23 de outubro de 2012

Remédio pra rabujice

Eu devia estar ali com uns sessenta e sete, sessenta e oito anos. Rabugento, cansado, estressado. Então apareceram ingressos pra ver Gossip, Garbage e mais um monte de bandas. Na hora já me senti jovem, estava com quarenta e cinco anos. No dia do festival fomos de metrô, chegamos cedo, bebemos, sentamos na grama, rimos muito e na hora dos shows que a gente queria mais ver eu ja estava ali com trinta e poucos anos. Quando o show do Gossip acabou, cansaço, pernas doendo, voz rouca e no caminho de volta eu estava feliz com meus dezoito anos no metrô, cada músculo do meu corpo doendo e uma fome avassaladora.

Chega de ficar velho antes do tempo! Festivais são a melhor maneira de deixar a vida chata de lado.

15 de outubro de 2012

Top top top

Comi uma mosca gigantesca no trabalho, um daqueles erros sem explicação e sem desculpa, um erro básico. Será que estou me autosabotando? Será que sou mesmo tão incompetente? O certo é que perdi muitos pontos c toda a equipe e devo ficar como Júnior por bastante tempo.

Mas ok, é foda mesmo. Mas rolou. O negócio agora é levar isso tudo como experiência e torcer para que não aconteça de novo.

Já mudei alguns pontos aqui na minha cabeça. Quero passar mais segurança ao falar, ao completar uma tarefa. Quero conseguir tomar decisões, não precisar tanto de revisão, ter mais autonomia.

Pensei até em voltar pra Brasília. Pensei mesmo que não fosse dar conta, que sou mesmo incompetente e que deveria voltar pro meu antigo emprego, pois lá é bem mais tranquilo e não me exige tanto. Mas não vou voltar por agora, quero mesmo continuar aqui, quero dar conta, quero me dar bem aqui, conseguir uma boa experiência profissional.

Enfim, já mudei algumas coisas aqui dentro da cabeça. Chega de autosabotagem!

14 de outubro de 2012

Mais

Preciso de mais arte na minha vida. Preciso ler mais, criar mais, descobrir mais. Preciso me expor, me aventurar, mostrar mais confiança. Chega de gaguejar, de insegurança.

O mais engraçado é que a Bienal me fez pensar em tudo isso.

7 de outubro de 2012

Ressacas com e sem álcool

Eu sempre tento fazer tudo direitinho. E foi bom ter pirado em pleno domingo. Licor de marula, caipirinha de vários limões diferentes. E esquecemos de almoçar, esquecemos de fazer a faxina, esquecemos de tudo. Claro, passei mal, muito mal e não dormi nada. Segunda-feira de ressaca no trabalho, morrendo de medo de estar com bafo de cachaça. E enfrentei o dia. Muita água, muitos comprimidos para dor de cabeça. Mas cheguei ao final do dia. Pirando um pouco e levando as coisas a sério.

A semana foi maluca e um pouco sem graça. Pensei até em voltar pra minha cidade, pra minha casa. Mas ainda não chegou a hora. Preciso passar mais alguns perrengues, preciso ganhar mais experiência. Sinto muita falta de casa, mas não dá pra chegar ainda e voltar pra mesma vida.

Uma noite em claro logo no começo do fim de semana. E eu achei que tudo ia desabar. Ressaca sem beber uma gota de álcool.

Falta de ar, quase gripe. Mas já quase tudo está de volta ao lugar. E ao mesmo tempo diferente.