31 de janeiro de 2011

Filmes e Livros de Janeiro

  • Tron Legacy ***
  • Tron ***
  • Hunger ****
  • Chá com Mussolini ****
  • Manhattan ****
  • Aconteceu em Woodstock *****
  • 72h ***
  • Scott pilgrim ***
  • Magnolia ****
  • Johnny & June ****
  • Alem da vida ****
  • The doors **
  • Biutiful *****
  • Mononoke-hime ****
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  • O Único final feliz para uma história de amor é um acidente - J. P. Cuenca ***
  • Limite branco - Caio Fernando Abreu ***
  • Armas secretas - Julio Cortazar *****


27 de janeiro de 2011

Constatação

A vida nunca foi fácil. E nunca vai ser.




18 de janeiro de 2011

Sanatório

Aprendi a me entender, pois algumas coisas malucas me fazem sentir bem. Tento compreender que sou meio 'freak' mesmo e provavelmente vou morrer 'freak'. Por exemplo, (1) adoro fazer esquemas. Se vou viajar a algum lugar, pesquiso vários endereços, emails e blogs, coloco tudo resumido em um papel e aquilo vira minha bíblia durante os dias que passarei naquele lugar. Claro, não vou nem à metade das coisas que me propus, mas é uma boa referência.

17 de janeiro de 2011

Minimalismo

Escrever sempre me foi um exercício de estilo e de autoconhecimento, uma forma de desembaralhar as idéias e nisso esse espaço sempre me ajudou, mesmo nos textos mais simples. De vez em quando releio um texto escrito há dois ou três anos e 'revivo' minhas motivações e as situações. Mas além de reler, também voltei a ler. Ler, assim, verbo intransitivo. Revistas, livros de literatura esquecidos na estante, livros eletrônicos, arquivos em PDF, blogs, jornais... E ouvir. Novos artistas, discos esquecidos na pasta, shows. Aliás, meu fone de ouvido virou hábito. E, claro, viajar. Eu sei, é caro, é trabalhoso e nem tudo acontece como o planejado (Planejado? Cansei de esquematizar tudo).

Com isso, a casca da letargia, ou melhor, da minha atual estagnação sofreu algumas rachaduras, como se finalmente eu houvesse conseguido imaginar uma outra forma de viver, uma tentativa de experimentar o filosófico (ou pseudo-filosófico) "menos é mais". Parar de enrolação, afinal de contas, se você não conseguir explicar algo para uma criança de cinco anos, cara, você não aprendeu aquilo.

Descobri que eu não sabia um monte de coisas que eu havia estudado, então tentei preencher todos esses meus porquês. Impossível, eu sei. Mas tento agora preenchê-los com minhas idéias. Cansei de ser um "apud" de tudo, ou mesmo um "iPod".

Comecei a pensar que não vou chegar a lugar nenhum com esse tanto de bagagem extra. Preciso me livrar de todo esse peso. Não, não vou à Índia praticar o desapego. Vou simplesmente diminuir o meu próprio ruído, parar de ser meu próprio ditador. Esse é o meu minimalismo.

16 de janeiro de 2011

I told you I was trouble...

Festivais são sempre uma aventura. Chegar, conseguir bebida, um lugar bom pra ver, escapar dos pisões no tênis, não se perder dos amigos, aguentar mais de seis horas em pé, ficar rouco e quando termina o último show, escapar da manada enlouquecida, entrar em um táxi e arranjar uma festa bem boa pra ir depois. Nesse, claro, não foi diferente. O Summer Soul Festival trouxe Amy Winehouse, após dois anos de férias no Caribe. E apresentou também Mayer Hawthorne com sua voz suave e um jazz bem leve, além da teatral Janelle Monaé, com máscaras, capas, trechos de Metrópolis e até mesmo uma pintura ao vivo de um quadro. E Amy chegou tímida, assim de fininho, quase como quem tivesse acabado de acordar, deu uma saidinha e voltou com todo o gás, mandou seus clássicos do segundo álbum, além um de um tango. O ruim foi que a cerveja acabou antes que o principal show da noite tivesse começado. Mas tudo bem, festival é pra ser uma aventura!


15 de janeiro de 2011

What kinda fuckery is this?

A última viagem pra show foi há cinco anos, pro Placebo no Rio. Desde de então rolaram Tim Festival, Planeta Terra, Starts With U e vários outros shows que eu queria ir, mas faltou grana, os ingressos esgotaram muito rápido ou, bem, deu preguiça. Então a Amy Winehouse, minha companheira de fossas, bebedeiras ou mesmo na academia, resolveu encerrar as férias e fazer shows no Brasil. Ela, seu delineador, o penteado retrô e sua voz rouca e antiga. Claro que não iríamos perder, mesmo com todo o rolo pra comprar os ingressos. E daí que ela erra algumas letras, sai do palco algumas vezes e faz um show curtinho? Não tem como perder! Não foi resolução de ano novo, mas quero viajar mais e curtir mais shows. Na volta, já está garantida a efêmera Tulipa Ruiz...

14 de janeiro de 2011

Papel passado?

