29 de agosto de 2008

Peixe

Nunca gostei de peixe. Meus pais achavam que era frescura de criança, mas sempre que eu colocava um pedaço na boca, não importa se cozido, frito ou assado, me dava ânsia de vômito. Eu nem sei explicar o porquê, afinal de contas não tenho nada contra esses bichos. Desistiram. Sempre que havia peixe eles faziam um omelete ou um bifinho pra mim. Mas ok, tentei então o sushi. Comer com pauzinhos, tomar sakê, essas coisas. Nada demais, mas pelo menos não me deu vontade de vomitar. Ontem resolvi ir num desses sushis mais contemporâneos e menos tradicionais e, putz, como é bom. Sushis diferentes e muito yakisoba, além dessas comidas quentes japonesas que eu não tenho a menor idéia de como se fala ou escreve. Agora posso ficar tranqüilo e com meu ômega três em dia.

28 de agosto de 2008

Hospício

Meus amigos estão cada vez mais loucos. Mas não loucos do tipo "bora beber todas, passar mal, acordar numa cama desconhecida e com a cueca ao avesso". Loucos de manias, tiques, alterações de autoestima, mudanças drásticas de humor e barreiras. E eu devo estar no mesmo caminho. Logo mais vou desenvolver uma anorexia nervosa, bulimia, queda de cabelo, transtorno obsessivo compulsivo, dupla personalidade, além de outras maravilhas do mundo moderno. É a idade chegando e a razão saindo.

27 de agosto de 2008

Sono

Dormir quatro horas por dia nem é tão ruim assim. Mas o que eu posso fazer se é tão bom ficar conversando sobre os últimos quatrocentos dias? Além disso, não tinha como eu perder a festa de lançamento do melhor festival de teatro da cidade...

26 de agosto de 2008

Vejo flores em você


Meus pais andam empolgados com o jardim. Aliás, lá em casa já está parecendo um sítio, já que tem planta por todos os lados. O melhor mesmo é ver a felicidade deles quando floresce uma orquídea. Era tanta a alegria que meu pai me fez tirar essa foto em que três orquídeas diferentes floresceram ao mesmo tempo e no mesmo pedacinho de terra.

25 de agosto de 2008

Mini

Comprei um desses computadores pequenininhos. Fechado é do tamanho de uma caderno brochura. Sim, o teclado é meio desconfortável, mas cabe dentro da bolsa. E pra mim está ótimo!

22 de agosto de 2008

Ipêzinho



Adoro essa época do ano. Ok, a secura não é uma das melhores coisas pra se sentir, mas é lindo ver o céu azulzinho, sem nenhum nuvem. E claro, é bom demais ver esse monte de cor dos ipês, quebrando esse marrom-acinzentado na cidade e nas pessoas.

21 de agosto de 2008

Aconchego

Ontem ao deitar-me sozinho senti exatamente a mesma sensação que sinto quando deitamos juntos: o jeito que você se encaixa a mim, sua respiração, seus braços. Isso significa que precisamos juntar logo as escovas de dente!

20 de agosto de 2008

Remendando

Algumas coisas surgem do nada e logo estão no topo da lista daquilo que já não se vive mais sem. Bem, mas tudo que é muito usado uma hora acaba. Vixi! E na hora que vi aquele rasgão na calça doeu. Como assim? É só uma calça! Mas ainda bem que existem costureiras e a da minha mãe me cobrou o preço de duas bolas de sorvete para fazer o tal do cerzido. Outra dor foi ao perceber que a bolsa de pano, por ser de pano, já estava com as alças todas rasgadas. Comprei um tecido bem bacana e mandei fazer outra nos moldes da antiga. Mas pra não deixar de lado aquela bolsa que tanto me ajudou, comprei duas faixas e pedi para que substituissem as alças. Pronto! Tudo ficou lindo e barato!

