25 de março de 2022

Dois anos de trabalho remoto



Tem dois anos que trabalho de casa. Acho que eu sempre quis trabalhar de casa, lia sobre histórias de pessoas que podiam trabalhar de qualquer lugar e nunca imaginei que eu pudesse também. Achava que só o pessoal da tecnologia e da internet podiam trabalhar de casa. Mas eu também pude depois da pandemia e optei por continuar assim, mesmo agora que aos poucos o presencial volta a ser a norma.

Não sinto falta de enfrentar o trânsito na ida e na volta, nem de ter que ficar na mesa de trabalho. Nunca tive problema com meus colegas e gosto de interagir, conversar sobre outras coisas não relacionadas ao dia-a-dia, os lanches, cafés da manhã, aniversários. Mas gosto mais de estar em casa. É fácil hoje interagir com os colegas pelos aplicativos e chamadas de vídeo.

A minha rotina hoje é a que eu sempre quis. Acordar tranquilo sem alarme, fazer minha ioga, passear com meu cachorro, tomar café da manhã tranquilamente, passar um chá e começar o trabalho. Almoçar todos os dias casa, comida caseira, descansar depois do almoço na minha própria cama, ler um pouco, tirar uma soneca rápida, passar um café na mini italianinha (minha grande companheira de todos os dias), voltar ao trabalho, fazer as tarefas e no final da tarde caminhar um pouco aqui perto de casa com meu marido, jantar algo simples em casa e depois ver televisão. Já são mais de dois assim e não fiquei enjoado. Gosto da vida simples, tranquila, previsível, silenciosa. 

Espero poder continuar a trabalhar de casa por muito tempo, até que eu não queira mais e se eu não quiser mais. Até hoje é a forma que eu mais gostei de trabalhar, mesmo nos dias mais estressantes com reuniões e demandas. 

E sem o trabalho remoto não poderia cuidar do Tominhas, o cachorro mais maravilhoso, esperto, danado e malandro que eu já vi.

18 de março de 2022

Sexta!



A semana demorou, mas de repente é sexta de novo. O dia foi cheio e corrido. Quando vi já estava de noite e a gente no vinho com pão de queijo recheado de lombo. A vida não está fácil. Tem crise do petróleo, da política, da economia, geopolítica e de saúde. Não falta crise. Mas estamos aqui. Vamos sobreviver. 

11 de março de 2022

Sexta!



Chegou a sexta. Guerras em vários lugares do mundo. Pandemia parece que está no fim, liberaram as máscaras aqui na cidade, mas vou continuar a usar ainda não sei até quando. Gasolina e gás cada vez mais caros. Nunca estiveram tão caros e não vão baixar tão cedo. Cansaço de pensar em tanta desgraça, mas mesmo sem pensar a desgraça continua aí. Ao menos chegou a sexta e um pouco de respiro. Ufa!

Essa árvore aqui perto de casa caiu depois de uma chuva. Achei simbólico.

7 de março de 2022

Autoconhecimento e vida simples



Uma das melhores coisas que chegam com o passar dos anos é o autoconhecimento. A pandemia tem acelerado muito esse conhecimento de si mesmo ao ficarmos mais em casa. E é doloroso e complicado ficar em contato consigo mesmo, ainda mais em um momento tão complexo como esse de pandemia e de guerras. O futuro está tão áspero e sombrio. Tenho tentado manter a esperança e fazer pequenas coisas que me beneficiam, como comer bem, fazer yoga, caminhar.

Tenho refletido muito sobre tudo, inclusive sobre meu trabalho. Não é o meu emprego dos sonhos, se é que existe algum. Mas tenho me adaptado ao meu trabalho e percebo que realmente não quero ter mais atribuições. Não quero gerenciar pessoas ou projetos complexos. Quero continuar com tarefas simples e em contato com poucas pessoas. E, claro, trabalhar de casa. Tarefas que consigo executar e consigo quantificar. Não gosto de reuniões, prazo impossíveis e pressão. E acho que por isso que já estou há tanto tempo na mesma área. 

