24 de setembro de 2012

Solo

Tinha muito tempo que eu não ficava sozinho. Sozinho no trabalho, sozinho na cidade, sozinho em casa. E então coloquei uma música, fiz um jantar. E essa cidade já começa a ficar mais minha!

21 de setembro de 2012

Gravata

Essa vida de engravatado já dura uns bons meses e ainda me sinto engessado, enforcado e sem graça quando ando por aí com o o paletó e gravata. Mas com certeza vai ser ainda pior no verão: sufocado e encharcado.

O lado bom é ter um uniforme, o que faz com que minhas camisetas, meus jeans e meus tênis agora durem uma eternidade.

O lado ruim é todo o resto!

E é engraçado me tornar instantaneamente mais velho. Pessoas me chamam de senhor na rua.

O bom mesmo é chegar em casa, tirar essa armadura medieval e colocar shorts e sandália. A melhor sensação do mundo!

20 de setembro de 2012

Pelo centro

O centro da cidade não é um lugar fácil. De dia milhares de pessoas circulando e de noite apenas mendigos. E então a gente teve a idéia de ver a exposição dos Impressionistas no CCBB, lá na Sé. No fim de semana é impossível, então fomos depois do trabalho, no meio da semana. Um pouco de medo, claro! Mas é legal andar por ali quando está mais vazio. Prédios antigos, ruas estreitas. E valeu a pena! O negócio é prestar atenção e não dar bandeira.

E conseguimos ver a exposição sem ficar três horas na fila! E ainda quebrar um pouco a semana fazendo algo diferente, tomando uma cervejeira por ali e vendo quadros maravilhosos! E voltando de metrô pra casa.

16 de setembro de 2012

Queijin

Comprei um queijo feio e fedido, mas me apaixonei por ele. E acho que um queijo nunca passeou tanto. Comprei na Vila Madalena, depois fui pra Sé, dei uma volta por uns museus, fui pra Anhangabaú, Republica, passeei num centro cultural, tomei umas caipirinha no bar e voltei pra casa a pé, sempre carregando esse queijo fedido, feioso, e delicioso!

14 de setembro de 2012

Voltando

Foi bem difícil voltar das miniférias. Claro que eu queria continuar passeando por Brasília, curtindo minha família e tudo mais. Mas uma hora eu tinha de voltar.

Respirei fundo e vim.

E apesar do mau humor, algumas coisas fizeram um clic na minha cabeça. Espero que continue assim, sem deixar de chegar onde quero. E sabendo onde é esse lugar que eu quero chegar.

11 de setembro de 2012

Acho que nunca comemorei tanto meu aniversário como nesse ano. Foram uns quatro dias de festas e presentes, em Brasília e em São Paulo. O engraçado é que eu nunca quero comemorar e sempre acho que ninguém vai fazer um esforço para ir. Mas sim, as pessoas vieram! E conversamos, rimos. E tudo foi organizado assim de última hora.

10 de setembro de 2012

Folga

Um dia de folga em plena segunda-feira. Dia de acordar tarde, de ver besteiras na televisão, comer docinhos e bolo. Passear no parque, ler meu livro, não fazer nada. Tão bom!

9 de setembro de 2012

Na volta

No caminho de volta o céu estava completamente amarelo por causa do por do sol, dava um clima de filme. Na reta entre a casa dos meus pais e o aeroporto quase não tinha carros. Viemos olhando os ipês amarelos e comentando como era bonito. Dias leves, lindos e gostosos em Brasilia. E agora é voltar pra muvuca de São Paulo. Bom que de aniversário ganhei um dia de folga!