19 de agosto de 2008

Biscoito

Bom, nem preciso escrever mais nada, o biscoitinho chinês da sorte já me disse tudo:

18 de agosto de 2008

Como antigamente

Numa dessas andanças pelo mercado pra comprar algumas frutas e verduras com meu pai, acabei me deparando com as boas e velhas latinhas de manteiga Aviação. Na hora lembrei das viagens de fim de ano para a casa da minha vó quando eu era pequeno, pois lá sempre tinha tapioca quentinha e essa manteiga. Bem, para mim, depois dessa latinha, todas as outras manteigas ficaram para trás. E o interessante é que ela é vendida desde 1920 e não teve praticamente nenhuma alteração na embalagem. Aliás, adoro esses produtos que ainda mantém a cara de coisa antiga, como o talco Granado, a pomada Minâncora, o Leite de Rosas, o creme Nivea de latinha, além do sabonete Phebo.

15 de agosto de 2008

Pneuzinhos

A gente percebe que está ficando velho quando seu pai te pergunta o que quer ganhar de aniversário e você responde, sem pensar duas vezes, que quer quatro pneus novinhos. A cara do meu pai foi absolutamente impagável, mas os antigos estavam mais carecas que o Kojak. Ok, aonde é que foi parar minha criatividade? Já pedi presentes como a bola quadrada do Quico, uma máquina de escrever antiga, um pensebem e muitas, mas muitas viagens inusitadas, afinal de contas pedir é uma coisa, ganhar é outra completamente diferente. Bem que eu podia ter pedido um jogo de pneus, mas ao invés dos normais, quem sabe aqueles com a lateral branquinha, como nos anos cinquenta?

14 de agosto de 2008

Externo

Adoro o dia que me mandam para trabalho externo. Tudo bem que em geral não é nada muito excitante, mas é bom demais sair daquela sala branca e antiga, dar uma espairecida, ver pessoas. Como o congresso é bem pertinho daqui, quando faz um dia bonito como ontem, dispenso o motorista da empresa e volto a pé. No caminho, cores, movimentos e calor:





13 de agosto de 2008

Higiene

Foi só ao ver a conta astronômica da farmácia, no mês em que tudo resolveu acabar quase ao mesmo tempo, é que percebi o tanto de coisas que não posso passar sem: escova e pasta de dente, barbeador e creme de barbear, desodorante, pomada para cabelo, solução de limpeza de lentes de contato, shampoo, sabonete, creme hidratante, enxaguante bucal. Esse é o mínimo para que eu não parece um homem das cavernas, mas comprando aos poucos esses badulaques nem percebi o quanto tudo isso pesa no fim das contas. Mas fazer o quê, né?

12 de agosto de 2008

Ovomaltine

Os sanduíches são cheios de maionese, o serviço é demorado, mas o milkshake é perfeito. E já no meio da tarde, sem comer desde o começo da manhã, não pensei duas vezes antes de pedir o meu copinho de sorvete de baunilha, leite e ovomaltine batido e me deliciar na lanchonete vazia.

11 de agosto de 2008

Volta

Jurema Ayrana é o nome dessa galinha aí de cima. Assim que a olhei sabia que tinha de comprar. A danada é tão safada que me deixa um sorriso no rosto toda vez que olho pra ela, pois me lembra daquele fim de semana lá de Piri.

E só Jureminha pra me deixar feliz hoje com a volta das aulas. Uh, último ano. Depois desse eu nem sei mais como fica a vida.

8 de agosto de 2008

Enchendo o bucho!

E a gente economiza, come algumas besteiras e acha que está tudo bem. Mas claro que merecemos uma semana inteira dedicada à gastronomia, sem se importar muito com o preço da comida ou com a quantidade de calorias. E foi uma delícia lembrar daqueles lugares que a gente sempre quis ir, mas nunca rolava. E como diz aquele ditado: "as duas melhores coisas da vida são comer e... comer!". Teve pastéis diferentes, boteco chic, buffet mexicano e até mesmo a boa e velha comida chinesa. Delícia!