Percebo cada vez que a minha realização não está ligada ao trabalho. Não ligo para o que os outros pensam, não me comparo. Para mim o trabalho paga minhas contas e não me estressa. E isso está ótimo. Gosto de ter tempo para ler e gosto da minha rotina mais simples de acordar cedo, passear com o cachorro, tomar o café da manhã e começar a trabalhar. Essa sensação de bem estar comigo mesmo tem me ajudado muito. Há até bem pouco tempo eu sentia que precisava alcançar degraus cada vez mais altos, ganhar cada vez mais dinheiro, trabalhar cada vez mais, ter sucesso profissionais. Mas para quê? Vejo várias pessoas ao me redor em crises e estresse e não quero isso para mim. Quero tranquilidade e não me preocupo de que pareça acomodado.

Gosto de ter esse equilíbrio entre trabalho e não-trabalho. A vida é tão complexa e bonita para só pensar em trabalhar. Gosto de ler, jogar videogame, estudar arte, brincar com meu cachorro, assistir a coisas legais na televisão, passear com meu marido, conversar sobre qualquer coisa com ele. E por enquanto a vida está boa assim.

Recusei algumas propostas para "crescer" profissionalmente e não me arrependo. Há pouco tempo eu não sabia dizer não, talvez porque não me conhecia e ainda estava inscrito nessa mentalidade de trabalhar cada vez mais. Com certeza se eu não tivesse vivido, trabalhado e sofrido tanto em São Paulo eu ainda estaria nessa onda. Mas por enquanto não. Quero tranquilidade de cumprir minhas tarefas no horário normal de trabalho. Quero poder respirar. Não tenho muitas ambições, além de ter uma vida mais saudável, dormir bem, comer direito, fazer yoga, passear. E não tenho gastado muito, não tenho tido vontade de comprar nada além de alimentos, bebidas e de vez em quando livros e jogos em promoção. Tenho gostado dessa vida simples, não quero ter mais complicações do que uma pandemia e das guerras. Quero não só sobreviver.

6 de março de 2022

Bolinho de aveia


Virei um fã de aveia. Compro um pacotão de aveia em flocos finos e coloco em potes de vidro e uso em muitas coisas no meu dia-a-dia. Faço panquecas de tapioca, aveia e banana alguns dias na semana e descobri uma receita de bolinhos de aveia com banana nesses links que o Chrome indica com base no histórico de busca. Achei engraçado que a receita original chama Baked Oats (aveias assadas) e parece que faz sucesso no TikTok, mas eu nem tenho no TikTok. Como eu já tinha todos os ingredientes em casa resolvi arriscar. Já fiz algumas vezes e sempre dá certo. Uso forminhas de silicone que parecem forminhas de papel de cupcake. Deixo esfriar, congelo e coloco em um saquinho no congelador, dura muitas semanas. Daí é só tirar uma hora antes e passar um café ou um chá. A receita é bem básica e dá pra variar bastante com extratos, frutas secas e castanhas. Já fiz sem bicarbonato ou fermento e dá certo também. Aliás, é praticamente infalível.


Bolinhos de aveia ou baked oats.

INGREDIENTES 
  • 1 xícara de chá de aveia (flocos grossos ou finos, acho que farelo funciona também)
  • 2 a 3 bananas maduras (costumo usar prata)
  • 1 ovo 
  • 2 colheres de sopa de iogurte (uso o caseiro que sempre faço)
  • 2 colheres de sopa de mel 
  • 1 colher chá de bicarbonato de sódio 
  • 1 pitada de sal
  • Uvas passa ou ameixa seca sem semente ou damasco seco picado ou castanhas picadas 
  • 1 colher de sopa de extrato de baunilha ou de cumaru (faço em casa com vodka e algumas favas e deixo por alguns meses em um vidro tampado esquecido no armário) ou raspas de laranja ou cacau em pó
MODO DE FAZER 
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Bata no liquidificador ou mixer todos os ingredientes (menos as passas/castanhas e o bicarbonato) até ficar bem misturado. Misture as passas/castanhas e o bicarbonato com uma colher. Transfira a massa para forminhas e asse por 20 minutos. Rende 12 bolinhos.

