31 de março de 2016

Dias de basquete

No meu segundo grau a educação física era na parte da tarde e era preciso escolher um esporte coletivo pra praticar. Eu detesto esportes coletivos e sempre fui péssimo. Acho que o único esporte que eu já fui bom é natação.

Eu escolhi basquete e o horário do treino era nas quintas às 17h. Esse virou pra mim o pior dia da semana. Eu já começava o dia mal. Teve um dia que eu acabei pegando um ônibus errado pro colégio (talvez de propósito) e fiquei passeando pela cidade ao invés de ir pra aula. Instantaneamente meu dia ficou mais feliz.

Hoje em dia parece que segunda a sexta são meus dias de educação física do colégio. Não tem mais educação física e não tem mais basquete, mas a sensação dos dias é igual ou até mesmo pior. Onde é que pega o ônibus errado?

30 de março de 2016

Óleo nas penas

Cada dia que passa eu afundo mais e ligo menos para as regras sociais. Uso qualquer roupa que aparece, não arrumo a casa há dias, não faço mais a barba, não tenho mais fome, não tenho mais energia. Só não desisti mesmo do banho.

Fiquei bem doente. Garganta, febre, candidiase na boca e língua. Dificuldade de dormir, dificuldade de viver. Eu queria ficar naquele estado de suspensão por muito tempo. Não tenho vontade pra mais nada.

Não tenho vontade de estudar, não tenho vontade de sair, não sei o que está acontecendo e nem o que eu tenho que fazer pra sair dessa situação.

Detesto meu emprego, detesto as horas do dia que passo por aqui. Na verdade, nunca gostei de nenhum emprego que eu tive e eu não tenho idéia do que eu gostaria de fazer. Meu emprego ideal parece ser um não - emprego.

Não sei quando vou conseguir sair disso. Eu quero sair. Quero voar. Quero sorrir. Quero criar. Eu me sinto como aqueles pássaros e peixes cobertos de óleo nos vazamentos de navios petroleiros. Eu não vejo detergente por perto pra limpar minhas penas ou minhas escamas. Mas vou continuar a voar ou nadar. Não sei até quando.

Uma hora eu entendo tudo isso.

29 de março de 2016

Febre

Febre, dor de garganta, boca estourada, dor de cabeça, enjôo. Foram alguns dias que meu corpo parecia não ser mais meu corpo. Mas não foi apenas uma infecção, foi uma forma de meu corpo me avisar que a minha vida precisa mudar, que eu preciso mudar. O trabalho não está bom, nunca foi aquilo que eu gostaria de fazer (mas o que eu faria?) E que estresse tomou conta. Quero uma vida mais leve, quero uma vida mais plena, quero mais flores, mais vida, mais amor. Mas não sei ainda como conseguir, como sair dessa jaula confortável, que aliás já nem anda tão confortável. O que fazer?

22 de março de 2016

Idoso

Eu precisei de um final de semana mais idoso. Sem festas, sem bares, sem bebida. Ficamos em casa, vimos filmes e séries de TV, dormi e acordei cedo, fomos na feira, arrumamos a casa, li alguns livros, escutei músicas antigas. Descansei meu corpo e minha cabeça. E eu gostei de ter um final de semana mais geriatrico.

18 de março de 2016

Sombra e brisa

Do lado do meu trabalho tem um centro cultural bem arborizado e cheio de sombras e grama. Quando as coisas apertam no trabalho eu gosto de vir espairecer um pouco. Escuto passados, sinto a brisa, curta uma sombra de árvore sentado em um banco. Aos poucos eu fico mais calmo. Eu preciso de natureza. Preciso de brisa, preciso respirar. Não consigo ficar só nesse concreto e nesse caos. Minha cabeça dói, meus olhos ardem, meu corpo está cansado. Tem dias que não sei mesmo como eu aguento. Como eu me presto a esse papel? O que me falta acontecer pra eu entender o meu rumo? Enquanto isso eu tento escapar um pouci e ficar embaixo da sombra de uma árvore. Mas daqui a pouco preciso voltar pra realidade. Tanto pra minha realidade quanto pra essa realidade.

16 de março de 2016

Ressaca

Tem dias que o dia precisa de umas risadas, comida gostosa e chopps. Mesmo que acorde no dia seguinte com ressaca e com a barriga estranha. Mesmo que eu tenha um monte de coisa pra fazer no trabalho. Tem dias que a ressaca vale a pena!

15 de março de 2016

Conversar

A melhor coisa é que a gente conversa. Depois das tempestades, das tormentas, a gente tenta conversar. E a gente tenta se entender quando a cabeça esfria mais. Ufa! Ontem finalmente consegui dormir bem e ficar com o coração mais tranquilo!

14 de março de 2016

Domingo

Domingo foi um dos piores dias da minha vida. Dormir pouco, cansaço, brigas, choro. Quase fim do nosso namoro. Mas aos poucos a gente volta a se entender.

12 de março de 2016

Casamentos

Hoje foi casamento da Mirna e do Erico e foi ótimo ver a felicidade deles. Mas casamentos religiosos são sempre estranhos pra mim, pois o padre fala coisas absolutamente sem sentido pra mim. Regras pra criação dos filhos, vontade de Deus, novelas. É estranho alguém que nunca casou dar conselhos pra pessoas que decidiram viver juntos suas vidas. Mas foi uma tarde gostosa e cheia de comidas gostosas.

