28 de junho de 2016

Como?

E de repente, depois de vários dias legais, de vários eventos interessantes, depois de muita risada, de repente vem uma sensação esmagadora de tristeza. Um cansaço acumulado, uma vontade de só ficar em casa, uma sensação de não se encaixar nessa vida que eu me meti. E então tudo fica cinza, tudo fica escuro, tudo fica difícil.

Mas a vida ao menos não é tão sacana. Ela então me coloca em um seminário do meu trabalho em que posso ficar quieto, posso só fingir prestar atenção em tudo o que vem acontecendo comigo enquanto acham que estou bem concentrado no assunto que está aqui em discussão.

Quero entender o que vem acontecendo comigo. A terapia, as conversas, o tempo. Eu quero mudar. Eu quero perceber meu lugar em tudo isso. Quero ser mais eu. Quero ser mais pleno. Mais cheio de mim, das minhas idéias. Quero me sentir interessante e único. Não quero colocar um terno, não quero perder essa vontade de ir pra eventos culturais malucos, de ter experiências novas, não quero me ver um velho do outro lado do espelho. Quero saber conversar, quero ter conteúdo. Quero ser leve. Quero ser denso quando precisa. Quero criar, quero ter histórias pra contar. Quero saber mudar. Quero ter uma mudança de vida. Quero conhecer quem eu realmente sou. Quem eu sou? Quem eu quero ser?

20 de junho de 2016

Escrever

Eu gosto de escrever desde pequeno. Cartas, bilhetes e até livrinhos. Mas eu sinto que ultimamente tenho ficado mais preguiçoso, não tenho escrito muito. Parece que fico esperando que me chegue uma ideia pronta para só então começar a escrever, quando na verdade é escrevendo que a gente começa a ter ideias. Então preciso voltar a escrever e a colocar as ideias pra fora, soltar minha imaginação. Chega desse monte de barreiras que eu mesmo coloquei. Tem tanta coisa que eu posso criar, tem tanta ideia esperando ser concretizada ou mesmo somente ser escrita (como se isso fosse pouca coisa!). Tem muita coisa aqui dentro e eu preciso colocar pra fora, mesmo que seja aos poucos. 

17 de junho de 2016

Sexta

Finalmente chegou a sexta. Mas parece que a semana não passou tão arrastada, pois foram muitas coisas. Um filme da Marina Abramovic, um concerto da orquestra sinfônica com uma cantora lírica, uma meditação no templo, um filme da Alice Bombom, a terapia. E hoje de noite ainda tem uma festa com temática junina. Por mais semanas leves e cheias de coisas!

16 de junho de 2016

Terra Pura

Eu nunca tinha entrado em templo budista. E tem um mais ou menos perto da minha casa. Um amigo foi algumas vezes nas meditações e me chamou. No começo me deu uma preguiça, mas vamos lá.

De repente eu tava em algum filme japonês antigo e não mais em Brasília. O templo é exatamente como se imagina nesses filmes. Muitas saudações japonesas, dessas com as mãos nos quadris e a cabeça baixa. Uma moça muito simpática nos recebeu, explicou como fazer as saudações, colocar o incenso no altar e disse que o próprio JK doou o terreno pra comunidade budista construir o templo.

Recebi um livrinho com uns salmos em japonês, com a fonética das sílabas em português em cima. Eu queria rir com aquelas sílabas. Mas de repente estava lá na meditação cantada. Depois fomos para um tatame, sentados num banquinho de meditação, bem pequeno. Respira, inspira, meditação guiada. Fui tão longe, não estava mesmo em Brasília.

Ainda não achei minha religião, talvez nunca ache. Mas gostei da experiência de ter ido a um templo shin budista e ter feito uma meditação. Deu até vontade de voltar lá outro dia, mas não toda semana, porque não tô muito a fim de pegar um compromisso semanal.

Eu não gosto de religião, mas adoro espiritualidade, meditação, natureza.

9 de junho de 2016

Diferente

Não sei se vou passar no vestibular, não sei se vou ser chamado nesse novo trabalho, mas engraçado notar que na verdade isso não importa muito. Só de ter saído um pouco do automático e de poder pensar nem que seja na possibilidade mudança já tem sido o suficiente. O resultado não é o principal, mas sim o processo pra chegar lá ou mesmo em outro lugar que eu ainda não sei. Eu sei, parece auto ajuda.

Acho que uma das piores sensações é a paralisia por não pensar em nenhuma possibilidade para um problema. Claro, sempre há uma possibilidade pra tudo, mas nem sempre a gente consegue pensar nelas como cenários possíveis pra se mudar de vida. Nem sempre a gente da a atenção que aquela ideia merece.

A partir do momento que a gente toma uma decisão, qualquer uma que seja, parece que as coisas começam a se mexer. Não dá pra saber se a decisão é a certa ou a errada, mas se mexer um pouco já é suficiente.

Aliás, acho que a maioria das dificuldades pra qualquer coisa que a gente quer fazer estão na nossa cabeça. Eu adoro bolar um milhão de dificuldades pra tudo, sempre pensando no pior cenário possível. E quase nunca esse cenário acontece. Afinal, ainda estou aqui. Ainda vivo, ainda tenho dinheiro, ainda tenho comida.

E ainda tenho planos. Que podem mudar no meio do caminho. Mas ao menos não me sinto mais paralisado. Ufa!!!

7 de junho de 2016

De volta ao colegial

Tem mais ou menos treze anos desde o meu último vestibular. E mais ou menos sete anos desde que eu me forme na faculdade. E desde então já rolou uma pós - graduação e alguns cursos. Por que não estudar alguma coisa que não tem nada a ver com minha área de formação. Alguma coisa que não tem nada a ver com direito, com meio ambiente e com transportes. Algo completamente fora da minha realidade. Algo que ninguém imaginasse que eu fosse fazer.

Bem, uma das minhas melhores amigas descobriu o curso de História da Arte na UnB. Por que não? Fizemos a inscrição, não consegui estudar nada. E no último final de semana foram as provas. No primeiro dia, humanas. Ok, minha área. A prova foi difícil, mas não impossível. Já no domingo, exatas. Putz! Não lembrava de nada. Nem sequer usei a calculadora, porque não lembrava de nenhuma fórmula, de nada. Matemática, física, química e biologia. Não me lembrava de nada.

Mas vai que a gente consegue ser aprovado, mesmo que na última chamada, nos últimos lugares. Vai ser ótimo voltar a estudar, voltar pra universidade, aprender sobre arte. Tô com os dedos cruzados!

1 de junho de 2016

Quadradinhos

Recebi um email há mais ou menos uns dois meses sobre vagas em outros lugares. Mandei meu CV. Depois fiz uma prova. Ontem foi a reunião. Frio na barriga. Mas é bom mudar de ares. Voltei de São Paulo cansado do jeito que minha em Brasília está. E preciso mudar tantas coisas. E quero mudar vários quadradinhos, até o quadro final ficar bem diferente. Não tem mais como ficar do jeito que está...