2 de março de 2022

Carnaval 2022



Como no ano passado, o carnaval foi em casa. Meu marido comprou lâmpadas coloridas e uma bola de espelhos, colocamos músicas boas, fizemos drinks de gin e conversamos. Só nós dois. Dormi de tarde todos os dias, descansei, assisti filmes e séries, li no kindle, fiz passeios aqui perto de manhã cedinho com o cachorro. Não parecia que era carnaval, mas mini-férias. Vi que em algumas cidades estava um carnaval normal, mas a essa altura eu já não acho nem ruim nem bom, cada um sabe o que é melhor para fazer. Por enquanto tenho achado melhor ficar em casa, curtir dessa forma mais tranquila, mais terceira idade. Carnaval é bom de todo jeito, mesmo em casa. Quem sabe ano que vem teremos um carnaval como aquele de 1919, no pós-pandemia de gripe espanhola? Quem sabe até lá a pandemia acabou, a guerra no leste europeu acabou e o governo atual acabou. 

25 de fevereiro de 2022

Sexta de Carnaval!



Eu quase não lembro do carnaval do ano passado, mas bom que é só voltar aqui nos arquivos e encontrar o texto do ano passado. Engraçado que no texto do ano passado eu já pensei que não teria carnaval agora em 2022, talvez só em 2023. Vai ser um carnaval em casa, tranquilo. Sem purpurina, sem confete, sem serpentina, sem blocos. Mas vai ser bom descansar, assistir filmes e séries, jogar videogame. Enfim, já estamos melhor do que ano passado. No ano passado não havia vacinas disponíveis e agora já estou com as três doses. Mas agora tem a guerra da Rússia com a Ucrânia, continua a pandemia, continua o desgoverno no Brasil. E continua a gente aqui, vamos sobreviver. E quem sabe ano que vem tenha carnaval (e que seja como o de 1919, o melhor carnaval de todos). Enquanto isso tem carnaval em casa...

18 de fevereiro de 2022

Sexta!



Semana complicada, muito trabalho, muitos prazos, mas ao menos o dia está tranquilo hoje e chegou a sexta! Ufa! As semanas parecem cada vez mais difíceis, mas o jeito é respirar e continuar. Daqui a pouco chega o carnaval e umas miniférias. Mesmo sem blocos de carnaval, sem fantasias e sem festa, o carnaval é o carnaval.

11 de fevereiro de 2022

Sexta!



Ufa, mais uma semana. Viver em ciclos de sete dias tem sido a minha forma de sobreviver, mas ao mesmo tempo o ser humano se adapta a tudo. Tenho pensado muito nas minhas relações familiares, sobre como essas relações são complexas e há frustrações dos dois lados. Acho que nos relacionamos mais com um ideal das outras pessoas do que as pessoas em si. Aliás, o que é a pessoa em si? Claro, ser humano é complexo, relação familiar é complexa. Mas também é ótima. Tenho tentado pegar mais leve, não me estressar tanto, não gastar tanta energia. Sinto cada dia que passa um pouco mais de maturidade e essa vontade de não me estressar mais, afinal não temos controle de praticamente nada. Um processo constante e nunca finalizado. Mas enfim, chegou a sexta!

Essa macaquinho apareceu um dia no passeio aqui perto de casa com Tominhas.

4 de fevereiro de 2022

Sexta!



Ufa, mais uma sexta! As semanas têm passado depressa. Já estamos em fevereiro, o ano realmente começou, mas parece que o ano novo foi outro dia. Tenho tentado não me estressar muito e nem ter muita ansiedade. Não me preocupar por antecipação e reagir apenas quando acontece algo. Cansei de gastar tanta energia com cenários hipotéticos. E continuo nessa vida de ciclos semanais, sem planejar muito, mas faço o que tenho que fazer. O TCC vai bem, as coisas no trabalho também. E tenho gostado de ter os rituais semanais com meu marido: nosso vinho nas sextas, comer besteiras no sábado e ver algum filme no sábado, faxina no domingo e depois ficar de bobeira. E na outra semana tudo outra vez. A vida não precisa ser extraordinária. A vida é simplesmente a vida. E já é muita coisa!

28 de janeiro de 2022

Sexta!



