30 de abril de 2021

Sexta!

Ufa, mais uma semana. Eu ando bem cansado, mas ao menos a semana foi um pouco mais tranquila. Tenho notado mais como eu primeiro sofro com algo, depois respiro fundo e consigo lidar bem. Mas é uma montanha russa, primeiro imagino o pior cenário, pois respiro e então as coisas fluem bem. Talvez seja um mecanismo de defesa. Na verdade, é um mecanismo de defesa, mas é tão desgastante. De qualquer forma, chegou a sexta! Ufa!





29 de abril de 2021

A vida segue



Parece que depois de dias cheios e de pouca vontade de fazer as coisas, chegou um pouco de calmaria. Acho que tem a ver com o final do semestre da faculdade, o ano que já está quase na metade, não sei. Mas a vida tem passado, um dia de cada vez. Ainda sem perspectiva de que a pandemia acabe, mas o jeito é seguir em frente.

26 de abril de 2021

DNA



Resolvi fazer esses testes de DNA de ancestralidade, pois não tenho muita ideia da minha história, não sei como meus antepassados vieram parar aqui no Brasil e nem de onde vieram. Tenho algumas pistas, como os sobrenomes comuns até hoje. E é um teste tranquilo. Depois de pesquisar um pouco escolhi a Genera. A empresa manda dois cotonetes grandes pelo Correio, daí a gente passa esses cotonetes por alguns minutos na parte interna da bochecha, depois é colocar os cotonetes em um envelope, selar e avisar ao transportador para vir pegar e levar para a análise.

Como pode em um pouco de saliva e mucosa ter essa informação toda? Eu gostei do resultado e era mais ou menos como eu esperava. Tem muito ibérico (Portugal e Espanha), quase um terço da minha ancestralidade. E faz sentido mesmo por toda a história do Brasil, a maldita colonização e tudo mais. Mas daí descobri que tenho um quinto de ancestralidade italiana que eu não fazia ideia (sendo que 1/4 vem da Sardenha, uma ilha). Eu não tenho história com "nonna" e nem com nada italiano, mas, claro, adoro comida italiana. E daí tem ainda um pouco de balcânico e basco, que pra mim é tão distante que eu nem faço ideia.

E então tenho um décimo de Oriente Médio, faz sentido mesmo, pois eu me acho fisicamente bem parecido árabe. Não tenho a pele clara, tenho os cabelos escuros e bastante pelos, meu nariz tem um corcundinha. A maior parte veio do Magrebe, que inclui Marrocos, Tunísia, Argélia e outros países. Eu adoro cuscuz marroquino. E um terço vem da Anatólia (Turquia). Eu assisti aquela série 8 em Istambul e realmente me achei parecido com o pessoal de lá.

E tenho também quase um décimo de DNA das populações originárias das Américas, sendo a maior parte dos povos da América Central, descendentes dos Maias. E um pouco de Tupi e de Andinos. E também faz sentido, pois aqui já tinha muita gente quando os portugueses invadiram.

E tenho só 5% de DNA africano, a maior parte do leste da África, que inclui Tanzânia, Quênia, Malawi, Moçambique, Zimbabue, Zambia e Suazilândia. Há uma parte do Chifre da África (Etiópia, Somália) e do Oeste da África (Camarões, Gabão, Congo, Angola, Guiné) e do Mbuti (pigmeus). A colonização do Brasil foi algo terrível e os 300 anos de escravidão obrigou milhares de pessoas a chegarem aqui em condições precárias nos navios negreiros.

E para mim o mais surpreendente é ter um pouquinho de DNA chinês, ainda por cima da etnia han, que corresponde a 90% da população chinesa atual.

E então com todo esse mapa eu imagino então que meus antepassados foram em sua maioria ibéricos (talvez uns italianos antepassados devem ter ido para a península ibérica). Durante sete séculos houve a ocupação moura/muçulmana onde hoje é Portugal e Espanha a partir do Norte da África, daí pode ter vindo meus antepassados do Oriente Médio. Depois no século XVI há a invasão de onde é hoje o Brasil pelos portugueses. Os portugueses colonizaram também um território chinês chamado Macau e acho que deve vir daí essa minha herança chinesa. Daí esses antepassados chegaram ao Brasil e aqui já havia a população originária (meus antepassados maias e tupis) e trouxeram entre os séculos XVII e XIX os povos escravizados de origem africana (meus antepassados de Moçambique, Angola e dos pigmeus). 

