheado, geralmente comemos esses, mas tem ainda camarão, tapioca, açaí, nunca pedimos. E então voltamos pra casa, tomamos uma bebidinha (ele no vinho branco e eu no tinto ou gin), ele faz um narguilé. Às vezes uma soneca. Depois vamos comer algo na rua (moqueca de polvo, esfirras) ou cozinhamos algo simples (macarrão ou arroz com linguiça, tomate e tal). Passeamos um pouco e voltamos pra casa. Tudo a pé, tanto ir pra praia ou para a rua principal. A vida é simples e boa. Posso me adaptar fácil, mesmo nos dias de chuva... Nossa vida é boa!
25 de dezembro de 2019
Dia de chuva
O dia após o natal é meio de preguiça. E olha que ontem a gente fez um jantar super simples e ficamos só com música e conversas, além de alguns drinks. Só nós dois, sem família, sem toda essa bagagem de natal. Amo minha família, mas natal pode pesar uma tonelada. Prefiro esse natais leves e não natalinos. Hoje é só preguiça, comer as sobras, ficarmos tranquilos. O dia está nublado e chuvoso. Esse quintal maravilhoso, essa casa meio barco, meio chalé, meio praia, meio montanha. Passarinhos, saguis, mosquitos e lagartixas. E muita planta!
24 de dezembro de 2019
Nada natalino
Nunca curti muito o Natal. Só gostava mesmo dos presente (e rabanada!), mas nada da neve falsa, do inverno falso, do Papai Noel e tudo mais. Então nada melhor do que passar na praia, longe de tudo isso e sem nada natalino no cardápio! Nossa casinha hippie perto da praia. Só nós dois! E mais tarde uma jantinha simples e vinho!
21 de dezembro de 2019
Casinha hippie
Mudamos de casa. Era para termos chegado hoje em Itacaré, mas conseguimos adiantar em alguns dias. Agora estamos mais perto do centro da cidade e das praia. A casa é mais simples e antiga, mas super arborizada e bem hippie. Ela é muito aconchegante, parece muito com as casas da Chapada. Nova fase em Itacaré e ainda uma semana de praias e nordeste. Que alegria! Vamos passar o natal aqui nessa casa, mas provável que seja zero natalino. Nem vi quando Iran tirou essa foto!
20 de dezembro de 2019
Dia de calmaria
Hoje não teve praia, mas se bem que ela sempre esteve ali pertinho, da janela do quarto. O dia quase todo foi de chuva e nublado, além de uma dorzinha que Iran sentiu no ombro (a gente acha que é gases, uma dor anual que ele tem, que vem e vai). O dia foi uma delícia com livros, soneca e internet. Só saímos para almoçar em um quilo aqui perto. O sol abriu de tarde, mas nem compensava ir pra praia, melhor relaxar em casa.
Eu adoro praia, cidade de praia, maresia. Talvez um dia eu more no litoral, quem sabe. Tão bom ter a praia ali na janela. Meio marinheiro, sei lá. A praia ali, a maresia que entra pela janela, pelas frestas, por qualquer buraquinho da casa. E a Bahia, né? Adoro o sotaque daqui, adoro o clima geral daqui, não só a temperatura, mas o gosto da Bahia. Aqui tem um algo a mais.
Um dia inteiro pra relaxar. E li feito uma traça. Devorei já dois livros desde que cheguei (depois escrevo sobre os livros do ano, meu recorde de leitura).
Amanhã tem mais praia, tem mais uma fartura de dias na praia.
A foto é do final da tarde, a vista da janela, depois de fazer o nosso jantar, bem simples (arroz com linguiça, cebola, alho e tomate, tudo numa panela só). Gosto tanto dessa vida simples, posso me acostumar com praia, uma casa pequena e a gente juntos. Quem sabe levo um pouco de praia pra minha vida no Planalto...
Amo praia demais, nem sei explicar!
E a dor do Iran melhorou agora no final do dia. Ufa!
19 de dezembro de 2019
Praia!
Hoje foi dia de praia de verdade! E de andar muito! Tão bom chegar na praia, pegar cadeira e guarda-sol e pedir uma cervejinha bem gelada. Não precisa de muita coisa pra ser bom. Praia e meu amor...
18 de dezembro de 2019
Road Trip to Bahia
Eu adoro viajar de carro, pois me lembro das viagens pro Nordeste com meus paia quando era pequeno. Com os preços absurdos das passagens de avião, resolvemos arriscar vir de carro pra Bahia. 1.500 km, um dia e meio de viagem. E foi tudo tranquilo, pegamos um roteiro na internet com dicas e quais cidades passar, mas no segundo dia resolvemos usar o GPS e acabamos em uma estrada de terra que levou quase uma hora, mais ou menos um rally dos sertões. Tirando isso as estradas estavam muito boas e o hotel de beira de estrada foi ótimo.