Ufa, finalmente chegou a sexta. Tenho vivido em ciclos semanais praticamente iguais, mas acho que assim fica mais fácil de sobreviver ao dia-a-dia. O TCC tem avançado, eu realmente gosto de pesquisar, escrever, achar um documento perdido na hemeroteca digital. Mas por enquanto está ótimo terminar uma segunda graduação, não penso em mestrado ou doutorado, ao menos não por enquanto. Talvez eu faça uma pós lato sensu online mais pra frente. Nem acredito que já são quase seis anos na graduação de história da arte, não imaginei que fosse chegar ao final, mas de pouco em pouco é que se consegue terminar as coisas que nos propomos. Tenho bastante paciência. Mas enfim, chegou a sexta, meu teclado está com as letras descascadas de tanto digitar, copiar e colar. O "c" já nem aparece mais, mas as teclas funcionam, tanto que digito com elas esse texto. Sexta!

26 de janeiro de 2022

Sem capacidade social

Sábado foi aniversário do meu sobrinho e minha irmã organizou uma pequena festa no quintal da casa dos meus pais só para nós. Havia meses que eu não via nem meu sobrinho nem minha irmã ao vivo, só pelo telefone. Eu fiquei de máscara o tempo todo e não comi nem bebi nada. Foi muito desconfortável, não tenho mais capacidade social para interagir com as pessoas. Não consegui relaxar e quase não interagi. Não tenho intimidade com meu sobrinho, acho que ele nem sabe direito quem eu sou. Acho que virei bicho do mato mesmo. Só gosto de ficar em casa com meu marido e nosso cachorro, além do no máximo ir à padaria ou ao mercado.

21 de janeiro de 2022

Sexta!



Ufa, mais uma sexta! A semana foi puxada com prazos malucos, mas no final deu tudo certo. Comecei a escrever o TCC, não quero deixar para a última hora. Nem acredito que a faculdade de história da arte está no fim. Eu nem imaginei que chegaria a formar, mas agora estou aqui no TCC. O bom é que chegou a sexta, estou mais tranquilo, a vida tem voltado ao eixo (no que dá para ser eixo no meio de tudo o que tem acontecido). Enfim, sexta.

Essa abelha veio me visitar no 13º andar. Um tempo depois vi que ela estava morta aqui na minha mesa.

14 de janeiro de 2022

Sexta!



Mais uma sexta! Ufa! A semana foi puxada, muita coisa no trabalho, mas ao mesmo tempo tenho aprendido a não ter tanta ansiedade. Respiro e deixo as coisas chegarem. Não tem muito o que fazer. Eu gastava tanta energia ao pensar em cenários extremos. Agora eu apenas respiro, aguardo chegar e então começo a lidar com o problema. E o sol voltou, depois de tantas semanas de frio e chuva em pleno verão. Foi tão bom poder passear com Tominhas em uma manhã ensolarada, sentir o calor do sol. O inverno aqui tem sol, então não sofro muito. Se fosse inverno chuvoso seria mais complicado. Mas bom que agora está um sol gostoso. E é sexta!

10 de janeiro de 2022

Pequenos remédios para a minha saúde mental na pandemia



Não tem sido fácil ter um pouco de saúde mental nos últimos meses. Não que antes fosse fácil, mas acho que a pandemia intensificou tudo. Ao mesmo tempo é preciso se adaptar e tentar sobreviver todos os dias. E sei que tenho muitos privilégios, como trabalhar em casa e ter saúde.

Resolvi então escrever sobre alguns dos remédios que me ajudam.

Meu marido é um dos principais. Nós nos unimos mais ainda e criamos uma rotina semanal para a faxina, o preparo da comida, as compras, nosso happy hour e tudo mais. Não brigamos nesses últimos tempos mesmo que o nosso trabalho seja de casa e estamos praticamente 24h juntos.

Tominhas, nosso cachorro, tem ajudado muito. Eu não tinha ideia de como era ter cachorro. Os nossos passeios de manhã cedo aqui perto de casa. Enquanto ele descobre a vizinhança escuto alguns podcasts e vejo as plantas, os insetos, as outras pessoas e bichos, além de o tempo todo ver como ele é um cachorro incrível. É muito esperto e tem muita personalidade. Ele tem me ensinado que mesmo pequeno ele também tem suas escolhas, humores e autonomia.

Converso quase todos os dias com minha família e amigos pelos aplicativos de mensagem. Tem amigos que não vejo desde que comecei a pandemia, mas mesmo assim me sinto conectado pelas mensagens, memes, vídeos engraçados. 

