27 de maio de 2022

A importância de comemorar


Ontem foi aniversário do meu marido e como foi bom ter um dia todo para comemorar, mesmo com o trabalho. A gente acordou cedo e fomos numa padaria francesa comprar croissants e pães para comer em casa, aproveitamos para passear com Tominhas pelos jardins, no almoço pedimos feijoada, o que me deu muito sono de tarde. E de noite fomos no cinema e comemos um hambúrguer. Ainda fico um pouco nervoso quando vou sair de casa, especialmente de noite. Eu não lembro a última vez que fui ao cinema, mas provável que tenha sido no começo de 2020, antes da pandemia. Adoro cinema, mas me adaptei a assistir em casa, jogado no sofá e com a possibilidade de dar pausa, ir ao banheiro e tudo mais. O cinema realmente é diferente, a tela gigantesca e a imersão, além de ser um passeio mesmo. É muito bom poder comemorar com meu marido, mesmo que seja uma comemoração simples. Talvez essas comemorações sejam as melhores! E foi bom ter saído um pouco, apesar de amar ficar em casa. O aniversário do meu marido é o começo do final do ano, pois logo chegamos no segundo semestre e o tempo passa ligeiro.

18 de maio de 2022

Marisa Monte



Primeiro show desde o começo da pandemia. Show ao vivo, cheio, calor, pessoas. Ainda não consegui ficar sem máscara, mas não atrapalhou nada. Nunca tinha ido a um show de Marisa Monte, mas as músicas dela fazem parte de muitas memórias e muitos momentos. Enquanto a via cantar pelo palco junto com as projeções maravilhosas ao fundo, minha cabeça foi longe. Lembrei de tantas coisas que aconteceram ao som de músicas de Marisa Monte. Mesmo as novas já parecem clássicas. O show foi em um estádio de futebol, mas parecia ser intimista, pequeno. Não consegui tirar fotos, apenas sentir tudo ao meu redor. É um Brasil que me dá saudade, mas que ainda está aqui. Um Brasil colorido, amoroso, sonoro, acolhedor. Um país que anda meio esquecido, mas que não foi embora. Voltei pra casa feliz e cansado. Não tinha mais costume de ficar tanto tempo fora de casa, ainda mais de noite. Senti que aos poucos a pose de defesa permanente e de guerra iminente se desfaz. Não vamos voltar como era antes, pois o tempo não volta, mas ao menos é possível ter cor, som, respiro, risadas, palmas, não apenas medo e saudade. E nesses últimos dias me peguei cantarolando as músicas do show...

13 de maio de 2022

Formado!


Ainda não entendi completamente que depois de quase seis anos eu posso me considerar um teórico, crítico e historiador da arte. Minha segunda graduação. Levei seis anos na primeira e mais seis anos nessa. E adorei. Foi uma experiência maravilhosa estudar arte, ainda mais em uma universidade federal. Foram trinta e três disciplinas ao todo, todas sobre arte. Conheci tantos professores apaixonados por arte e por ensinar e vários colegas que acabaram por se tornar artistas também. Mesmo as matérias práticas como desenho e fotografia eu gostei e consegui fazer um pouco de arte. Claro que as minhas matérias favoritas foram as sobre teoria e história da arte, principalmente sobre arte brasileira. Não penso em fazer mestrado por enquanto, mas já sinto falta de estudar. Não vou parar de estudar também, mas agora prefiro estudar de forma independente por livros e artigos. Eu nunca ia pensar que faria dois anos de forma completamente remota e foi ótimo! E adorei fazer a pesquisa e escrever meu TCC. Fiquei muito orgulhoso do resultado. Já estou com saudades da UnB.

12 de maio de 2022

Animidade



Sentimentos, humores, personalidade não são apenas para humanos e eu demorei anos até entender. Bichos sentem e experienciam a vida, não como nós, mas do jeito deles. A "animidade", como a humanidade. Meu cachorro tem um pouco mais trinta centímetro de altura e muita personalidade. Sinto que mesmo sem latir ele consegue se comunicar, desde as coisas mais simples como o caminho a seguir no passeio até as sentimentos mais complexos como a raiva pelo marido ter viajado a trabalho por dois dias. Eu cheguei a pensar que ele tinha comido que fez mal, mas simplesmente quis deixar claro que não gostou da diminuição da população da casa, mesmo que por dois dias. Cachorro gosta de rotina e de saber o que vai acontecer. Não gosta de surpresas. E não precisa falar para comunicar tudo isso. Cada dia eu fico mais surpreso com essa relação entre humanidade e animidade, cheia de intersecções e semelhanças.

5 de maio de 2022

Ainda na yoga



Dois anos de yoga. Comecei de forma despretenciosa no começo da pandemia, mas é algo que agora já faz parte da minha rotina. Duas vezes por semana começo o dia com a prática de uma sequência de movimentos de uma aula que está no YouTube. Eu ainda não decorei, faço sempre com o auxílio de um áudio em inglês com sotaque neozelandês. Movimentos sentados, em pé, deitado e no final um relaxamento. E não me canso de fazer a mesma aula, sempre termino com uma boa sensação. Notei que minha flexibilidade é outra, minha postura, meu jeito de andar e, claro, a sensação de calma com a respiração. E prefiro fazer assim, em casa, nos meus horários, mesmo que os estúdios de yoga já estejam em funcionamento há meses. É um momento para mim, parece que me transporto para um outro lugar. E pretendo fazer por muito tempo, enquanto me fizer bem.

4 de maio de 2022

TCC



Depois de quase seis anos defendi o TCC em História da Arte. Estou há mais de um ano em uma pesquisa sobre Mário Pedrosa e os primeiros anos de Brasília. Pesquisei muitos jornais e revistas da hemeroteca digital, achei muitos textos e pesquisas. É o terceiro TCC que faço e o que estou mais orgulhoso do resultado. Acho que é maturidade. Meu texto ficou mais simples, mas fácil de ler e mais embasado. Frases diretas, palavras que todos podem entender e sem medo de citar e embasar tudo. Fiquei feliz que o professor orientador aceitou o convite e me ajudou muito na elaboração do texto. E fiquei feliz que os dois professores que escolhi para a banca aceitaram. No final tudo dá certo. Acho que se eu tivesse pensado lá em 2016 que eu concluiria o curso em seis anos, com certeza eu não acreditaria. Mas certamente foi bom ter feito de forma remota esses dois últimos anos, inclusive a banca de defesa. O melhor é ir aos poucos, pedaço por pedaço. Aprendi muito com essa graduação e foi uma experiência maravilhosa voltar para a UnB depois de tanto tempo. Fico orgulhoso comigo mesmo. Não tenho ideia para qual direção vou, mas certamente vou encontrar um caminho. A vida sempre segue.