31 de março de 2023
Impressão 3D caseira
30 de março de 2023
Incêndio
29 de março de 2023
Natureza
28 de março de 2023
Papelaria e viagem no tempo
27 de março de 2023
Frutas
24 de março de 2023
Notificação
22 de março de 2023
Ralados
17 de março de 2023
Escrever
E mesmo que ninguém leia meus textos, gosto de escrever. E de vez em quando leio aleatoriamente alguns textos antigos que escrevi por aqui e me surpreendo com a acidez, a ironia ou mesmo o carinho que esse distanciamento me faz perceber.
Vou continuar a escrever por aqui sempre que tiver um tempo. E também sempre vou olhar o que aconteceu nos anos anteriores para tentar resgatar ou mesmo me reconhecer nesses flashbacks.
14 de março de 2023
Ainda no teletrabalho
Em março de 2020 havia ainda muita incerteza em relação ao COVID-19, nem sinal de vacinas ou medicamentos eficazes. E meu pai estava internado por uma questão médica que até hoje não chegamos a um diagnóstico, mas de qualquer forma ele está bem e estável.
Em tese eu poderia trabalhar de qualquer lugar. Ir a um café, restaurante ou mesmo ir para a casa de alguém, mas gosto mesmo de trabalhar de casa. Montei uma mesa com o notebook, teclado, mouse, suporte, água e uma plantinha. Não me imagino mais ir para a sede do meu trabalho, tanto que não tenho mais um computador ou uma mesa lá.
Várias empresas já voltaram ao presencial ou adotaram um sistema híbrido, como aconteceu com o trabalho do meu marido. Mas no meu trabalho continua normal para quem quiser continuar no trabalho remoto.
Não tive grande problemas nesses últimos anos a não ser algumas reuniões que ocorreram de noite, mas são exceção. No mais tudo tem corrido bem. Não tive também problemas tecnológicos, pois quando há problema na internet consigo rotear pela internet do celular. E mantive o notebook antigo para ficar de reserva caso dê problema no meu computador principal.
Espero continuar a trabalhar de casa. Mesmo que em vários dias tenha apenas a companhia do nosso cachorro, que gosta de dormir aqui perto da minha cadeira. Eu adoro a minha casa e adoro poder trabalhar diretamente dela. Adoro poder comer comida caseira no almoço e depois ir para a cama tirar uma soneca ou ler um pouco. Nunca imaginei trabalhar de home office, mas agora não me imagino mais de outra forma.
3 de março de 2023
Insônia
2 de março de 2023
Mar e memória
22 de fevereiro de 2023
Carnaval 2023
10 de fevereiro de 2023
Saudades e silêncio
7 de fevereiro de 2023
Saudades
3 de fevereiro de 2023
Já é carnaval
Sábado passado teve uma festa de carnaval. Festa privada, higienizada, mas de carnaval. Com Silva e Liniker (aliás, adoro o Silva, mas seria ótimo um Bloco da Liniker!). Músicas antigas tocadas ao vivo. Dançar. Há quanto tempo não dançava, nem me lembro quando dancei e me diverti em uma festa. Abraçar amigos, rir, conversar. Beber cerveja cara, mas gelada. Enfrentar filas. Ainda não estou com vontade de fantasias, nem nada muito elaborado, mas sei que o melhor é deixar acontecer naturalmente, como diz aquele pagodinho dos anos 2000. Final de semana tem mais pré-carnaval...
27 de janeiro de 2023
Dias ligeiros
23 de janeiro de 2023
Livros 2022
Continuo com o hábito de ler quase todos os dias depois do almoço e em 2022 consegui ler livros maravilhosos. Não teve nenhum livro que não gostei, mas alguns me marcaram mais. Peguei indicações de vários lugares, anoto sempre no bloco de notas de celular. E alguns livros puxaram outros. Percebi que a capa do meu kindle ficou bem marcada com o tanto que ele foi levado comigo em bolsas e mochilas, além de ir e voltar da praia.
O álbum branco - Joan Didion
Eu tinha visto o documentário da Joan Didion na Netflix e fiquei com vontade de ler mais textos dela. Ainda não tive coragem de ler o livro sobre a morte do marido e da sua filha, então peguei um mais leve. O álbum branco é uma leitura deliciosa.
Homens sem mulheres - Haruki Murakami
Todos os anos tento ler algum livro do Haruki Murakami, um dos meu autores favoritos. Nesse livro de contos há o que virou um filme de muito sucesso (Drive My Car), que eu ainda não assisti, mas o conto é maravilhoso. Não tem erro para mim, o texto do Murakami é sempre sensacional.
Kadosh - Hilda Hilst
Eu não entendi muito bem o Kadosh, mas não preciso entender para gostar. O texto de Hilda Hilst veio como ondas, sensações e cores. Vários fluxos e imagens na minha mente.