Trabalho de casa desde que começou a pandemia. E algumas pessoas do meu setor foram obrigadas a voltarem ao presencial e não consigo entender. Quase todo mundo se adaptou ao remoto, não vejo porque obrigar pessoas a voltarem ao presencial. De qualquer forma, minha rotina tem sido muito boa e tenho interagido com os colegas e meu chefe pelos aplicativos de mensagem do trabalho, além de poder acessar os documentos pelos sistemas de armazenamento na nuvem. Mesmo as reuniões que antes durariam várias horas (e às vezes seriam preciso viajar) agora são bem mais rápidas. Trabalho praticamente de pijama.

Alimentação é essencial também. Desde que tivemos covid no começo de 2020 resolvemos nos alimentar melhor e regularizar as taxas todas. Desde então meu marido planeja um menu na semana e cozinha enquanto eu faço a faxina na casa. É uma trabalheira, mas faz muita diferença comer bem. As comidas são simples e no almoço quase sempre é frango, mas não acho enjoativo. É comida boa, saudável, temperada. Não sinto mais incômodo, refluxo, azia e conseguimos perder muitos quilos. No final de semana a gente abre algumas exceções.

Tenho tentado dormir bem. Não uso mais alarme desde que comecei a trabalhar de casa e percebi que tenho ido dormir mais cedo, além de acordar mais cedo. Alguns dias acordo 05h30 e vou dormir um pouco depois das 22h. Parece que vivo na roça, mas é uma rotina que naturalmente me corpo chegou.

No final da tarde, quando acabamos de trabalhar, a gente tenta caminhar aqui por perto. Tentamos correr alguns dias, mas não rolou. Na caminhada a gente consegue conversar, ver as coisas que acontecem. A gente procura caminhar pela ruas sem saída das casas aqui perto, pois são menos movimentadas que o calçadão.

A yoga que faço em casa tem me ajudado muito também. Eu havia começado aulas em 2009 e fiz durante um ano. Depois deixei de lado e fui redescobrir nos primeiros meses da pandemia. Desde então faço ao menos duas vezes por semana. Sempre acordo cedo e então faço enquanto o dia amanhece. É a mesma aula de sempre, com posições sentado, em pé, depois deitado e no final um relaxamento. Percebi que estou mais flexível e a meditação guiada no final me ajuda muito. Mesmo nas férias não deixei de fazer.

O kindle é outro remédio. Tenho conseguido ler todos os dias depois do almoço. Mesmo que poucas páginas por dia, de repente consegui terminar vários livros. O kindle facilita muito. Tentei ler vários livros ao mesmo tempo, mas descobri que o melhor para mim é ler um de cada vez. Simplesmente abro a capa e ele já inicia na página que parei. Gosto do medidor de quantos minutos faltam para terminar um capítulo ou um conto, mas algumas vezes paro no meio mesmo e retomo no dia seguinte.

Quase não temos saído de casa. Conseguimos encomendar as compras de mercado e outras coisas que precisamos para entregar em casa. Temos saída apenas para comprar coisas no verdurão e para visitar nossa família. Sempre com as máscaras PFF2 e só tiramos quando chegamos em casa.

Videogame é algo inesperado. Não imaginei que fosse gostar tanto dos novos jogos. Nos dias que não faço yoga jogo um pouco de manhã cedo. E fico impressionado que alguns jogos têm já mais de cinquenta horas que estou neles. Blasphemous, Castlevania Requiem, Last of Us (partes 1 e 2) e os DOOM (I, II, III e 2016) são os que mais tenho jogado. É engraçado que gosto mais dos jogos antigos. Vários desses jogos têm mais de 20 anos e acho incrível que ainda são jogados e disponibilizados nas lojas virtuais. Sempre fico de olho nas promoções e nas resenhas. Comprei o Witcher 3 para depois que terminar Last of Us parte 2. E quero comprar Quake e Bloodstained quando tiver promoção.

Não tem sido nada fácil ter um pouco de saúde mental com a pandemia, mas é bom reconhecer o que me tem feito bem nesses últimos meses e que me ajudam a sobreviver. Ainda não tem previsão de quando a pandemia vai acabar. Já são quase dois anos e agora os casos aumentaram bastante. Mas uma hora vai terminar. E quero sobreviver e estar com saúde.