7 de agosto de 2008

All that jazz!

foto: capa de birth of cool de miles davis/ amazon.comNa televisão nova o que menos faço é assistir, pois descobri uns canais que simplesmente tocam música das mais variadas. Vai desde MPB a new rock (o que quer que isso queira dizer), passando por standards e r'n'b. Mas o meu preferido é mesmo o bom e velho jazz clássico. Ligo o canal e lá se vão trompetes, saxes e pianos daquele jeito que somente Miles Davis e John Coltrane sabem. Além, é claro, de muitas músicas de Billie Holiday com sua voz rouquinha e cheia de emoção. Um achado isso. Aliás, eu adoraria que existisse uma estação de rádio que só tocasse jazz, tanto faz se novo, antigo, moderno ou clássico para ouvir no rádio do carro. Ah, all that jazz!

6 de agosto de 2008

Cidade

Como dizia Chico Science, "a cidade não pára, a cidade só cresce, o de cima sobe e o de baixo desce". Bem, essas fotos aí de cima foram tiradas ontem depois que saí aqui do estágio. Alta exposição em contraste com a alta velocidade das pessoas.

5 de agosto de 2008

Out of memory

Eu não sei mais o que faria sem os lembretes do celular. Minha memória ou anda preguiçosa ou falha mesmo. Então coloco lá o que tenho que fazer no dia, escrevo qualquer baboseira e um pouco antes da hora necessária ele vibra, toca e coloca bem grande na tela: "pagar multa". E já são muitos para os próximos dias... vixi!

4 de agosto de 2008

Coffee break

Ela chegou com um sorriso todo sapeca e uma sacola enorme na mão: "Filho, vem ver o que eu comprei!". Acho que peguei com minha mãe a mania de me presentear com esses mimos que a gente namora um tempão na vitrine, esperando ansiosamente pela liquidação, e ainda pedir, na maior cara de pau, para que embrulhem num maravilhoso papel de presente. O mimo da vez era uma máquina de expresso e capuccino. Lindo ver os olhinhos dela brilhando e contando que estava numa super promoção, que a máquina era de uma marca boa, que foi uma pechincha e outros elogios. E como é boa! Os barulhinhos, o vapor, o cheirinho de café. Lógico que eu fiquei encarregado de ler o manual e explicar tudo para ela me sentindo um verdadeiro barista. E agora sempre que quiser um capuccino com aquela espuminha de leite no vapor é só apertador alguns botões e manivelas.

1 de agosto de 2008

Hamster

Não gosto muito de academias, mas gosto menos de gordura. Músicas dançantes, cores vibrantes, espelhos por todos os lados e pessoas suadas e elétricas circulando não faz muito meu estilo. Por isso, fiz de melhor amigo meus fones de ouvido e esqueço do ambiente ao meu redor toda vez que corro ouvindo os barulhos esquisitos, ritmados e maravilhosos do Kraftwerk, por exemplo. Não ligo se os fortões vão achar que levanto menos peso que o velhinho de cento e noventa e cinco anos que vem sempre no mesmo horário que eu ou se a gostosona siliconada e dourada vai achar ruim se eu não der a mínima para ela. O vestiário me dá um pouco mais de náusea: umidade, pouca luminosidade e uma mistura de cheiros nada agradável. Aliás, uma vez cheguei a achar que tinham esquecido um cadáver lá dentro quando fui trocar de roupa na mesma hora do fim do treino de futebol. Apesar de tudo isso, é muito bom ver o corpo mudando. A cor branco-escritório vai dando lugar ao bronzeado verão-carioca (embora eu fique parecendo um panda invertido por causa da marca do óculos de natação) e os pneuzinhos e a barriga vão pouco a pouco diminuindo. Sim, a academia é minha roda-de-hamster. Chata, porém necessária.