Antropoceno: notas sobre a vida na Terra - John Green
Esse livro do John Green ouvi por indicação no podcast de Aline Valek (o Bobagens Imperdíveis) e foi uma leitura leve e muito interessante. Eu me senti lendo os blogs de antigamente e aprendi várias coisas sobre aqueles adesivos de arranhar e que soltam um cheirinho, algo que não fez parte da minha infância.
Breasts and eggs - Mieko Kawakami
Eu não lembro onde peguei a indicação para esse livro, acho que foi no podcast da Companhia das Letras ou no da 451 mhz. Fiquei curioso com o título e valeu a pena. A história de uma moça japonesa que recebe em sua kitnet a visita da irmã e da sobrinha. A irmã quer fazer uma cirurgia de implante de silicone. O livro traz ainda a questão da maternidade, a falta de desejo sexual e vontade de ter filho sem estar em uma relação amorosa. Eu adorei o livro e fiquei com vontade de experimentar um chá gelado de cevada que as personagens sempre tomam, o mugicha.
O avesso da pele - Jeferson Tenório
Eu ouvi falar muito desse livro há meses e finalmente consegui ler. O livro é doloroso, mas é impossível de parar de ler. Uma história de violência policial, racismo, a dificuldade de ser professor na periferia e de luto. Mal posso esperar para ler os outros livros de Jeferson Tenório. E ainda deu de presente para uma amiga, junto com o livro da Natércia.
Os tais caquinhos - Natércia Pontes
Eu conheci a Natércia na época que morava em São Paulo, ela é amiga de um amigo. Quando vi que ela lançou esse livro fui atrás para ler. O livro é doloroso também e muito sensorial, mas é uma leitura voraz. Depois de terminar fiquei um bom tempo com essa história na cabeça. E escutei muito "Pra começar", da Marina Lima, música que inspirou o título.
Se o passado não tivesse asas - Pepetela
Eu nunca tinha lido um autor angolano. Ganhei esse livro de uma amiga há muito tempo, tinha começado a ler, mas não engrenou, pois são muitas expressões diferentes do Português do Brasil. Mas dessa vez recomecei e a história me cativou e aprendi muitas expressões angolanas, como o bué (que é muito). Fiquei curioso nos pratos e bebidas citadas e percebi como há mais semelhanças com o Brasil do que eu pensava. As duas histórias são bem costuradas, com dois recortes temporais. Fiquei curioso para ler outros livros de Pepetela e outros autores angolanos.
Pequenos discursos. E um grande - Hilda Hilst
Eu adoro Hilda Hilst, mesmo sem entender alguns de seus livros. Estou lendo a coletânea de prosa picadinho para durar mais.
O guia definitivo do mochileiro das galáxias - Douglas Adams
Precisei de um pouco de leveza e ficção científica e lembrei do Guia do Mochileiro das Galáxias. Peguei essa coletânea com todos os livros (a trilogia de cinco livros) e adorei todos os personagens e os nomes malucos. Agora consigo entender a necessidade da toalha e tudo mais, que sempre é mencionada no dia 25/05. Ficção científica é sempre sobre a nossa realidade, mas de uma outra forma. Gostei das críticas, dos personagens, do ambiente. E gostei que começou como um programa de rádio. Algumas coisas muito inglesas eu não consegui captar completamente, mas de qualquer forma é uma ótima leitura.
A elegância do ouriço - Muriel Barbery
Peguei essa indicação no podcast da 451 mhz. E valeu cada minuto. Eu adorei a história da concierge que gosta de ler e estudar. E da adolescente filha de ricos e que não quer mais viver. O livro é curtinho e uma leitura maravilhosa.
Anna Karenina - Leon Tolstoy
De tanto que Anna Karenina é mencionado em A Elegância do Ouriço (os nomes dos gatos de dois personagens importantes são Levin e Kitty (dois personagens importantes em Anna Karenina) e Leon (o autor). O livro é denso, mas entendi porque é um clássico. Os personagens são todos muito bem construídos e desde o começo já percebemos que o destino de Anna não vai ser dos melhores, ela precisa ser uma heroína trágica para dar andamento na história. Consegui imaginar a Rússia da época dos czares, as viagens de trem, os agricultores, os chás e cafés nos samovares e as festas da elite. Depois fui ver a versão de 2012 com Keira Knightley e Jude Law, agora já tendo lido o livro e gostei bastante da adaptação mais teatral.
O manual da faxineira - Lucia Berlin
Peguei essa indicação em uma entrevista com a Letrux para o Arte1 e achei que seria um livro leve e engraçado com contos sobre faxinas na casa das pessoas. Esse é um dos livros mais pesados e maravilhosos que eu já li. Contos sobre pessoas marginalizadas e com problemas com o álcool, contos sobre infância, família e histórias quase surreais (como a da neta do dentista que ajudou a extrair os dentes do avô). Pesquisei sobre Lucia Berlin e vários de seus contos são inspirados em sua própria vida. E que somente após sua morte é que seus livros tiveram destaque. Mal posso esperar para ler outros livros de Lucia.
