31 de agosto de 2007

Palavras

Perco a noção da força das palavras. Calma, não quero parecer um guru de auto-ajuda, mas é estranho perceber que ao usar algumas palavras para transmitir o que se está pensando, pode-se passar uma idéia completamente diferente. Duvida? Vai usar um conceito que você não ta familiarizado! Põe aquela palavra bonitona e tudo que você falou desmorona. Fode tudo! Vai tomar o caso específico como regra geral. Ufa, enfim... desabafo depois de uma discussão aqui!

30 de agosto de 2007

Politicagem

Nunca fui muito fã de política. O que? Presidente do Senado, liderança na Câmara, base do governo, medida provisória, fidelidade partidária? Sei lá. Mas é sempre bom dar uma olhadinha no primeiro cadernos dos jornais e ver a quantas andas a situação do país: julgamento do mensalão, processo de quebra de decoro do presidente do Senado, fim ou não da CPMF, escuta telefônica ilegal dos ministros do STF, movimento dos 'cansados', crise nas bolsas internacionais por causa de uma vacilada no mercado imobiliário. Se alguém me falava algum desses assuntos eu só aparecia com o bom e velho sorrisinho amarelo e falava: "Será que chove?". Hoje em dia até que sei alguma coisinha ou outra, mas ainda não me arrisco em discussões políticas. Na verdade, ainda não consigo decidir nem de que lado eu estou. Engajamento zero, mas muita vontade de aprender.

25 de agosto de 2007

Apóstrofe

Parece um gurizinho. Mas e daí? E se veste como quem vai na padaria comprar dez pãezinhos. O importante é que faz sambas como ninguém e, claro, tem apóstrofe no nome. Agora me diz ai quem mais tem um sinal gráfico tão charmoso no próprio nome? Aliás, eu mesmo queria ter uma vírgula altinha só pra mim. E sim, ela tem um carisma no palco como poucos! Sambei, pulei, cante e até, meu deus, gritei bem alto 'gostosa'!

E quero muito mais samba pra vida...

24 de agosto de 2007

Soninha

Gosto de noites de insônia. Lembro que havia comido muito naquele jantar especial e bebi daquele vinho gostoso um pouco mais além da conta, mas nada de chiliques na frente dos convidados, eu acho. Depois que todos foram embora - e isso parece que durou uma eternidade -, caí na cama com as roupas que estava e capotei. Umas quatro da manhã, ou um pouco mais tarde, meus olhos ardiam. Droga de lente. Levantei, tirei essas porcarias que me salvam de usar óculos e voltei pra cama. Nada. Na televisão, Demi Moore rebolava ao som de Sweet Dreams. Aliás, bons sonhos era o que eu não tinha aquela hora. Se eu fumasse, essa seria uma boa hora para acender um cigarro, mas chega uma hora que se percebe que o sono não vai vir mesmo, então para que criar caso? Coloquei o disco daquela banda de eletrorock bem farofa e acabei de ver o sol nascendo. Lembrei da última vez que vi o sol a essa hora: uma rede, muito frio, um abraço gostoso e uma visão maravilhosa. Pra que dormir?

23 de agosto de 2007

Austá

Acho incrível poder vir trabalhar de allstar. Nada de terninhos, tailleurs, twin sets. Gravatas, nem pensar! Bom mesmo é minha calça jeans e os tênis levemente sujos. Claro, não se pode vir de camiseta, então uma simples camisa de botões já me salva. Mas é otimo não sofrer o aprisionamento das roupas de escritórios, dos sapatinhos de couro e do cabelo arrumado. Viva a liberdade!

22 de agosto de 2007

Mata

Por que será que matar aula é uma coisa tão gostosa? Toca o alarme, espreguiça, levanta e diz para si mesmo: "Ih, hoje eu nem vou...". E pronto! Liberdade é a melhor coisa que há. Não vou e pronto! Depois pego o material com alguém. Claro, não se pode abusar, mas sabendo-se usar, tudo fica uma delícia. Liberdade já!

21 de agosto de 2007

Suflê do coelhinho indiano

Ele geralmente fica ali no cantinho da cozinha. Esquenta uma água pra fazer um chá, requenta uma comida, derrete um queijinho e só. Bem, hoje me deu uma preguiça enorme de usar o velho fogão, então resolvi apelar para aquele livrinho de receitas de microondas e ver o que rola. Pesquisa daqui, folheia de lá... por que não esse suflê?


