25 de março de 2022

Dois anos de trabalho remoto



Tem dois anos que trabalho de casa. Acho que eu sempre quis trabalhar de casa, lia sobre histórias de pessoas que podiam trabalhar de qualquer lugar e nunca imaginei que eu pudesse também. Achava que só o pessoal da tecnologia e da internet podiam trabalhar de casa. Mas eu também pude depois da pandemia e optei por continuar assim, mesmo agora que aos poucos o presencial volta a ser a norma.

Não sinto falta de enfrentar o trânsito na ida e na volta, nem de ter que ficar na mesa de trabalho. Nunca tive problema com meus colegas e gosto de interagir, conversar sobre outras coisas não relacionadas ao dia-a-dia, os lanches, cafés da manhã, aniversários. Mas gosto mais de estar em casa. É fácil hoje interagir com os colegas pelos aplicativos e chamadas de vídeo.

A minha rotina hoje é a que eu sempre quis. Acordar tranquilo sem alarme, fazer minha ioga, passear com meu cachorro, tomar café da manhã tranquilamente, passar um chá e começar o trabalho. Almoçar todos os dias casa, comida caseira, descansar depois do almoço na minha própria cama, ler um pouco, tirar uma soneca rápida, passar um café na mini italianinha (minha grande companheira de todos os dias), voltar ao trabalho, fazer as tarefas e no final da tarde caminhar um pouco aqui perto de casa com meu marido, jantar algo simples em casa e depois ver televisão. Já são mais de dois assim e não fiquei enjoado. Gosto da vida simples, tranquila, previsível, silenciosa. 

Espero poder continuar a trabalhar de casa por muito tempo, até que eu não queira mais e se eu não quiser mais. Até hoje é a forma que eu mais gostei de trabalhar, mesmo nos dias mais estressantes com reuniões e demandas. 

E sem o trabalho remoto não poderia cuidar do Tominhas, o cachorro mais maravilhoso, esperto, danado e malandro que eu já vi.

18 de março de 2022

Sexta!



A semana demorou, mas de repente é sexta de novo. O dia foi cheio e corrido. Quando vi já estava de noite e a gente no vinho com pão de queijo recheado de lombo. A vida não está fácil. Tem crise do petróleo, da política, da economia, geopolítica e de saúde. Não falta crise. Mas estamos aqui. Vamos sobreviver. 

11 de março de 2022

Sexta!



Chegou a sexta. Guerras em vários lugares do mundo. Pandemia parece que está no fim, liberaram as máscaras aqui na cidade, mas vou continuar a usar ainda não sei até quando. Gasolina e gás cada vez mais caros. Nunca estiveram tão caros e não vão baixar tão cedo. Cansaço de pensar em tanta desgraça, mas mesmo sem pensar a desgraça continua aí. Ao menos chegou a sexta e um pouco de respiro. Ufa!

Essa árvore aqui perto de casa caiu depois de uma chuva. Achei simbólico.

7 de março de 2022

Autoconhecimento e vida simples



Uma das melhores coisas que chegam com o passar dos anos é o autoconhecimento. A pandemia tem acelerado muito esse conhecimento de si mesmo ao ficarmos mais em casa. E é doloroso e complicado ficar em contato consigo mesmo, ainda mais em um momento tão complexo como esse de pandemia e de guerras. O futuro está tão áspero e sombrio. Tenho tentado manter a esperança e fazer pequenas coisas que me beneficiam, como comer bem, fazer yoga, caminhar.

Tenho refletido muito sobre tudo, inclusive sobre meu trabalho. Não é o meu emprego dos sonhos, se é que existe algum. Mas tenho me adaptado ao meu trabalho e percebo que realmente não quero ter mais atribuições. Não quero gerenciar pessoas ou projetos complexos. Quero continuar com tarefas simples e em contato com poucas pessoas. E, claro, trabalhar de casa. Tarefas que consigo executar e consigo quantificar. Não gosto de reuniões, prazo impossíveis e pressão. E acho que por isso que já estou há tanto tempo na mesma área. 

Percebo cada vez que a minha realização não está ligada ao trabalho. Não ligo para o que os outros pensam, não me comparo. Para mim o trabalho paga minhas contas e não me estressa. E isso está ótimo. Gosto de ter tempo para ler e gosto da minha rotina mais simples de acordar cedo, passear com o cachorro, tomar o café da manhã e começar a trabalhar. Essa sensação de bem estar comigo mesmo tem me ajudado muito. Há até bem pouco tempo eu sentia que precisava alcançar degraus cada vez mais altos, ganhar cada vez mais dinheiro, trabalhar cada vez mais, ter sucesso profissionais. Mas para quê? Vejo várias pessoas ao me redor em crises e estresse e não quero isso para mim. Quero tranquilidade e não me preocupo de que pareça acomodado.

