27 de setembro de 2016

Arqueologia

Mais ou menos quando aprendi a ler peguei uma paixão por um livro desses da coleção Larrousse sobre o Egito. Tinha livros sobre Roma, Grécia, Mesopotamia na biblioteca dos meus pais, mas eu só gostava do Egito. Eram muitas figuras de hieróglifos, pirâmides, faraós e, claro, o busto da Nefertite, que até hoje me lembro. Foi a primeira vez que entendi que deveria haver algo depois que a gente morria, quando vi um capítulo sobre "o além vida", com um barco levando várias daquelas figuras que só andavam de lado, com balanças e pessoas com cabeças de animais. Por essa época só pensava em ser arqueólogo quando eu finalmente crescesse. Imagina aprender a ler aqueles símbolos egípcios? E ir para desertos para cavar buracos atrás de rastros de civilizações antigas? Com o tempo a arqueologia ficou cada vez mais distante, mas ficou a curiosidade por coisas antigas, essas que a gente chama de "vintage" hoje, apesar de nem sempre esses objetos terem só duas décadas. E também sou fascinado pela forma como as pessoas viviam antigamente, quando as fotos eram ainda em preto e branco ou amareladas. Há alguns meses fui na casa dos meus pais pra ver se eles ainda tinham esse livro do Egito, mas há anos eles doaram pra um sebo... Voltei a estudar o Egito numa das aulas de História da Arte na faculdade e só lembrava do tanto que gostava de folhear esse livro e desse meu desejo de ser arqueólogo.

12 de setembro de 2016

Aniversário


Adoro aniversários. Nesse ano resolvemos fazer uma feijoada para comemorar os trinta e três, ali embaixo do prédio mesmo. Feijoada é bom porque dá pra fazer antes e os acompanhamentos são simples. Iran cuidou de tudo: feijão, carnes, arroz, couve e farofa. Eu fiquei com o bolo e o pudim. Márcia fez uns brigadeiros. E no mais muita cerveja, refrigerantes e sucos que ainda sobraram e estão lá na geladeira. Almoço que vai até de noite e terminou lá no nosso apartamento com alguns sobreviventes. É cansativo, mas no final é ótimo!

1 de setembro de 2016

Quase 33

Quase um mês de aula. Trabalhar o dia inteiro, com alguns treinos de natação na hora do almoço, e aula da faculdade de noite. Umas seis horas de sono por noite, muitos textos pra ler, trabalhos e prova. E aos domingos uma oficina de artes cênicas.

Se há alguns meses alguém me dissesse que eu teria essa rotina, será que eu ia acreditar?

Aliás, nunca imaginei que fosse estudar artes, muito menos história da arte. E fazer uma oficina de artes cênicas?

Mas o mais engraçado é que estou gostando disso tudo. Os textos, os trabalhos e as matérias são interessantes. Os professores e os outros alunos são legais. Rolou até uma recepção aos calouros organizada pelos professores.

Meu tempo está todo contado agora é sempre estou devendo algo. Mas é interessante a sensação de que antes eu tinha um monte de tempo e não estava feliz. Agora quase não tenho tempo, sei lá, uma hora depois que chego da faculdade até a hora que eu despenco na cama, mas eu me sinto melhor assim.

Daqui a pouco chego aos 33. E realmente me sinto melhor do que nos 32. Como será que vou estar nos 34?