Tenho pensado muito nesses dias e acho que entendi alguns nós na minha vida. Engraçado como de repente algo que sempre estava bem na frente faz sentido, como se uma peça tivesse finalmente se encaixado ou como se a ficha da época dos orelhões antigos tivesse caído. Entendi um desconforto familiar. A vida está sempre em construção, até a hora que morremos. Mesmo o passado também é reconstruído pelo presente.
A vida tem sido solitária nos últimos tempos, mesmo que eu goste muito da solidão com livros, músicas, filmes e jogos. Eu amo ficar em casa. Amo a vida com nós dois e nosso cachorro. A pandemia me deixou com um pouco de fobia social, de vontade de não sair de casa. Eu acho que ainda não está fora de controle, mas sei que é um pulo para virar um distúrbio. Então sempre que aparece um convite a gente se força para ir, mas depois é bom interagir, conversar ao vivo. Não aparecem muitos convites, afinal amizade é uma via de mão dupla e sinto que não tenho cultivado as amizades, mesmo no online. Os poucos que aparecem nós vamos, mesmo que eu sinta uma vontade de desistir ou sinta um nervosismo desproporcional nos minutos que antecedem e chegada ao lugar. Enfim, é como um músculo, é preciso trabalhar essas interações sociais.
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