Gosto de ter esse equilíbrio entre trabalho e não-trabalho. A vida é tão complexa e bonita para só pensar em trabalhar. Gosto de ler, jogar videogame, estudar arte, brincar com meu cachorro, assistir a coisas legais na televisão, passear com meu marido, conversar sobre qualquer coisa com ele. E por enquanto a vida está boa assim.

Recusei algumas propostas para "crescer" profissionalmente e não me arrependo. Há pouco tempo eu não sabia dizer não, talvez porque não me conhecia e ainda estava inscrito nessa mentalidade de trabalhar cada vez mais. Com certeza se eu não tivesse vivido, trabalhado e sofrido tanto em São Paulo eu ainda estaria nessa onda. Mas por enquanto não. Quero tranquilidade de cumprir minhas tarefas no horário normal de trabalho. Quero poder respirar. Não tenho muitas ambições, além de ter uma vida mais saudável, dormir bem, comer direito, fazer yoga, passear. E não tenho gastado muito, não tenho tido vontade de comprar nada além de alimentos, bebidas e de vez em quando livros e jogos em promoção. Tenho gostado dessa vida simples, não quero ter mais complicações do que uma pandemia e das guerras. Quero não só sobreviver.

6 de março de 2022

Bolinho de aveia


Virei um fã de aveia. Compro um pacotão de aveia em flocos finos e coloco em potes de vidro e uso em muitas coisas no meu dia-a-dia. Faço panquecas de tapioca, aveia e banana alguns dias na semana e descobri uma receita de bolinhos de aveia com banana nesses links que o Chrome indica com base no histórico de busca. Achei engraçado que a receita original chama Baked Oats (aveias assadas) e parece que faz sucesso no TikTok, mas eu nem tenho no TikTok. Como eu já tinha todos os ingredientes em casa resolvi arriscar. Já fiz algumas vezes e sempre dá certo. Uso forminhas de silicone que parecem forminhas de papel de cupcake. Deixo esfriar, congelo e coloco em um saquinho no congelador, dura muitas semanas. Daí é só tirar uma hora antes e passar um café ou um chá. A receita é bem básica e dá pra variar bastante com extratos, frutas secas e castanhas. Já fiz sem bicarbonato ou fermento e dá certo também. Aliás, é praticamente infalível.


Bolinhos de aveia ou baked oats.

INGREDIENTES 
  • 1 xícara de chá de aveia (flocos grossos ou finos, acho que farelo funciona também)
  • 2 a 3 bananas maduras (costumo usar prata)
  • 1 ovo 
  • 2 colheres de sopa de iogurte (uso o caseiro que sempre faço)
  • 2 colheres de sopa de mel 
  • 1 colher chá de bicarbonato de sódio 
  • 1 pitada de sal
  • Uvas passa ou ameixa seca sem semente ou damasco seco picado ou castanhas picadas 
  • 1 colher de sopa de extrato de baunilha ou de cumaru (faço em casa com vodka e algumas favas e deixo por alguns meses em um vidro tampado esquecido no armário) ou raspas de laranja ou cacau em pó
MODO DE FAZER 
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Bata no liquidificador ou mixer todos os ingredientes (menos as passas/castanhas e o bicarbonato) até ficar bem misturado. Misture as passas/castanhas e o bicarbonato com uma colher. Transfira a massa para forminhas e asse por 20 minutos. Rende 12 bolinhos.

2 de março de 2022

Carnaval 2022



Como no ano passado, o carnaval foi em casa. Meu marido comprou lâmpadas coloridas e uma bola de espelhos, colocamos músicas boas, fizemos drinks de gin e conversamos. Só nós dois. Dormi de tarde todos os dias, descansei, assisti filmes e séries, li no kindle, fiz passeios aqui perto de manhã cedinho com o cachorro. Não parecia que era carnaval, mas mini-férias. Vi que em algumas cidades estava um carnaval normal, mas a essa altura eu já não acho nem ruim nem bom, cada um sabe o que é melhor para fazer. Por enquanto tenho achado melhor ficar em casa, curtir dessa forma mais tranquila, mais terceira idade. Carnaval é bom de todo jeito, mesmo em casa. Quem sabe ano que vem teremos um carnaval como aquele de 1919, no pós-pandemia de gripe espanhola? Quem sabe até lá a pandemia acabou, a guerra no leste europeu acabou e o governo atual acabou.