Mas a viagem de carro tem muitas vantagens em relação ao avião. Dá pra montar várias playlists, dá pra conversar sobre tudo com seu marido, dá pra rir e se irritar muito. E agora com o carro 1.5 e ar condicionado foi bem melhor, ainda mais com um bagageiro imenso pra levar várias quinquilharias (no avião agora só a bagagem de mão!). E dá pra comprar várias comidas e bebidas (estamos com várias caixas de vinho!), além de muitos lanches pra comer na viagem.
Primeiro dia de praia hoje, chegamos meio tarde e só conseguimos ir na praia mais sem graça. Amanhã começa de verdade!
Itacaré pela segunda vez no ano!
Praia, praia e mais praia. E agora com o meu amor (pela primeira vez aqui!).
5 de dezembro de 2019
Consertos
A nossa casa fez cinco anos e, claro, tem alguns desgastes. Coloquei metas nesse começo de férias para dar um jeito em algumas das coisas que nos incomodam.
A primeira foi a cama, troquei os pés por outros um pouco maiores, ajeitei uma madeira que estava solta usando a maravilhosa parafusadora elétrica. Gastei 60$ e mais umas duas horas para deixar a cama como nova. Agora ela está quase uns 10 cm mais alta e sem madeira solta. E as roupas de cama, toalhas e travesseiros dentro do baú estão organizados.
As outras coisas não teria como arrumar sozinho, então contratei um marido de aluguel. Ele está agora ajeitando algumas coisas, espero que fique bom. Mas só de circular essa energia, deixar a casa mais gostosa, já fico mais feliz.
Por último é arrumar os armários e tirar aquilo que não precisamos mais, mas só na semana que vem.
Depois é só pensar na viagem para a praia!
E após a praia tudo pronto para 2020.
P.S. deu tudo certo! E ainda pintamos nós mesmos as paredes de cimento queimado, chamamos o instalador do ar condicionado e só falta o gesseiro fazer o acabamento!
4 de dezembro de 2019
Férias
O ano demorou demais pra passar. Mas foram tantas coisas que parece ter sido uns cinco anos. Todos os dias várias notícias terríveis. Passei o ano cansado e desanimado. Finalmente chegou o final do ano e tirei o mês todo de férias. Eu nem consigo descrever a alegria de não ter que trabalhar nesse mês e só ajeitar as coisas em casa, ir pra natação, cozinhar sem pressa. Acaba que ainda tenho acordado cedo, mas só de não ter que pegar trânsito e ficar horas na frente do computador, o dia já ganha outra cara.
Não preciso de muito pra ser feliz!
18 de novembro de 2019
Patti
Eu não lembro quando foi a primeira vez que ouvi Patti Smith, mas a figura e a voz dela sempre estiveram em algum lugar da minha mente. "Because the night" sempre tocava nas festinhas indie dos anos 2000 e pouco.
Mas então li o "Só Garotos" e me apaixonei pela história da Patti e do Robert Mapplethorp. Devorei cada página sobre a infância dela, sobre os anos no Chelsea Hotel, sobre os artistas vizinhos e sobre se descobrir artista e não se encaixar em um padrão.
O "Linha M" me fascinou também e me apresentou essa narrativa fluída, misturando pensamento, referências e histórias. E, claro, acabei conhecendo também o Haruki Murakami, citado por ela em diversos trechos do livro, e que virou um dos meus autores favoritos. E fiquei feliz em saber que Patti adora Roberto Bolaño também.
Estou terminando agora o "Devotion" e é muito bom, mas não tão legal quanto os anteriores. E mal posso esperar para ler o "Ano do Macaco", sobre o maluco ano de 2016.
E então finalmente chegou a oportunidade de ver a Patti ao vivo em SP. São pouquíssimos músicos que fazem a gente sair de casa, viajar, pagar caro e passar um dia inteiro no festival. Patti é uma delas. Assim que saíram as primeiras notícias compramos os ingressos e organizamos a viagem, ainda em julho. Quando chegou o show tudo já estava pago.
O festival em si foi maravilhoso, com vários amigos daqui de Brasília, muitos músicos desconhecidos (adorei a Little Sims) e outros veteranos (CSS foi maravilhoso, voltei para 2000 e pouquinho!) e Hot Chip foi ótimo!
E então chegou a hora do show da Patti. Uma mistura de doçura e aspereza. Uma xamã, uma bruxa, uma figura andrógina do século XIX. Ela falou sobre amor, sobre nossos antepassados, sobre meio ambiente, sobre florestas queimando. Ela disse que o Michel Stipes do REM pediu para ela mandar um beijo para o pessoal do Brasil. Eu senti uma conexão tão forte, fiquei completamente imerso em cada palavra e cada nota músical. Foi sem dúvida uma das melhores experiências da minha vida, seja em show ou não. Nunca vou esquecer.
