31 de dezembro de 2011

Trinta dias!

Eu nunca tirei trinta dias de férias. Quer dizer, na época da faculdade eram três meses. Mas, né? Bem, já foi uma semana. Alias, tem sido perfeito!

Esse tal de onze

E finalmente o ano chegou ao final. E é muito bom sentir o amadurecimento. O ano em que morei só, em que terminei a Pós, em que fiz novos amigos e em que aprofundei a amizade com as amiga, o ano em briguei, fiz as pazes, amei loucamente, fui no hospital, vi vidros quebraram, vi pontos, fiz malas, viajei, conheci São Paulo. Esse ano foi foda, mas foi muito bom. E to morrendo de frio na barriga pro próximo. Mas sei que vai ser ainda melhor!

23 de dezembro de 2011

Filho

Tinha muito tempo que eu não conversava com meu pai, quer dizer, mais do que um "oi, tudo bem? Como vão as coisas?". Resolvi puxar assunto com ele, como as plantas do jardim, que ele sempre cuida tão bem. E então ele me chamava pra ver uma que estava dando flor, outra que havia crescido muito, outra que estava quase morta e ele conseguiu fazê-la ficar forte. Quando percebi já estava comendo jabuticaba e pitanga, colhidas ali na hora. Eu me senti como se tivesse uns cinco anos de idade e vi como essas pequenas coisas são importantes para o meu pai. A jardinagem, a religião, as histórias de quando ele era pequeno e as viagens ao exterior. Sempre penso como vai ser difícil quando ele se for. A gente tem quase cinqüenta anos de diferença e mesmo assim nos damos bem, apesar das diferenças de ponto-de-vista. Ai, pai...

21 de dezembro de 2011

Natalino

Não está fácil evitar o mau humor nessa época de fim de ano. As pressões, as filas, os pedintes, as caixinhas dos flanelinhas, porteiros e entregadores, os presentes impessoais, a correria pra terminar tudo antes do recesso e o suposto clima de amizade e confraternização que invade todos os ambientes. A decoração brega por todos os lados também não facilita! O que me salva são as rabanadas, as desculpas pra tomar espumante sempre que possível e os vários dias de recesso. Pra mim Natal é isso: comer rabanada, beber espumante e dormir até mais tarde!

16 de dezembro de 2011

Game over

Não entendo muito esses jogos novos. Tudo cheio de efeitos especiais, roteiros elaborados, continuações, modos online. Eu fiquei parado no tempo, pois gosto mesmo da simplicidade, das histórias meio idiotas, da ingenuidade. Adoro os jogos antigos de quando eu era pequeno, de pegar moedinhas, pular em cima dos inimigos, escapar de buracos, salvar a princesa, de preencher os gráficos ruins com imaginação. E de jogar rapidinho, coisas de alguns minutos, de morrer no jogo e cansar, fazer outra coisa.

Eu já me sinto um velho ao saber que alguns dos jogos que mais curto tem mais de vinte anos.

E nunca chega o game over...

15 de dezembro de 2011

Baguncinha

Tenho aprendido a delícia que é poder deixar uma baguncinha pela casa. Eu moro só, não tenho empregada e sempre fui fanático por limpeza. Mas ultimamente resolvi curtir um pouco mais a preguiça e deixar umas canecas, copos e talheres sujos por um tempo. Antes tudo funcionava na base do sujou, lavou.

Nesse ano é a primeira vez que moro sozinho mesmo e foi quando eu me senti solitário, em que o silêncio, a calmaria e meu apartamento sempre limpo e impecável começaram a me incomodar.

E foi importante vivenciar tudo isso e perceber que eu dou conta. Que consigo viver sozinho e o apartamento não pegou fogo e eu não me joguei da janela. E nem fui encontrado duas semanas depois em avançado estado de decomposição (um dos meus maiores medos na velhice!).

Ok, ainda tenho mais alguns meses de solitude, mas vou dar conta! E cada vez com mais baguncinhas!

1 de dezembro de 2011

Existe amor em SP

São Paulo me ensinou muitas coisas. Resolvi passar duas semanas por lá, conhecer, ter uma ideia de como funciona a cidade e, claro, fazer uma visita especial. De dia eu dava uma volta pela cidade, de noite nos encontrávamos - aliás, termos de novo um cotidiano juntos foi algo que eu estava precisando.

Durante minhas andanças diurnas conheci tanta coisa. Vi várias exposições, fui a várias lojas, conheci o COPAN, o Edifício Itália, o MASP, o MAM, o MAC, a Choque Cultural, o Mercado Municipal, o Museu da Língua Portugues, a Pinacoteca. Andei várias vezes pela Avenida Paulista, pelo Trianon, pela Augusta. E assim a cidade foi deixando de ser um monstro pra se tornar cada vez mais, sei lá, aconchegante. Andar no metrô, sair, tomar um mate, tomar um chá de 500mL naquela cafeteria famosa, tudo isso foi se tornando mais familiar. E quem sabe um dia vira minha casa?

E São Paulo é realmente cheia de contrastes. Ao mesmo tempo que tem um mar de edifícios, também há muito verde pela cidade.