23 de fevereiro de 2021

Dias cinzas



Os dias estão cinzas e sem perspectiva. Nada de vacina, nada de remédio, nada de novidades. A vida segue arrastada. Em poucos dias vamos completar um ano desde o começo da pandemia e do isolamento. Todos os dias chegam notícias de parentes de amigos que faleceram em razão do covid. Hoje está difícil aguentar o dia... mas é o jeito.

19 de fevereiro de 2021

Carnaval



O carnaval foi em casa. Todos os dias do feriado foram de chuva e de frio, nem parecia que era carnaval. Não havia barulho, nem glitter e nem fantasias. Não havia quase música, nem dança. É estranho não estar com as pernas doloridas de andar e dançar, ressaca de ter tomado tanta cerveja, marcas de lama e de purpurina pelo corpo e pelas roupas, confetes espalhados pela casa. Mas, com disse Bethânia em sua live bem no sábado de carnaval, a gente tem memória de carnavais passados, a gente guarda boas lembranças das risadas, das danças, das fantasias. E espero que o próximo carnaval possível (quem sabe 2022, mas talvez só 2023) seja como os livros contam do carnaval de 1919 após a pandemia de gripe espanhola, considerado o melhor carnaval de todos. Mas descansamos, bebemos um pouco em casa, ouvimos música, conversamos, foi um carnaval diferente, mas o importante é que estamos bem e com saúde. E esperamos o próximo carnaval possível. 

11 de fevereiro de 2021

Bolo de cenoura



Uma das coisas que tem me dado um pouco de paz nestes tempos de pandemia é fazer bolos. Minha mãe deve ter lido minha mente e me deu de presente uma forma toda rebuscada de metal. Para estrear o presente resolvi fazer um bolo que me lembra infância. É um bolo simples de cenoura com cobertura de brigadeiro, claro, do Panelinha. Mas mesmo que a receita seja simples, base de óleo, liquidificador, com esse formato meio rococó o bolo ficou muito charmoso. Mesmo com a cobertura grossa dava pra ver os desenhos na fatia. Eu fiquei com medo de que o bolo grudasse nos detalhes da forma e então caprichei quando fui untar, o que deixou algumas partes do bolo com manchas da farinha, mas ele descolou facilmente na hora de desenformar. Amei a forma farei ainda mais bolos, mas vou untar com mais cuidado. Esse bolo acabou rapidinho e comer ele com café foi um dos meus vícios nos últimos dias.

3 de fevereiro de 2021

Pet



Hoje faz dois meses que o Tominhas chegou aqui e já nem imagino a minha rotina sem ele. Tenho adorado fazer nossos pequenos passeios aqui perto do prédio para ele fazer xixi e ver os outros cachorros. E toda a nova rotina com ele, de acordar para ir ao banheiro e ele querer ficar junto, mesmo morrendo de sono. Do tanto que ele mexe no tapete do banheiro até ficar quase como um travesseiro para ele deitar. De como ele é brigão com os outros cachorros, apesar de ter um pouco mais de 30 centímetros de altura. E de trabalhar aqui no computador e ele ficar pertinho de mim enquanto tira uma das centenas de sonecas do dia. Aliás, tudo o que a gente faz em casa ele vai atrás, mas não late e nem faz barulho, só quer ficar perto. E dormir. Eu nunca imaginei que teríamos um cachorro, mas foi a melhor decisão que tomamos, ainda mais por escolhermos um cachorro já adulto, tão bacana, tão bonito e tão engraçado.

2 de fevereiro de 2021

COVID



Há exatamente um mês recebei meu diagnóstico de COVID, mesmo com máscara, álcool em gel e quase sem sair de casa fui contaminado. Hoje meu pai recebeu a primeira dose da vacina. Ainda não estou bem, não me sinto como antes. Sinto cansaço, sinto uma tristeza muito grande. Mas são sintomas de tantas coisas, inclusive de se viver no Brasil de 2021. Não vejo a hora da pandemia passar e de me sentir mais saudável. Mesmo com a forma leve, a infecção foi muito complicada. E agora as novas variantes, novas crises, dificuldade de fornecimento de insumos e produção de vacinas. Mas uma hora tudo isso vai acabar.

1 de fevereiro de 2021

Zero álcool



Desde o reveillon não bebo nada. Claro, teve o COVID, o mal estar no corpo, as preocupações e tudo mais. Mas os dias passaram sem vontade de beber. Mesmo com algumas garrafas de vinho, espumante e de cerveja, mesmo assim não tivemos vontade de beber. E quando vi deu um mês. Aos poucos meu corpo tem voltado. Quem sabe daqui a alguns dias voltamos a ter vontade de beber no nosso happy hour? Mas por enquanto não sinto falta do álcool, só o em gel e o de limpeza, esses sim uso todos os dias.