E após o show fiquei pensando em como é importante ficar conectado na própria essência. Patti sempre foi a Patti, sempre se vestiu da forma como queria, deixou seus cabelos brancos e despenteados, fez as músicas que quis, escreveu, tomou seu café preto, visitou túmulos de poetas famosos. E agora com mais de 70 anos teve o reconhecimento merecido. Ela foi a atração principal de um festival em 2019, depois de mais de 40 anos de carreira, sendo que várias das atrações tem menos tempo de vida do que ela de carreira!
E como é bom poder fazer essas loucuras de viajar para outro estado para assistir alguém que a gente gosta!
Patti, que bom te ver ao vivo. Nunca vou esquecer!
31 de outubro de 2019
Fazer nada
A vida segue no automático e então o cansaço se acumula cada vez mais, até a gente se arrastar e pedir arrego. E nesse ano quase não houve feriados em dias úteis.
Finalmente nessa segunda caiu um feriado e aproveitei que tinha algumas horas no banco e pedi mais um dia. Quatro dias no total. Dias de acordar um pouco mais tarde, caminhar pelo bairro, tomar café na padaria, jogar, ver tv e tirar um cochilo no meio da tarde. Dias de não fazer nada.
Fazer nada na verdade é um dos maiores privilégios. E que bom que de vez em quando é possível não fazer absolutamente nada
18 de outubro de 2019
Retornei a ligação e antes que eu pudesse dizer alô escutei que ela estava chorando. E então me disse do resultado do laudo, pior cenário possível. Na hora não tem como não pensar nesse maldito pior cenário, mas respirei fundo, peguei o carro e fui para a casa dela. Quando cheguei ela ainda estava chorando. Eu não disse nada, só a abracei e ficamos alguns minutos juntos. Fiquei feliz de ter mantido a calma, a gente nunca sabe como vai reagir, não tem como se preparar de antemão. Continuamos juntos. Disse para ela que vamos dar um jeito, vamos lutar, vamos conseguir consultas, o diagnóstico é precoce, a medicina melhorou muito nos últimos anos. Dizia para ela e para mim também. Ela se acalmou um pouco e ficamos conversando mais um pouco. Nessas horas sobra apenas a essência, apenas o amor. Todo o resto vira detalhe se dilui. Ela disse então que iria tomar um calmante e dormir. Insisti para ficar mais, não tinha nenhum compromisso inadiável, mas percebi que ela queria ficar só, digerir tudo isso. Hoje liguei de novo para ela, a voz estava melhor, estava tentando marcar consulta com um especialista para ainda hoje. Fiquei tão feliz, ainda acho que pode ser apenas uma inflamação, ainda gosto de ser otimista. Tudo foi ressignificado, tudo está misturado. Esse laudo já virou um marco na vida de todos. E agora é ver quais serão os próximos desenvolvimentos...
16 de outubro de 2019
Chá caro
Ganhei esse chá caro de uma antiga chefe quando morava em SP, que ela comprou em uma viagem para Paris. O chá é apenas maravilhoso, com saquinhos de algodão, algo que nunca tinha visto. Fizemos algumas xícaras em eles, uma delícia. Nunca tinha experimentado chá de verbena antes, então era algo super especial. Trouxemos de volta pra Brasília, deixamos guardados no fundo da despensa e esqueci dele. Ainda tinha mais da metade dos saquinhos, mas fui pegar e a erva virou um pó no fundo da caixa, afinal já tem mais de 5 anos que voltamos. Fui ver quando custa uma caixinha: R$ 80. Moral da história: não dá pra ficar guardando as coisas, melhor aproveitar logo!
7 de outubro de 2019
Quase final do ano
Outubro começou e isso quer dizer que o ano já está no fim. Semana que vem já começam a aparecer as decorações de natal nas lojas, muita neve de algodão e senhores com roupa de inverno vermelhas, além das barbas enormes e brancas. Já é quase 2020!
A vida tem caminhado. Tem dias que é mais difícil, mas em geral tudo vai bem. Respiro fundo e continuo. Mas sempre é bom chegar na sexta-feira e poder fazer um happy hour em casa com meu marido. Conversamos, ouvimos músicas e bebemos. E sábado de manhã vamos a pé para a feira comprar frutas e legumes pra semana. Tenho gostado dessa rotina simples e isso tem me feito muito bem.
A vida tem caminhado. Tem dias que é mais difícil, mas em geral tudo vai bem. Respiro fundo e continuo. Mas sempre é bom chegar na sexta-feira e poder fazer um happy hour em casa com meu marido. Conversamos, ouvimos músicas e bebemos. E sábado de manhã vamos a pé para a feira comprar frutas e legumes pra semana. Tenho gostado dessa rotina simples e isso tem me feito muito bem.
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