É interessante perceber a mistura de povos e de histórias que chegaram até mim, mesmo sem registros escritos não é difícil sentir toda essa herança. Tantas vidas, tantas migrações, tanta dor, tanta guerra, mas também quantas histórias boas deve ter nisso tudo. Gostei de saber um pouco mais sobre mim mesmo.


23 de abril de 2021

Sexta!



Finalmente chegou a sexta! E estou com um pouco mais de leveza, apesar de tudo o que tem acontecido e da falta de perspectiva. Acho que tem a ver com a aula de fotografia. Tem sido bom sair para fotografar aqui perto de casa quando passeio com Tominhas, fugindo das pessoas. Tem sido bom criar um pouco...

22 de abril de 2021

Feriado



Mesmo na pandemia é muito bom ter feriados. Não ter que ligar o computador e nem se preocupar com as notificações do celular. Passear com o cachorro tranquilamente, quase ninguém na rua e depois não sair mais de casa. Ver filmes, séries e ver besteiras no celular. Dormir muito. 

Aqui em Brasília a gente mal lembra que é também Tiradentes, escolheram a mesma data para a inauguração da cidade. Deve ter feito algum sentido na época do JK, mas vai saber. De qualquer forma, 61 anos da cidade, o mesmo número do DDD daqui. E isso não quer dizer nada. Nada faz sentido mesmo...

16 de abril de 2021

Não está fácil



Os dias não estão fáceis. Já são tantos dias de pandemia e sem nenhuma perspectiva de melhoras. A vida anda complicada e pesada, mas está melhor do que a vida da maioria das pessoas. Tenho saúde, tenho emprego, tenho uma casa para morar, tenho família e amigos, mas mesmo assim é um momento muito complicado. É difícil não desanimar, mas vamos lá, um dia de cada vez.

A faculdade tem me ajudado. Ler e escrever tem sido bom. É um parto difícil, não há inspiração, não tenho vontade de fazer mais do que o essencial, mas foi bom pesquisar um pouco, escrever. É um respiro. Eu gosto de estudar e tem realmente me feito muito bem aprender mais sobre arte. Tem sido bom fazer uma aula de fotografia na faculdade. Eu adoro tirar fotos, mas sentia falta de um objetivo.

9 de abril de 2021

Sexta!

Finalmente a sexta. Os dias estão tão corridos, sem muito tempo para fazer outras coisas. Os dias passam depressa. E tem sido bom escrever, fotografar e até fazer as coisas do trabalho normal. Mas ao mesmo tempo a pandemia continua, o medo, a morte está sempre próxima. A cada saída de casa, mesmo com máscara, mesmo com o álcool e todos os cuidados, a preocupação com a morte está lá. A morte nunca esteve tão presente. São mais de quatro mil pessoas que morrem todos os dias no país. O país com a pior gestão da pandemia. O país abandonado. Mas uma hora vamos sair disso tudo. A pandemia vai acabar.

25 de março de 2021

Respirar

A pandemia está cada dia pior no país. Morrem três mil pessoas por dia e já mais de trezentos mil mortos. É um pesadelo, um filme de terror. Eu me sinto como se estivesse em um filme apocalíptico, como se o ar não fosse mais respirável. E talvez esteja irrespirável. Com certeza está. O ar está pesado, o clima está sempre tenso. Inimigos visíveis e invisíveis. A morte está sempre perto, em cada saída de casa, mesmo que seja para pegar algo na portaria. Mas uma hora vai passar...

23 de março de 2021

Vacinação



O cenário é terrível, milhares de mortes todos os dias, UTIs lotadas e ainda há muita gente sem máscaras. Mas nesse mar de notícias ruins é tão bom ter notícias boas. Meus pais já conseguiram tomar a primeira dose da vacina e logo minha irmã vai se vacinar também. Ufa! Não sei quando vou conseguir me vacinar, mas fico tão feliz que meus pais já se vacinaram. Uma hora essa pandemia vai passar...

19 de março de 2021

Sexta!