7 de janeiro de 2022

Sexta!



Primeira sexta do ano. Primeira sexta depois de voltar a trabalhar desde segunda. É difícil voltar, mas não dá para ficar apenas de férias. O verão de Brasília está cada vez mais estranho. Muita chuva e frio. Verão? Mas agora no final da tarde abril um sol leve por de trás das nuvens. Ainda coloquei 21 em algumas datas que precisei escrever, demora um pouco para se acostumar com o ano que chega. Essa primeira semana é quase um limbo entre o passado e o presente. Mas aos poucos o ano chega, não tem jeito. Enquanto isso, o importante é que é sexta.

6 de janeiro de 2022

Livros 2021



Tenho gostado cada vez mais do kindle. Todos os livros li por ele, geralmente depois do almoço, no intervalo antes de voltar a trabalhar. Gostei de todos os livros e me ajudaram muito, cada um do seu jeito. Aliás, com certeza os livros têm me ajudado muito a não pirar, principalmente nessa época de pandemia.

Minha querida Sputnik - Haruki Murakami
Eu sou doido por Murakami, já perdi as contas de quantos livros dele já li. Sputinik é maravilhoso, cheio de mistérios e coisas fantásticas.

O elefante desaparece - Haruki Murakami
Quis continuar na onda Murakami e peguei um livro de contos. Vários textos incríveis, inclusive o conto que deu origem ao Crônica do Pássaro de Corda, um dos meus livros favoritos.

Hilda Hilst - Da poesia
Tenho ficado cada vez mais fascinado por Hilda Hilst. Não tenho o costume de ler poesia, mas seus textos são maravilhosos. Nem todos entendi, mas li sem me preocupar muito, apenas pela fluidez e pelas imagens que se formavam na minha mente.

A maçã no escuro - Clarice Lispector
Clarice. Nunca li nada ruim escrito por ela. Maçã no escuro é denso, cheio de suspense. Tem um começo que já fisga (um homem que corre para fugir de algo) e muitos questionamentos. Maravilhoso.

Tudo que já nadei - Letrux
Sou fã da Letrux, desde a época do Letuce e o seu livro é uma delícia. Parecia que ela estava ao me lado para me contar vários pensamentos e experiências.

Vergonha dos pés - Fernanda Young
Ainda demoro a entender que Fernanda Young morreu. Eu li vários de seus livros lá nos meus vinte anos e era fã de todos os programas que ela participou no roteiro ou na apresentação. E, claro, adorei o livro. É uma viagem ao começo dos anos 90.

The Fran Leibowitz Reader
Não conhecia Fran até ver seu documentário no Netflix (Faz de conta que é uma cidade). O livro é antigo e algumas coisas ficaram bem datadas (como os textos sobre pessoas LGBTQIA+), mas eu gostei muito mais da personalidade da Fran no seu documentário do que o livro.

How to change your mind - Michael Pollan
Mudou minha vida. Depois assisti o documentário Fungos Fantásticos fiquei ainda mais fascinado pelos fungos psicodélicos. 

Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar - Fernanda Young
O primeiro livro escrito por Fernanda Young e o primeiro a ser publicado postumamente. É um bom livro, mas não me fisgou muito. De qualquer forma é ótimo por ser um documento histórico, um registro do começo da carreira literária de Fernanda Young.

Marighella - Mario Magalhães
Eu não conhecia muito o Marighella, mas quis ler o livro antes de ver o filme de Wagner Moura. O livro e o filme são maravilhosos. O livro tem muito mais informação do que o filme e os dois se complementam muito bom. E infelizmente ainda está bastante atual com o governo que temos ainda em 2022.

Fluxo-floema - Hilda Hilst
Comecei a ler a prosa de Hilda Hilst depois de terminar de ler a coletânea com suas poesias. São alguns contos maravilhosos e super atuais. Imaginei que poderiam virar filme.
 
Tarot and the archetypal journey - the junguian path from darkness to light - Sallie Nichols
Comprei um baralho de tarot da Pamela Smith e tenho gostado de estudar um pouco, tirar algumas cartas para mim mesmo. Gosto do tarot como essa ferramenta de autoconhecimento.

