Feriadão

Ando tão cansado que contei os dias para chegar o feriado! Vai ser quase uma mini férias! Só quero descansar...

Seminário online

Eu não gosto muito de apresentar seminários, mas percebi que apresentar online é bem mais fácil do que presencialmente. No online dá pra consultar outras informações enquanto se apresenta, é mais fácil de deixar o roteiro visível, a gente está em casa, as pessoas são apenas janelinhas na tela do computador. Mas mesmo assim o nervosismo aparece. Mas enfim, gostei da experiência.

Caminhada

Hoje depois de uns sete meses voltamos a caminhar perto de casa. Várias pessoas sem máscara, sobretudo os homens, e várias pessoas com máscara no queixo. De qualquer forma foi bom voltar a caminhar, arejar um pouco a cabeça e mexer o corpo. Dois quilômetros, só para sair um pouco de casa. Às vezes coisas simples assim ajudam muito.

Torta de abóbora

Eu adoro abóbora e tinha uma inteira aqui em casa há algumas semanas. Usei um pouco para a torta de abóbora e o restante assei em cubos com azeite, sal e alecrim. Nunca tinha feito uma massa para torta, apenas aquela de biscoito triturado e manteiga derretida. Gostei de fazer a massa, deixar descansar na geladeira, abrir e montar. O recheio ficou uma delícia, um sabor diferente dos doces de abóbora brasileiros. Abóbora é um negócio que é gostoso no doce e em preparações salgadas!

Shopping

Depois de mais de sete meses, entrei em um shopping perto da casa dos meus pais para ir em uma farmácia comprar remédio para minha mãe. É estranho entrar em um shopping no meio da pandemia. Quase tudo vazio, havia mais gente nos restaurantes que tem entrada própria, mas nas áreas de circulação não havia quase ninguém. Foi uma sensação de entrar em um lugar abandonado pelo tempo, de outra época. Não sei explicar direito.

Aula online

Eu tenho gostado muito de ter as aulas online, mas se fosse a minha primeira faculdade e eu tive vinte e poucos anos iria detestar. Encontrar os amigos, conversar, abraçar, falar besteira, ficar de bobeira entre as aulas eram as melhores partes da faculdade. O computador não permite isso. Mas pra mim com quase quarenta anos é ótimo, de não ter que me deslocar, de poder acompanhar tranquilamente, de gravar, anotar, dar print da tela. Não chega a ser tão bom como a aula presencial, mas não sinto tanta perda em relação ao conteúdo. O ruim é que meu trabalho também está online, então passo o dia e a noite na frente do computador, sentado, olho para a mesma tela e para a mesma janela. Mas apesar de tudo, está bom. Fico bem cansado e entediado, mas está bom.

Escritório em casa

Meu escritório na firma não tinha nada de elemento pessoal, apenas o computador, porta-lápis, clipes e papeis. No meu escritório em casa sempre chega algo para deixar mais agradável: água, planta, um quadrinho em aquarela que veio diretamente de Portugal e um livro para deixar a tela do computador um pouco mais alta e trazer um pouco mais de arte. Tenho gostado muito de trabalhar em casa. Sempre imaginei que gostaria, mas não achei que meu trabalho seria liberado para fazer em casa. Já são quase sete meses e nem me lembro como era trabalhar lá na firma. Espero continuar de home office mesmo depois que acabar a pandemia.

Nublado

O dia está todo nublado, desde cedo. Eu adoro dias assim, a úmidos e frescos. Depois de tantos meses de seca não canso da chuva, ainda mais agora que trabalho de casa. Não preciso dirigir ou me molhar. Os dias têm sido corridos, muitas coisas no trabalho e na faculdade. Teve o aniversário da minha mãe e fui lá, mas não comi e nem tirei a máscara. Foi bom comemorar com ela, conversar, falar besteiras. Ela adorou todos os presentes. As coisas estão se encaminhando, tanto no trabalho, quanto na família e na faculdade. Aos poucos tudo se ajeita.

Feriado!

Eu não tinha ideia de como precisava desse feriado. Três dias para não fazer muita coisa, dois dias para não fazer nada de nada. Preparar a comida sem se preocupar com o tempo, ler, ver televisão, dormir. Não fiz nada e foi ótimo. Estava com dor de cabeça, dor nas costas e uma dor na virilha. Passou tudo. E me sinto melhor. 

Sexta!

Finalmente chegou a sexta. A semana foi complicada e cansativa, mas agora tem final de semana e feriado. Só quero descansar e não fazer nada.

Andorinha e respiro

Mesmo com o calor e a secura, além de toda essa maluquice com a pandemia e o governo, mesmo o sofrimento e as dificuldades de viver em 2020, mesmo assim há o por do sol maravilhoso com andorinhas e tudo mais. Sinto um respiro no meio de tudo isso para poder continuar em frente e sobreviver a tudo isso. E as andorinhas passam aqui em frente todos os dias no começo da manhã e no final da tarde. Tem dias que me sinto em uma cidade à beira-mar. Consigo quase imaginar o mar ali depois da linha do metrô.

Tentando

Tenho tentado ficar menos ansioso. Já são sete meses de pandemia e quarentena e não há previsão de acabar. E não controlo quase nada. Então não adianta me estressar. Tenho tentado também ver beleza nas coisas simples, como na embalagem de bombom. Não é fácil também, mas tem me ajudado. Não me estressar e ver beleza nas coisas simples.

Cigarra

Uma cigarra subiu no décimo terceiro andar e entrou no nosso apartamento. Uma cigarra enorme. Eu adoro cigarras, adoro o barulho que elas fazer nessa época do ano. Eu sinto uma sensação boa, uma moleza, algo meio bucólico. Mas não imaginei que ela fosse entrar aqui em casa. Consegui segurar ela com a ajuda de uma folha de papel e joguei para fora pela janela. Ela ainda voltou uma vez, mas consegui pegar de novo e joguei pela janela. Ela não voltou. E daqui não escuto o barulho que ela. Eu acho um bicho muito doido. Parece que algumas espécies ficam anos enterradas e só voltam à superfície para fazer o barulho característico e acasalar. Aqui em Brasília elas são um termômetro para o final da seca. De qualquer forma, gostei da visita. Vou prestar mais atenção ao barulho.

Cansaço

A secura, a pandemia, a quarentena. Estou com uma sensação de cansaço e enjoo. Uma vontade de estar em uma praia deserta bem longe. Uma vontade de estar na água sem precisar fazer nada. Mas não tem praia, tem a casa, a seca e o cotidiano de sempre.