Cidades invisíveis - Italo Calvino
Eu ganhei esse livro na adolescência, mas nunca tinha lido. Depois de uns 20 anos resolvi ler e gostei muito. Imaginei todas as cidades narradas e nessa história costurada por um Marco Polo que inventou todas essas cidades, mas que a partir do momento que ele inventa essa cidades passam a existir.
Sandman, Endless Nights, Death Deluxe, Overture, Nightmare Country - Neil Gaiman
Depois de ver a série do Sandman no Netflix fiquei interessado em ler os gibis e realmente nunca tinha lido algo assim. Devorei os 75 números originais e mais alguns que saíram após. E mal posso esperar para a 2ª temporada da série.
A viagem do elefante - José Saramago
Tinha tempo que não lia Saramago e chegou para mim esse sobre a viagem de um elefante de Lisboa até a Áustria. Uma história que realmente aconteceu, mas que ganha ainda mais realidade e cor a partir do momento que Saramago decidi contá-la. Fiquei dias pensando no elefante Salomão e no cornaca.
Querida Kombini - Sayaka Murata
Mais um livro japonês, o terceiro do ano. Eu não podia ficar apenas no Murakami. Esse livro é curtinho, conta a história de uma moça neurodiversa, mas que não sabemos qual é o seu diagnóstico, apenas que ela é diferente de todo mundo ao seu redor e decidi se adequar à "normalidade" trabalhando numa loja de conveniências de uma rede famosa japonesa. A loja tem regras para vestimentas, para falar com o cliente e tudo mais, que a ajudam a guiar sua rotina e sua vida. Ela já trabalha há 20 nessa loja e gostava muito de trabalhar lá, sua vida estava boa, mas todo mundo ao seu redor achava estranho e queria que ela se adequasse a uma vida normal. Eu adorei o livro e me coloquei no lugar da personagem principal. Todo mundo tem alguma neurodiversidade, todo mundo sofre pressão para se adequar. É um livro árido e que ficou comigo muito tempo.
Anos de chumbo - Chico Buarque
Comecei a ler esse livro no avião com destino às férias na Bahia. Eu adoro os livros do Chico e esse livro curtinho de contos maravilhosos. O meu preferido é o do fã de Clarice Lispector. Eu li quase todo no avião e foi uma ótima companhia.
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres - Clarice Lispector
Esse livro é citado no conto do Chico Buarque o "Anos de Chumbo" e fiquei curioso. Uma mulher e um homem que querem ficar juntos, mas que precisam entender várias coisas antes de ficarem juntos. Uma mulher independente e inteligente. Um livro dolorido, mas com cenas lindas, como o banho de mar solitário de madrugada. O livro retrata as poucas possibilidades das mulheres nos anos sessenta e o que era precisa sacrificar para poder ter uma vida do jeito que se queria. Pensei muito em Lóri depois que terminei o livro. Não sei se é o melhor livro para se ler nas férias, mas foi o livro que li na Bahia.
Tieta do Agreste - Jorge Amado
Eu lembro da novela e o do filme, mas nunca tinha pensado em ler o livro até que foi indicado por Chico Felitti em seu instagram. Aproveitei que estava na Bahia e resolvi ler Jorge Amado. Não poderia ter escolhido um livro melhor. Comecei a ler no final dos meus dias de férias, mas a Bahia me acompanhou até ontem, quando finalmente acabei o livro. Tieta é bem diferente do livro e da novela. E é um livro que não envelheceu. Trata de meio ambiente (ainda não sei o que dióxido de titânio), de política, de corrupção, de hipocrisia, de uma religião cristã menos punitiva e mais harmoniosa e, claro, trata de prostituição como uma empresa e como função social. Tieta é uma personagem maravilhosa e com a capacidade de mudar toda uma cidade. Ainda estou impregnado de Bahia e de Tieta. E que bom!
18 de janeiro de 2023
Saudades do mar
Voltei da Bahia, mas ainda não terminei o livro que comecei por lá. Uma história que se passa na Bahia e na praia. Parece que me transporto para as férias quando leio Tieta, mas já estou quase no final. A volta ao cotidiano tem sido atenuada com a literatura.
Mas a saudade, a imaginação, a criatividade também são formas de viver. Sinto que tenho encontrado de novo um pouco de umidade, sol e maresia. Foi muito tempo num deserto cinza apocalíptico, talvez ainda não tenha entendido quão cinza, desértico e distópico, mas com o passar do tempo vou entender.
11 de janeiro de 2023
Despaixão
10 de janeiro de 2023
Distopia brasiliense
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