30 de maio de 2011

Festa

 
Enchi balões na noite anterior, fiz cartazes. Foi uma festa simples, só nós e gostei de preparar, pensar, imaginar sua expressão quando entrasse em casa. Agora sou somente eu, alguns estados de distância. E ao sair restaram os balões na sala, que só tirei alguns dias depois, quase como uma quarta-feira de cinzas. As fantasias voltaram para o barracão, mas o próximo carnaval daqui a pouco chega.

24 de maio de 2011

Photographia

E daí resolvi começar as aulas de fotografia, afinal de contas o curso é aqui perto de casa e bem, eu precisava ocupar mais meu tempo. Entendi foco, exposição, velocidade, iso e todas essas coisas. Além, é claro, de pela primeira vez fotografar com uma câmera semiprofissional (ou profissional, sei lá!). Sei que era uma dessas enormes e pesadas, cheias de funções, fotômetro e tudo mais. E, claro, uma lente gigantesca. Agora olho pra minha camerazinha amadora, aquela que tanto me acompanhou para todos os lados, e só penso que quero logo comprar uma dessas grandonas. Droga!

16 de maio de 2011

La famiglia

E então a gente cresce, sai da casa dos pais e já se acha muito adulto, afinal pago as contas, faço faxina, lavo minha roupa. Mas não importa, quando a gente precisa, vira de novo criança. Essa semana aconteceu isso. Estava ali todo cheio de maturidade, quando resolvi beber demais. No dia seguinte não sabia quem eu era e nem onde estava. Não encontrava minha carteira, não lembrava de quase nada. Ufa, minhas amigas me trouxeram de táxi pra casa. Mas minha cabeça continuava a girar. Na hora arranjei forças não sei de onde, entrei no carro com tudo girando e fui direto para a casa dos meus pais. Mal tive tempo de falar 'oi' pro meu pai, já caí direto na minha antiga cama. "Bebeu, né? E imagino que você não comeu nada...". Meu bafo de álcool oxidado, ou melhor, de aldeído, não me deixava mentir. E quando vi meus pais já me traziam remédio para enjôo, água de coco e todo aquele mimo que só os pais podem fazer. "Meu filho, da próxima vez como algo forte antes de beber...". Beber? Não tão cedo! E o melhor foi voltar a ter quinze anos: dormir no meu antigo quarto, ver televisão até mais tarde, acordar com café na cama. Eu tenho vinte e sete. Em alguns dias tenho quarenta, cinqüenta, mas ontem tinha quinze de novo. E foi tão bom sentir todo aquele amor, toda aquela compreensão. Sério, a gente tem de aproveitar muito os pais. É tão bom esquecer da idade cronológica por algumas horas...