Pensei muito se quero casar um dia, não no religioso, claro. Aliás, mesmo que a gente pudesse casar na igreja, eu não gostaria de fazer. Não sigo nenhuma religião. Acho muito melhor um casamento de dia numa fazenda na época da seca. Muita música brasileira, especialmente da Tropicalia, muitas comidas simples, muita bebida gostosa e poucas pessoas convidadas. Uma juíza de paz, algumas pessoas para falarem coisas sobre amor e pronto. Quem sabe role!

11 de março de 2016

Tento e tento

Aí tento meditar todo dia, tento comer direito, tento escrever assim que acordo, tento ler um pouco todo dia, tento me deixar mais calmo, mas centrado. Tento não me estressar tanto com a vida, tento não controlar o que não dá pra controlar, tento me preocupar com o que aparece dia a dia, sem focar em cenários que podem nunca acontecer, tento estar em contato com a minha essência, tento não cair na rotina, tento manter minha individualidade e minha identidade. E parecia que eu tinha conseguido fazer tudo isso e que dava certo. E então estoura uma bomba no meu trabalho e toda essa calma, esse foco, tudo isso começa a ruir. E eu me estresso, me assusto, fico nervoso, me desespero. Agora é voltar de novo pro começo. Respira, medita, relaxa. E de novo. E de novo. Uma hora funciona. E uma hora entendo. Uma hora tudo vai fazer sentido. Ou ao menos eu vou estar melhor comigo.

10 de março de 2016

Chicos

Foi engraçado ler os comentários sobre o ensaio enviados por pessoas que eu nunca vi na vida. A maioria dos comentários foram positivos. E foi ótimo receber as mensagens de amigos também! Ontem eu não conseguia nem me concentrar no trabalho. Mas enfim, agora passou. Mais uma experiência legal na vida!

9 de março de 2016

Ensaio

Ontem saiu meu ensaio do Chicos. Eita! Ainda estou com um frio danado na barriga, mas orgulhoso de ter participado do projeto! Nunca achei que fosse participar. Mas o mais legal foi perceber que mudei minha relação com meu corpo depois do dia das fotos. É o único corpo que eu tenho e eu tenho que aprender a gostar dos meus pelos, das minhas curvas, do meu corpo! E tenho gostado cada vez mais de mim e do meu corpo.

8 de março de 2016

Reuniões

Ultimamente eu tenho ido a tantas reuniões no trabalho. Reuniões em cima de reuniões. E várias pessoas juntas. Reuniões longas, densas, chatas. Na maioria das vezes eu fico pensando na minha vida e no que eu gostaria de estar fazendo. Enquanto isso, me esforço pra tentar fazer uma cara seria de quem está prestando multa atenção no assunto. Não sei se esta funcionando.

7 de março de 2016

Segundor

Segundas não são fáceis. Ainda mais quando se acorda com uma dor na mandíbula e no dente. Será que dormi de um jeito que forçou a mandíbula?

6 de março de 2016

Cedo

Acordar cedo no domingo. As oito horas e eu já de pé. Tinha tempo que eu não ia dormir cedo no sábado, mesmo quando a gente não ia pra algum bar ou alguma festa a gente ficava em casa vendo filmes até mais tarde.

Um final de semana mais tranquilo é essencial de vem em quando. Dá pra descansar de verdade e colocar a cabeça em ordem.

Mas a cabeça anda até boa. Tenho ficado feliz com os insights de ultimamente. A vida está mais leve!

5 de março de 2016

Não é pra levar a sério

Quando a gente percebe que vai morrer, não tem como levar muito a sério a vida. Por que se matar de trabalhar em um emprego chato se um dia a gente vai morrer? Acho que a gente precisa perceber que as coisas precisam ser leves por aqui. Afinal, nada é pra sempre. Ufa!

4 de março de 2016

Cada agonia na sua hora

Chega de ficar me preocupando com cenários que podem nunca se realizar. Chega desse medo irracional de que algumas coisas possam acontecer, sendo que pode ser que nunca aconteçam.

Não quero mais gastar minha energia com esses medos, angústias e ansiedades. Vou deixar pra me estressar quando realmente for necessário. E quando não for, quero rir da situação, quero fazer outras coisas!

3 de março de 2016

Toureando o Diabo

É engraçado encontrar com um autora que eu leio há tanto tempo, seja por livros ou pelos blogs. A Clara Averbuck é uma das pessoas que começaram a escrever quando a internet comercial começou e até hoje lança textos e livros.
Eu acompanho o trabalho dela há bastante tempo. Ontem foi o lançamento do último livro dela e foi ótimo poder abraça-la e conversar um pouco com ela, na verdade falar algumas besteiras que saem assim sem mais nem menos quando a gente está nervoso.
Ainda levei um livro dela mais antigo que eu tenho há anos e ela autografou também.
E que venham os próximos livros e lançamentos!
Aliás, quero ler ainda mais esse ano!

2 de março de 2016

Esqueci

Eu tinha pensado em um texto incrível ontem antes de dormir. Mas claro que hoje eu já esqueci completamente sobre o que escrever. Tudo bem, uma hora a idéia volta e eu escrevo.

Acho que quando a gente decide viver a vida de um jeito mais leve, as coisas começam a ficar mais leves mesmo. Pois é, as coisas estão leves e na verdade nada mudou, apenas a minha forma de ver a vida.

1 de março de 2016

Arrumar

Tem dias que a melhor coisa a fazer é arrumar a casa. Dobrar as roupas, colocar cada coisa em seu lugar, guardar os sapatos, levar o lixo lá pra fora. Tem alguma coisa na casa arrumada que faz com que a cabeça da gente fique de um jeito mais tranquilo. Não que a bagunça também não tenha sua vez. Mas tem dias que a melhor coisa é ajeitar tudo.