Os dias estão difíceis e eu sinto um cansaço o tempo todo. Acordo cansado, o dia passa arrastado e todos os dias são parecidos. Medo de sair, medo de tudo. É muito tempo para viver com medo e com estresse. E tenho emprego, uma vida confortável, mas mesmo assim está difícil. Não temos perspectiva de melhorar, não sabemos quando a pandemia vai passar. Morrem cada vez mais pessoas todos os dias em decorrência do vírus, mortes horríveis, falta de ar, filas de UTIs e ainda por cima as piadas e descaso do presidente. Uma hora vai passar, mas tem demorado muito. Mas o jeito é ter paciência.

11 de março de 2021

Rotina



Já nem consigo imaginar a rotina sem cachorro aqui em casa. Eu acordo sempre cedo, perto das seis, sem alarme. Assim que eu levanto ele já percebe e quando vou ao banheiro ele vem me dar oi. Alguns dias eu faço yoga e em outros só uma meditação. Ele fica na porta do escritório para me esperar terminar. Daí a gente passeia aqui por perto, demorei para descobrir um lugar que ele gostasse e ficasse mais tranquilo. Ficamos o mais longe possível das pessoas e cedinho não tem muita gente. Ele não reclama da guia, mas de vez em quando simplesmente deita no chão para me dizer que não quer ir para aquela direção. Mais ou menos uns quarenta minutos voltamos para casa, tem dias que ele não quer voltar. E então coloco a comida dele enquanto preparo o café da manhã. Ele come e fica me esperando dar algum pedaço de fruta. Depois começo a trabalhar e ele fica perto, nos meus pés ou perto da porta, em um estado meio de dormir, meio desperto. De tarde não tenho descido mais por causa do covid, então brinco com ele, jogo algum brinquedo, ele corre, pega, mas não me devolve, depois a comida dele. E então volta ao estado de dormir/acordado. É uma delícia ter cachorro em casa. Ele se adapta à rotina, a tudo. E aprende muito rápido tudo. Que bom que Tominhas veio morar com a gente, não tinha muita ideia de como seria ter um cachorro aqui em casa, mas agora não me imagino mais sem Tominhas.

10 de março de 2021

Guerra invisível



Os dias andam cinza, arrastados. A morte e a doença são cada vez mais cotidianas. Sair de casa é um risco. Não tem como a cabeça estar bem ao se viver com medo por tantos meses e sem saber até quando vamos conseguir. Eu me sinto em uma guerra silenciosa, sem bombas, sem barulho. Uma guerra invisível.

5 de março de 2021

Sexta!



Ufa, chegou a sexta! Ando bem cansado. São muitas mortes, muitas notícias ruins, muito desgoverno e nenhuma perspectiva pela frente. Mas o jeito é ir em frente. Ficar em casa. Tenho medo de tudo. Parece que estamos em uma guerra silenciosa, sem bombas, sem trincheiras. O número de mortes é maior do que em muitas guerras. É como se vários aviões de passageiros caíssem todos os dias. É desesperador.

3 de março de 2021

Relógios do avô



Meu tio me mandou dois relógios de algibeira que pertenceram ao meu avô. Ele morreu há mais de trinta anos e eu era pequeno, quase não convivi com ele. Não tenho memórias, não lembro de sua voz, não guardo nenhum conselho ou histórias dele. Ele foi um comerciante de sapatos e materiais de construção que se fez sozinho. No tempo que viveu tirou poucas férias, apenas para visitar minha mãe e meus irmãos antes do meu nascimento. De qualquer forma fiquei muito feliz com os relógios, é um presente e uma memória da minha ancestralidade. E um lembrete de que não somos eternos.

23 de fevereiro de 2021

Dias cinzas



Os dias estão cinzas e sem perspectiva. Nada de vacina, nada de remédio, nada de novidades. A vida segue arrastada. Em poucos dias vamos completar um ano desde o começo da pandemia e do isolamento. Todos os dias chegam notícias de parentes de amigos que faleceram em razão do covid. Hoje está difícil aguentar o dia... mas é o jeito.