O cobrador - Rubem Fonseca
Eu nunca tinha lido nada do Rubem Fonseca e me interessei depois de ouvir um podcast sobre ele na Quatro Cinco Um. O livro é um retrato do Rio de Janeiro na época. Todos os contos são maravilhosos. Um dos que mais gostei é que se passa em um barco no Rio Amazonas. Aliás, todos poderiam inspirar filmes. Quero ler mais livros do Rubem.

Antes do baile verde - Lygia Fagundes Telles
Eu havia lido apenas "As Meninas" na época da escola. Também ouvi um podcast sobre Lygia na Quatro Cinco Um. O livro de contos é maravilhoso. Sempre imaginava os filmes na minha cabeça. Quero ler mais livros da Lygia com certeza.

Todos os contos - Julio Cortazar
Sou fã do Cortazar desde os meus vinte e poucos anos e adorei que lançaram todos os seus contos em uma edição de dois volumes com mais de mil páginas no total, incluindo textos publicados postumamente (como o Papeles Inesperados) e alguns textos sobre como ele fazia seus contos e alguns textos acadêmicos sobre Cortázar. Fiquei quase seis meses para terminar e curti cada momento. 

5 de janeiro de 2022

Começou o ano



O ano passou tranquilo. Passamos em casa com o Tominhas. A comida e a bebida foi simples. Compramos taças que imitam aquelas do começo do século passado e tomamos belinis. E torradas com camarão no molho romesco e coração de alcachofra com queijo cremoso. Quase não comemos, mas nos dias seguintes tivemos muitas refeições boas com o que sobrou. Encomendamos uns pães recheados que uma padaria aqui perto só faz no final do ano (tortano e frolá - o nome é diferente, mas são simples: um é recheado só com calabresa e o outro com calabresa, abobrinha, tomate e azeitona). Bebi demais, claro. Belini é muito gostoso, mas no dia seguinte eu não existia por causa da ressaca. Nem lembrava como era ter ressaca assim. Mas o ano terminou e começou tranquilo. Apenas nós. Os vizinhos sempre queimam uns fogos e dá pra ver da janela. Quem não gosta nada é o Tominhas.

Já estou de volta ao trabalho. Continuo no trabalho remoto e a volta não é tão dolorosa como na época em que era preciso ir ao escritório. Já nem me lembro mais como era trabalhar presencialmente. Gosto dessa rotina simples.

24 de dezembro de 2021

então é natal...

Não sou muito natalino. Gosto dos presentes e das comidas, mas não faço questão da simbologia. Aqui em casa nunca montamos árvore de natal ou colocamos nenhum enfeite. Hoje o natal vai ser eu, meu marido e nosso cachorro. O cardápio vai ser pão de queijo recheado com lombo e bebidinhas. Com a pandemia de COVID e o surto de influenza decidimos não encontrarmos nossas famílias, mesmo que a gente tenha tomado a terceira dose anteontem (meu braço ainda dói um pouco!). A gente deve ter se contaminado nessa época do ano passado e acho que ficamos traumatizados. Eu realmente achei que ia morrer e não tenho ideia de como nos contaminamos. Enfim, o trauma está aqui e acho que vai ficar um tempo ainda, não me imagino sem máscara pff2 e encontros com pessoas. Tudo bem. Segundo ano já. Todo mundo se adapta e cada um faz o que se sente mais confortável. Hoje encomendamos algumas coisas numa padaria aqui perto pra comer amanhã, já que tudo é fechado. Rabanada, panetone e dois pães recheados natalinos (um chama tortano e outro frolá, nunca ouvi falar). As rabanadas, claro, a gente já comeu um pouco. Rabanadas fininhas e crocantes. Que delícia! Natal pra mim é só as comidas gostosas. 

22 de dezembro de 2021

3ª Dose

Hoje tomei a terceira dose da vacina de COVID-19 e foi tranquilo. O posto não estava vazio, mas também não estava lotado. Em meia hora já estava com a vacina no braço. Não senti nada, além da dor no braço. Tão bom poder tomar essa vacina e me sentir mais seguro. Continuo com a máscara PFF2 e praticamente não tenho saído, além de mercado, farmácia e ver meus pais. E mesmo na casa deles, continuo de máscara. Não é fácil, mas estamos vivos. E vamos superar essa pandemia!