8 de setembro de 2012

Escapadas

Dias de calmaria, de pensamento, de saudade, de reflexão, de mimos, de presentes, de amor. Engraçado como andar de carro sem rumo por Brasilia me faz lembrar de tanta coisa que foi importante na minha vida. Lembrei dos campeonatos de natação, das tardes no clube, da faculdade, dos shows da adolescência, de andar pela cidade procurando o que fazer, de ficar debaixo do bloco, do começo do namoro, de virar a noite conversando, de rir, de falar besteiras. Eu precisava mesmo parar um pouco e reencontrar meu norte, lembrar de coisas que eu já gostei (e ainda gosto!), mas que estavam ali esquecidas. Hoje meu cotidiano é tão diferente, tão mais denso, mais solitário, mais duro. Sinto falta dessa flexibilidade, do marasmo, do tédio gostoso de não ter muita coisa pra fazer ou de muito horário a seguir. Mas não tem como ficar assim, não dá pra parar no tempo. Preciso estar longe, preciso ralar, passar dificuldade de grana, de posicionamento, de postura. Preciso aprender a me virar mais ainda, a amadurecer. E por enquanto São Paulo é esse lugar. Mas é muito bom poder escapar para o cerrado, ficar perto da minha família e amigos Aqui é meu lar. Lá é minha vida. Essa mistura dá uma embaralhada na minha cabeça. Mas aos mesmo tempo clareia tudo. Eu precisava dessa escapada. Bom que ainda tenho mais um dia inteiro por aqui!

7 de setembro de 2012

Da falta que me fazia

Passear de carro, tomar um sorvete e um café conversando besteiras, andar de carro sem rumo, passear com os cachorros, chegar de dia no bar, ver o por do sol mais psicodelico e conversar horas no bar bebendo cerveja e comendo kibe e esfirra.

We are family

Chegar em casa depois de tantos meses. Entrar na casa que nasci, que passei praticamente toda a minha vida. Meus pais. Cara, meu pais. Como é bom abraçá-los, ouvir a voz deles, sentir o carinho. E tudo no meu quarto está do jeito que deixei, parece que nunca saí daqui. E acho que nunca saí mesmo. Aqui é minha vida, minha história, minhas raízes. Como é bom estar aqui!

6 de setembro de 2012

Aerolineas

E ai estou aqui no aeroporto, vestindo um terno amassado e usado durante o dia todo. Me sinto com uns 40 anos, cansado, entediado. Trouxe minha malinha já de manhã pra vir direto do trabalho para cá. Trânsito, eu pensei. Afinal é véspera de feriado. O que houve comigo? Quando foi que fiquei tão velho. No espelho tem um cara com alguns cabelos brancos, olheiras, uma barba por fazer e um maldito terno usado o dia todo. É um caminho sem volta. Mas ok, vamos respirar um pouco, afinal de contas o ar seco do cerrado pode fazer bem pra esse pulmão cheio de poluição. Respiro e me sinto velho. Respiro e já nem sei quantos anos eu tenho. Pessoas de vinte e poucos anos com cara de velho e eu com quase trinta ainda me achava um jovem. Olá maturidade. Olá financiamento do imóvel, olá trabalhar e trabalhar e trabalhar pra ganhar mais um dinheiro que nunca vai ser suficiente. E ai, não adianta inventar. Você não é criativo, descolado, rico, bonito. Você é só um cara de terno e cansado em um emprego normal. Tem um plano b? Mas um plano b de verdade, desses que tem alguma chance de acontecer. Não tem, né? Pega seu terno, abaixa a cabeça e continua. E planeja direito esse plano b que eu sei que você não é desses que fica só no plano normal.

4 de setembro de 2012

Contagem regressiva

Eu estou contando os dias para chegar em Brasília. Tenho vontade de fazer as coisas mais simples na cidade, como andar no Eixão, dar uma volta no Parque da Cidade, no Olhos d'água, curtir meus pais, meus amigos e comemorar meu aniversário.

Sinto falta de uma Brasília que eu sei que só existe em minha cabeça, mas que mesmo assim é tão linda.

Parece que foi quase que em outra vida que morei lá. E isso me faz me sentir tão velho.