Suflê do coelho indiano
3 batatas
3 cenouras
1 xícara (chá) de leite
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
3 ovos
3 colheres de queijo
curry, pimenta e ervas

Primeiro cozinhe as batatas e cenouras. Bem, se quiser usar só o microondas e se orgulhar de ter essa caixinha branca em casa, então faça o seguinte: descasque-as e pique-as e coloque em um recipiente com uma xícara (chá) de água. Tampe e leve ao forno por 7min em potência alta. Coloque os demais ingredientes no liquidificador, depois junte a batata e a cenoura cozidas e o curry para dar aquele toque indiano. Unte uma forminha anelar, despeje a gororoba alaranjada e leve ao microondas por 10min em potência alta. Para uma frescurinha final, depois de desenformar, coloquei algumas folhas de manjericão e orégano por cima, com um pouco de azeite e shoyu. E pronto!

20 de agosto de 2007

Lanternagem

O melhor da vida são as risadas: exercitam os músculos do rosto, da barriga e mais um monte de outros, além de deixar aquela sensação gostosa no corpo. Mas é bom também dar uma cuidada na lataria. Resolvi então seguir o conselho do Pedro Bial (e da turma de 1999) e fiquei super amigo do filtro solar. Comprei um de gel, pois minha pele já é um pouco oleosa. Além disso, é bom tomar aquele montão de água (o garçon lá do escritório odeia minha pessoa por ter de repor de cinco em cinco minutos o copo d'água!), usar hidratante (ainda mais nessa época de frio e seca), adstringente (e ver aquele algodão pretinho de sujeira que estava no rosto), o protetor labial e, de vez em quando, uma pomadinha para melhorar as olheiras, já que dormir minhas oito horas está cada vez mais difícil. E, claro, estar com séquisso em dia ajuda bastante!

18 de agosto de 2007

Cogüioli

Daí bate uma fome danada, mas a pizza do mercado já não tá mais dando aquele barato. Que tal fazer uma comidinha em casa mesmo, mas não muito complicada, pois a preguiça é grande. Hummm, mas um passeio pelo mercadinho e, quem diria, até que tem coisas por aqui! Massa pronta de ravioli, cogumelos... acho que rola!


Cogüioli
1 pacote de massa fresca de ravioli (qualquer recheio)
1 lata de champignon
1 cebola
2 copos de leite
5 fatias de queijo mussarela
3 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
sal, pimenta e ervas

Pique a cebola bem picadinha e fatie o cogumelo. Coloque a água pra ferver. Ferveu? Coloque um pouco de sal e jogue o ravioli. Fique de olho pra não passar do ponto! Se já ta bom desligue, escorra e dê o choque térmico para parar o cozimento. Agora o molho: ponha a manteiga numa panela e doure a cebola. Quando ela ficar douradinha, coloque a farinha de trigo e continue mexendo. Adicione o leite aos poucos e vá mexendo. Engrossou? Então vá colocando aos poucos o queijo e mexa bastante pra não ficar empelotado. Daí finalmente vem o cogumelo, um pouco de sal, pimenta (usamos a do reino mesmo) e as ervas (que tal mangerona? Mas deve ficar uma delícia também com alecrim fresco ou orégano. Se colocar curry vira um prato totalmente diferente!). E pronto: é só colocar o ravioli no molho e servir...

E lógico, esse prato não ficaria tão gostoso (e maluco) se não fosse uma certa roda vida!

17 de agosto de 2007

Descendo do muro

Nos estágios, empregos e na faculdade sempre me acostumei a ouvir muito mais do que falar. Ser frio, não se envolver demais, guardar para mim quaisquer opiniões. E por incrível que pareça, isso é bem cômodo. Mas sei lá, às vezes é bom ser o chato, defender sua opinião (mesmo que discordante da geral). E sair do 'eu acho que...', 'ouvi dizer que...', 'pode ser que...' é meio difícil, mas está sendo bem compensandor. Isso tudo graças ao sabão que levei essa semana da chefe.

Ok, ok, já desci do muro e tirei minha mordaça. Agora me aguenta!

16 de agosto de 2007

Jujubas

Ainda não me acostumei com essa vida de adulto. Eu adoro jujubas! Como pode um adulto gostar desses docinhos? E gosto de falar besteira, ver filmes idiotas, sambar, dormir até mais tarde, comer brigadeiro com a colher, andar de patins no parque, dançar loucamente, me espreguiçar, brincar com coisas sérias, fingir discussões na fila do mercado, comprar chocolate, comer pizza com a mão, conversar besteiras na cama, namorar aquela calça jeans e aquele casaco que sei que não vão combinar com nenhuma peça do meu guarda-roupa. Bom, e nem lembro da última vez que olhei meu extrato bancário, verifiquei meu saldo, comprei uma gravata, discuti política, tomei chá de boldo ou li Valor Econômico. Acho que sempre vou gostar de jujubas...

15 de agosto de 2007

Beringela com melancia

Sei que não me dou muito bem com a cozinha, mas hoje resolvi me aventurar no avental. Abri a geladeira e havia aquele monte de beringela. Não sou muito fã desse negócio roxo, mas me deu uma vontade louca de comê-la... Fiz então a boa e velha lasanha de beringela com carne de soja, que me salvou várias vezes quando decidi abolir a carne vermelha da minha vida. Ok, antes de torcer o nariz (eu mesmo não sou muito chegado a essas coisas de soja!), dê uma chance pra esse grãozinho sem graça, pois fica ótimo quando bem preparado. E outra coisa, acho demais esses blogs de forno-e-fogão, por que não colocar algumas coisas de cozinha por aqui também? Ah, dê uma olhadinha na sessão 'culinária' na coluna da direita e encontrará coisas deliciosas!



Lasanha de beringela com soja
1 beringela
1 extrato de tomate
1 tomate
1 dente de alho
½ cebola
¼ de pimentão
1 lata de ervilha ou milho
1 xícara de proteína de soja (PVT)
algumas fatias de queijo
sal, ervas e pimenta à gosto

Faça fatias transversais fininhas na beringela e frite levemente no azeite, só pra dar aquela douradinha e tirar o gosto amargo que ela tem. É bom utilizar uma frigideira anti-aderente, pois o azeite evapora rapidinho. Enquanto isso deixe a soja hidratando.

Agora é a parte legal: o molho! Numa panela refogue a cebola (ao invés dela in natura, preferi utilizar a desidratada, pois estava meio sem tempo) e o alho (também usei ele desidratado que já vem junto com salsa, uma delícia!). Depois que ficarem douradinhos, coloque o tomate e o pimentão. Deixe um tempinho pra ficarem meio moles e soltarem um pouco de água. Coloque então o extrato de tomate, a soja e os demais ingredientes (menos a beringela) na panela e vá mexendo. Ah, resolvi colocar também algumas folhinhas de alecrim e orégano (e uma folhinha pequenininha de hortelã) da horta aqui de casa, um pouquinho de pimenta com limão e uma pitada de sal de ervas (folhinhas diversas desidratadas e esmagadas com sal) que minha mãe fez.

Depois é só montar a lasanha: um fio de azeite, uma camada de beringela e uma de molho. Por último, um pouquinho de queijo com orégano desidratado só pra dar aquela arrematada no visual. Agora é só levar ao forno por alguns minutos para a beringela cozinhar e ficar molinha (e claro, para o queijo derreter), ou seja, mais ou menos de 20min a meia hora.

Pra acompanhar, fiz um suquinho de melancia bem gelado.

14 de agosto de 2007

Nega maluca

Muito samba para animar a vida. E o pé possui vida própria e mexe pra cá e pra lá. As cadeiras então, vixi... E era gafiera, bolero e partido-alto para completar a alegria. Uma cerveja, uma aguardente com limão, eu vou lá na gafieira, vai ser a maior curtição. De madrugada uma rodada no salão, mas cuidado a brincadeira pode causar ereção. Tem coisa melhor do que uns sambinhas espertos, feitos ali na hora pela orquestra mais desconstraída?

12 de agosto de 2007

Draguinha

Rabanada, suco de pêssego, hamburger de frango, batata frita, milkshake de baunilha, frango agridoce, macarrão, arroz, banana caramelada, antepasto de beringela, sorvete com castanhas, bolacha com queijo e damasco, bombons de chocolate, milkshake gigante de chocolate, torta de maçã. Isso tudo em menos de vinte e quatro horas... Só sei que amanhã vou pegar pesado no patins, na corrida e na dança!

9 de agosto de 2007

Alecrim

A comida fica mais gostosa com risadas. Isso (quase) todo mundo já sabe, mas ultimamente essa verdade tem se tornado lei nos meus almoços. Risadas, comidas gostosas, mais risadas, cores. De repente me pego retornando ao meu pequeno surto culinário. Comprei temperos e arranjei inspiração para algumas pirações. Quem sabe volto para o fogão com mais gosto e não só para aquelas mesmices?

6 de agosto de 2007

A caixa

Já nem sei bem porque ele continua ali. Talvez o lugar que ocupa seria tomado por um grande vazio, daqueles que incomodam. Resolvi então deixar o televisor exatamente onde está, mesmo que nem me lembre da última vez que o liguei, já que ultimamente a música anda bem mais divertida do que a imagem! Não sei, acho que é porque para se ouvir só é preciso um sentido, deixando-me livre para fazer outras coisas com os quatro outros que me restam. Daí gosto de colocar naquela estação de canções antigas e esquecer da vida... Sabe, a televisão exige atenção demais, mesmo quando faz cócegas na cabeça. Bem, já o rádio consegue deixar tudo mais leve. Mesmo assim, sei lá, deixa aquela caixinha ali em cima da prateleira, às vezes é bom assistir a besteiras...

3 de agosto de 2007

Safari urbano

Na cidade construida para motores, gosto de me aventurar em andanças. Descubro paisagens diferentes (invisíveis a quem está a 60km/h) e me pego reparando no rosto dos demais pedestres do centro. Alguns preocupados, outros fechados e, ainda, outros ausentes com seus óculos escuros e fones de ouvido. A maioria sorri, mesmo não tendo mais dinheiro do que o necessário para comprar o almoço naquele ambulante da esquina. Foco nas diferenças: o velhinho cego pedindo esmola, os homens com calculadoras comprando vales, os garotos vendendo frutas em carrinhos de mão e senhoras preparando quentinhas, além, é claro, das inúmeras bancas com músicas evangélicas, capas para celular, filmes que ainda nem estão no cinema e lingeries que já vem recheadas. O centro mistura tudo: engravatados, engraxates, estudantes, pedintes e turistas. Tudo quase invisível para quem está de dentro do carro.

2 de agosto de 2007

Lerê lerê

O crachá ainda não chegou e o pessoal da portaria não facilita. Depois de examinar a digital com o aparelho digno dos seriados de ficção científica dos anos sessenta, ainda há treze andares para percorrer. Mas o primeiro dia no seviço novo é, como se espera, cheio de novidades. Sem dúvida, a melhor é mesmo sonhar com o dinheirinho extra no fim do mês para quitar todas aquelas dívidas e poder planejar outras mais, pois dívidas sempre existirão. O grande negócio é saber trocá-las por bons momentos, seja com uma bebedeira de bebidas caras com os amigos, uma viagem ou mesmo aquela calça que se namora há meses na vitrine. Bom, preciso voltar para os projetos de lei, as medidas provisórias e os fundos de investimento, pois alguém precisa trabalhar para comprar o leitinho das quiança!

1 de agosto de 2007

Quadros

Dizem que não escolhemos os quadros, mas sim eles que nos escolhem. Não sei quem diz isso e muito menos se é verdade, mas comprei hoje meus primeiros art-pieces. Não são lá a coisa mais bela do mundo, mas gostei deles e, bem, o preço estava bem camarada. Enfeitam agora a parede alaranjada do meu quarto, dando ainda mais cor ao ambiente com suas formas malucas e texturas. Não sei quem os pintou e nem o nome dado, pois parece haver um verdadeiro mistério acerca dessas obras. "Nós não ligamos para eles, simplesmente recebemos uma ligação quando querem vender suas obras". Eles quem? "A família". Família? "Sim". E não assinam? "Não consideram esses quadros obras de arte, mas sim objetos de decoração abstrata". Ok, o importante é que gostei deles e estão agora na minha parede.