19 de fevereiro de 2021

Carnaval



O carnaval foi em casa. Todos os dias do feriado foram de chuva e de frio, nem parecia que era carnaval. Não havia barulho, nem glitter e nem fantasias. Não havia quase música, nem dança. É estranho não estar com as pernas doloridas de andar e dançar, ressaca de ter tomado tanta cerveja, marcas de lama e de purpurina pelo corpo e pelas roupas, confetes espalhados pela casa. Mas, com disse Bethânia em sua live bem no sábado de carnaval, a gente tem memória de carnavais passados, a gente guarda boas lembranças das risadas, das danças, das fantasias. E espero que o próximo carnaval possível (quem sabe 2022, mas talvez só 2023) seja como os livros contam do carnaval de 1919 após a pandemia de gripe espanhola, considerado o melhor carnaval de todos. Mas descansamos, bebemos um pouco em casa, ouvimos música, conversamos, foi um carnaval diferente, mas o importante é que estamos bem e com saúde. E esperamos o próximo carnaval possível. 

11 de fevereiro de 2021

Bolo de cenoura



Uma das coisas que tem me dado um pouco de paz nestes tempos de pandemia é fazer bolos. Minha mãe deve ter lido minha mente e me deu de presente uma forma toda rebuscada de metal. Para estrear o presente resolvi fazer um bolo que me lembra infância. É um bolo simples de cenoura com cobertura de brigadeiro, claro, do Panelinha. Mas mesmo que a receita seja simples, base de óleo, liquidificador, com esse formato meio rococó o bolo ficou muito charmoso. Mesmo com a cobertura grossa dava pra ver os desenhos na fatia. Eu fiquei com medo de que o bolo grudasse nos detalhes da forma e então caprichei quando fui untar, o que deixou algumas partes do bolo com manchas da farinha, mas ele descolou facilmente na hora de desenformar. Amei a forma farei ainda mais bolos, mas vou untar com mais cuidado. Esse bolo acabou rapidinho e comer ele com café foi um dos meus vícios nos últimos dias.

3 de fevereiro de 2021

Pet



Hoje faz dois meses que o Tominhas chegou aqui e já nem imagino a minha rotina sem ele. Tenho adorado fazer nossos pequenos passeios aqui perto do prédio para ele fazer xixi e ver os outros cachorros. E toda a nova rotina com ele, de acordar para ir ao banheiro e ele querer ficar junto, mesmo morrendo de sono. Do tanto que ele mexe no tapete do banheiro até ficar quase como um travesseiro para ele deitar. De como ele é brigão com os outros cachorros, apesar de ter um pouco mais de 30 centímetros de altura. E de trabalhar aqui no computador e ele ficar pertinho de mim enquanto tira uma das centenas de sonecas do dia. Aliás, tudo o que a gente faz em casa ele vai atrás, mas não late e nem faz barulho, só quer ficar perto. E dormir. Eu nunca imaginei que teríamos um cachorro, mas foi a melhor decisão que tomamos, ainda mais por escolhermos um cachorro já adulto, tão bacana, tão bonito e tão engraçado.

2 de fevereiro de 2021

COVID



Há exatamente um mês recebei meu diagnóstico de COVID, mesmo com máscara, álcool em gel e quase sem sair de casa fui contaminado. Hoje meu pai recebeu a primeira dose da vacina. Ainda não estou bem, não me sinto como antes. Sinto cansaço, sinto uma tristeza muito grande. Mas são sintomas de tantas coisas, inclusive de se viver no Brasil de 2021. Não vejo a hora da pandemia passar e de me sentir mais saudável. Mesmo com a forma leve, a infecção foi muito complicada. E agora as novas variantes, novas crises, dificuldade de fornecimento de insumos e produção de vacinas. Mas uma hora tudo isso vai acabar.

1 de fevereiro de 2021

Zero álcool



Desde o reveillon não bebo nada. Claro, teve o COVID, o mal estar no corpo, as preocupações e tudo mais. Mas os dias passaram sem vontade de beber. Mesmo com algumas garrafas de vinho, espumante e de cerveja, mesmo assim não tivemos vontade de beber. E quando vi deu um mês. Aos poucos meu corpo tem voltado. Quem sabe daqui a alguns dias voltamos a ter vontade de beber no nosso happy hour? Mas por enquanto não sinto falta do álcool, só o em gel e o de limpeza, esses sim uso todos os dias.