20 de julho de 2007

Tchocolatl

É engraçado imaginar que muito antes de Cristovão Colombo aportar nessas terras, a galera aqui já se acabava no chocolate, ou melhor, no tchocolatl. Eu pessoalmente não resisto, compulsão pura mesmo: imagina só aquela caixinha cheia de coisinhas embaladas em papel colorido olhando pra você e sua boca já se enchendo d'água, seus dedos coçando, sua barriga roncando e a pupila ficando cada vez mais dilatada. Não tem como fugir. E agora, depois de chegar em casa praticamente um trapo, tomar um banho demorado, tirar as lentes, ligar o som e o computador, eis que me baixa uma vontade absolutamente irracional de comer essas coisinhas pretas, marrons ou brancas. Aliás, só junkies da pior sarjeta conseguem me entender nessa hora. Mas como nada é fácil, meu estoque de 'bagulho' está no zero. Então pra controlar a fissura, uma receita da época de pirralho: chocolate quente, daqueles saindo fumaça, feito com cacau em pó. E eu aqui tomando e escrevendo. E lá se foi o último gole, com direito a um pouquinho de canela no fundo da caneca. Vou é pegar o restinho na panela, mas antes disso vou apertar o botão 'publicar', pois esse texto já está me enchendo o saco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário