31 de outubro de 2008

Raloim


Eu nunca gostei muito daquelas abóboras de plástico, dos morceguinhos de papel e nem daquelas teias de aranha falsas que enchiam as salas dos cursinhos de inglês. Mas sempre gostei de filmes de terror. Ok, nem sempre. Quando a gente percebe que o Freddy Krueger não vai invadir seu sonho e te matar loucamente, aí sim esses filmes ficam divertidos. Zumbis? Claro! Maldições? Todas. Profecias? Lógico. E muito sangue falso, gritos agudos e mocinhas atordoadas escolhendo sempre o caminho de fuga mais perigoso e improvável. E foi com a moça aí da foto, ou melhor, Elvira, a rainha das trevas, que aprendi a gostar de filmes de terror. Juro que se passasse hoje na televisão eu dava um jeito de assistir.
fotografia: elvira.com

28 de outubro de 2008

Água!


Já não sei mais viver sem o cloro, as raias, a sunga e meus dois mil metros de braçadas, pernadas e respirações. Nunca fui muito de esporte, aliás, não mesmo. Nascer no país do futebol e ser pior que um pernas de pau não é exatamente algo a se orgulhar. Mas que bom que existem outras formas de não se cultivar uma barriguinha de chopp.
fotografia: fundo de uma garrafa de água mineral

27 de outubro de 2008

Espelho, espelho meu

Na hora em que o espelho caiu no chão pareceu que alguma coisa em mim havia se rompido. Mas ficou a dúvida: sete anos?

24 de outubro de 2008

Sonhos


Sono incalculável, olhos que mal conseguem se abrir, a cabeça não sabe muito bem se já está nos sonhos ou ainda naquele resquício de realidade. De repente sinto um abraço tão leve, tão meu. Só há tempo para respirar fundo, beijar aquele braço e dizer um "boa noite, meu bem!", mesmo que já seja dia.

23 de outubro de 2008

Breakfast at Airport's


Ver o dia amanhacer, apesar do cansaço do corpo, faz os ponteiros do relógio voltarem alguns anos. Especialmente se você dançou por algumas horas, curtiu um show, riu, conversou besteiras e sentiu uma fome danada. Nada melhor do que um bom e velho café da manhã no aeroporto (já que as opções de comida às cinco da manhã não são assim tão numerosas!). Lembro do capuccino, da tapioca e dos pães de queijo. E da nossa alegria matinal nada usual enquanto pessoas sisudas e cansadas esperavam seus vôos.

22 de outubro de 2008

Pelos ares


Penso naquele avião. Na cidade, nas pessoas, no cheiro, nas músicas, nas comidas, nos parques, nos museus e nas feiras. Anoto endereços, pego referências, me inspiro. E junto meus trocados para gastá-los daqui a alguns meses. Quero ir pelos ares e junto com você, pois já não faz mais o menor sentido sem segurar sua mão, sem sentir seus beijos e sem sua risada.

20 de outubro de 2008

Na roça


Acordar antes do sol raiar me faz sentir um pouco na roça, mas sair do trabalho ainda de dia faz valer cada hora a menos de sono nessas primeiras semanas de mudança de horário. Tudo bem que a economia de energia de menos de um porcento e o deslocamento do horário de pico no uso de energia podem não se uma boa justificativa, mas anoitecer lá pras oito da noite me convence fácil.
fotografia: por do sol no comecinho da asa sul

17 de outubro de 2008

TGI Sexta-feira


Fazia tempo que não esperava tanto por uma sexta-feira, especialmente porque ganhei de brinde uma manhã de sexta e outra de sábado, como há muito tempo não acontecia. Dormi pra lá de três da manhã pensando em milhares de coisas enquanto olhava a tela colorida da televisão. Imagens dentro e fora da cabeça. Acordo com um café na cama: vitamina de banana e pães de queijo saídos do forno. Abraço apertado. Aproveito e lhe entrego o presente de aniversário, comprado na pressa, mas com todo carinho. Sabe, ela é a pessoa mais importante de minha vida, mas acho que às vezes se esquece disso. E a importância está ali nas pequenas e grandes coisas, nas brigas, nos sorrisos, nos choros e nos abraços. E o dia está tão corrido que espero que chegue logo a noite e que traga música boa e as risadas que eu tanto preciso para viver. O que seria de mim sem o fim de semana? E o que seria de mim sem minha mãe?
fotografia: experimentos com alta exposição.

16 de outubro de 2008

Attaque Surprise


Eles cantam em francês como aquelas antigas chansons françaises do anos sessenta, mas misturado com uma eletrônica dos anos oitenta. O nome? Vive la Fête. Em resumo, uma bagaceira boa de dançar e de se ouvir. E, claro, muita cerveja e muita vodka pra dançar amanhã ao som de Danny Mommens e Els Pynoo, tudo graças àquela marca de óculos da pimentinha.

fotografia: Midori de Lucca (RG Vogue)

14 de outubro de 2008

Tele-chef


Tem meses que não cozinho nada. Absolutamente nada. O máximo em termos de aventura gastronômica nos últimos meses é colocar o pão de forma na torradeira e inventar algo para pôr em cima das torradas: omelete, geléia, manteiga, requeijão e, claro, salpicar algumas ervinhas pra dar um gosto, enquanto a água do chá esquenta no microondas.

Já cozinhei algumas coisas, é verdade: uma lasanha de beringela aqui, um suflê ali, mas nada muito elaborado. Apesar disso, adoro ver programas de culinária para, quem sabe, me inspirar a voltar ao mundo do forno-e-fogão, além de me deliciar com as imagens maravilhosas. Gosto muito de Jamie Oliver, Kylie Kwong e até Ana Toscano, Ana Maria Braga e Olivier Anquier.

Mas se eu fosse um chef de televisão, gostaria de ser como Nigella Lawson. Em seu programa ela parece estar confortável em casa (ou fazendo os quitutes para um festa de amigos dali a algumas horas) quando entra uma equipe de tv e filma tudo o que ela faz. E ela não se preocupa se a comida que está preparando não é das mais saudáveis, o importante mesmo é ser gostosa, pois ela realmente adora comer. E faz seus pratos com toda a naturalidade possível, sujando as mãos com a massa, experimentando os molhos e dando seu toque à comida. O cenário é realmente maravilhoso. Uma cozinha normal, ou melhor, uma cozinha um pouco acima da média, e seus filhos transitam por ali, seus amigos degustam seus pratos e ela sempre linda preparando pratos maravilhosos. A câmara só espiando, meio escondida, em planos criativos e com alguns desfoques propositais.

Sempre fico hipnotizado ao ver Nigella. Tanto na versão express, para aqueles dias em que não se tem tempo para cozinhar algo elaborado, ou ainda em outros programas em que ela ensina a fazer verdadeiros banquetes. E, claro, as imperdíveis temporadas de verão nas férias.

fotografia: nigella.com

12 de outubro de 2008

Algumas horas depois


Cabelo é só um anexo da pele, uma fibra natural formada por queratina. O meu é naturalmente preto, bem preto, pra dizer a verdade, além de meio ondulado e com alguns poucos fios brancos. Às vezes me deixa um pouco como Bob Dylan, outras como Mia Farrow em "O bebê de Rosemary". Aliás, isso tudo em somente algumas horas, separadas por um engarrafamento monstruoso, uma viagem para uma cidadezinha simpática, alguns cigarros, uns hambúrgures e muita conversa. O cabelo Dylan me deixa mais confortável, apesar de mais difícil de manter, já que seus fios são mais rebeldes que um adolescente de treze anos. Por outro lado, as fibras queratinizadas do modelo Mia são mais educadas e sabem ficar em seu lugar, apesar de precisar amadurecer um pouco mais (quem sabe após crescerem alguns milímetros). Mas o bom é isso: o cabelo pode ser Dylan, Mia, Bob Marley e até, quem sabe, Kojak, por quê não? E voltar a ser Dylan ou Mia ou Marley. E terminar quase que obrigatoriamente com Kojak (ou optar por Zacarias).

9 de outubro de 2008

Plenários e platelmintos


Sempre achei estranho aquele prédio das cumbuquinhas. Uma virada pra cima, outra pra baixo e duas torres gêmeas no meio. Lá dentro dá pra se encontrar de tudo: índios, manifestações ambientais contra o uso de radioatividade, engravatados, deputados prolixos, senadores pomposos e até, quem diria, um estagiário cobrindo uma audiência sobre biocombustíveis.

Ver de perto aqueles ministros e a ex-ministra é uma sensação no mínimo engraçada. A qualquer momento eu esperava ver a legenda com o nome e o cargo daquelas pessoas, seguida por uma narração em off de algum jornalista sobre o evento. Mas lógico, isso só acontece na cabeça maluca de algumas pessoas.

No plenário várias gravatas e alguns terninhos. E eu no meu combo diário de jeans, camiseta e tênis. Vários computadores e palms ao redor, mas meu caderninho e caneta já quebravam um galhão. Pra qual jornal você trabalha? Bem, pra nenhum, não sou jornalista e nem faço comunicação. Err... faço direito. Ah, tá. Os ministros chegaram.

foto: uma das esteiras de um dos túneis do Congresso Nacional, tirada sem flash que é pra não pagar de turista.

7 de outubro de 2008

Milk: shaken, not stirred!


Copão de chocolate, sorvete e leite. Ou a superfície da lua vista bem de perto, mas de pertinho mesmo.

Adoro esse gosto de sessão da tarde.

6 de outubro de 2008

É brega, mas é bom!


I don't wanna talk about the things we've gone through. Though it's hurting me, now it's history. I've played all my cards and that's what you've done too. Nothing more to say, no more ace to play!

foto: still de "mamma mia"

3 de outubro de 2008

Tempo, tempo


Quando menos se percebe o tempo já passou longe.

2 de outubro de 2008

Gotículas


Apesar de ficar quase sempre ensopado, essa é uma das minhas estações favoritas. Muita água, muito calor, mais água, mais calor e mais um pouco de água. E a chuva sempre deixa umas surpresinhas para quem presta um pouco de atenção, como essas gotas prestes a cair da placa.

1 de outubro de 2008

Fogo!


E dá pra achar beleza até mesmo nas queimadas: o fogo, provavelmente causado por uma ponta de cigarro, fez diversos desenhos na grama seca antes de se apagar. Na hora me lembrou as misteriosas linhas de Nazca, mas, claro, sem toda aquela questão extraterrestre. Vai saber...