Não lembro direito de quem foi a ideia, quando me dei conta a gente já havia escrito em um guardanapo (ou um flyer) a previsão mensal de gastos para que juntássemos as escovas de dentes. Estava lá o dinheiro para a internet, alimentação, aluguel e todas essas coisas. Antes mesmo de haver um apartamento em mente, já tínhamos comprado uma mesa, quatro cadeiras, tapete e até luminária em forma de cachorro. Passaram ainda uns três ou quatro meses até que finalmente achamos um apartamento legal e não muito caro pra finalmente deixar as escovas de dente ali juntinhas no banheiro. Não teve cerimônia, nem chá de casa ou qualquer outra coisa. Simplesmente enchemos um colchão de ar e dormimos ali na sala escutando um dvd da Gal Costa. E nesse dia senti tanta paz, estava em casa. Ou melhor, estávamos em casa. Já estamos no segundo apartamento, mais de dois anos após aquele primeiro guardanapo (ou flyer) e ainda me pego olhando pra você e pensando em como quase tudo explode ao nosso redor, mas chegar em casa e te ver ali mexendo no seu notebook, tomando um drink no canudinho ou cochilando no quarto, sério, o mundo pode explodir, mas olho pra você e não me importo com o cotidiano massacrante ou todos os perrengues que a gente já passou. Olho pra você e penso: "já era, mano!". É com você mesmo que eu quero viver! Não importa se não tem papel passado, cerimônia, festa, lua de mel. O que importa é a gente junto. Tenho te amado mais esses dias, assim de graça.

13 de janeiro de 2011

Banguela

Minha cabeça tem um mecanismo estranho de inferiorizar ideias externas. Não é só necessário entender do que se trata, mas também as consequências. Por exemplo, o fio dental. Toda visita ao dentista era a mesma coisa, placas, tártaro e tudo aquilo. Eu simplesmente escovava meus dentes. "Tem de passar o fio dental!". Ok, vou passar, mas que nada. Um dia mudei de dentista: "Você tem os dentes tão bacanas, pena que vão todos cair se você não passar fio dental.". Desde dia não fico sem o maldito fio. Nem sei se meus dentes vão cair mesmo, mas o que a dentista disse fez efeito. Ou seja, só entendi as coisas na base da porrada. E agora pra eu entender que pra mudar de vida preciso me mexer? Que porrada eu tenho de levar? Sério, me dei uma porrada esses dias e parece que está funcionando. O que eu queria mesmo era não precisar desse "POW!".

12 de janeiro de 2011

Verão?

Acho engraçado todo esse bombardeio de imagens de sol, calor e praia. O verão daqui é meio frio e bastante chuvoso, quase, sei lá, um outono. Claro que eu preferiria estar em uma praia de uma cidade pequena lá do Nordeste, mas mesmo assim gosto desse verão brasiliense: chuvoso, vazio e nada quente.

11 de janeiro de 2011

Descongelar

Aos poucos o gele derrete e eu consigo me mover de novo. Devagar, é verdade, mas melhor do que continuar no torpor.

10 de janeiro de 2011

Friducha

A Frida é linda até de óculos escuros... Falando nisso, esse livro é incrível, ver todas as fotos de família, as fotos tiradas por ela, quase como abrir aquela arca no sótão e encontrar todos esses tesouros.

9 de janeiro de 2011

Sabotagem

Na verdade a maior sabotagem é a minha. Sento ali, tento mudar as coisas, mas parece que de repente quero jogar tudo para o alto. Dá vontade de chamar esse saboteur para um papo, chegar já com um "vem cá, qual é a sua?". Eu sei, esses diálogos imaginários dentro da minha cabeça, essas vozes, não é algo legal pra se escrever por aqui. Mas de qualquer forma vou ter um papo com todos esses que moram aqui dentro, tentar chegar em um consenso. Algo como uma reunião da ONU. Vou ver o que rola...

8 de janeiro de 2011

Flores?

A gente tenta comprar flores toda semana. Tínhamos um jardim antes de vir pra cá, com cactos, suculentas, samambaias. Mas aqui não dá mais, então preferimos comprar flores. O antigo narguilé quebrou, ficou somente a parte de vidro, que agora virou um vaso. E a casa fica mais colorida. E até quando seca dá aquele ar de décadence avec élégance (na verdade, quase sempre sans élégance, como um Grey Gardens).

7 de janeiro de 2011

Análise combinatória

As possibilidades estão aí, basta um pouco de foco pra que eu as entenda. Posso ir por ali ou mesmo por ali. Às vezes parecem meio assustadoras, secas, mas não deixam de ser possibilidades. Mas algo entendi: na verdade não existem erros.

6 de janeiro de 2011

Concentração

Está cada vez mais difícil me concentrar. Mas bora lá, uma hora tem de render. Olhando essa foto bagunçada senti tanta saudade delas. E dele que está ali ouvindo a trilha da Amélie Poulain no quarto. E sim, cheguei aos oitenta. Que merda! Mas ok, vou dar um jeito nisso e em tudo.

5 de janeiro de 2011

Desafios

Esses dias tive a brilhante ideia de me desafiar. Não, não vou ganhar nada se conseguir ou perder se não der conta. Primeiro baixei vários discos das listas dos melhores do ano passado, tanto no Brasil quanto na gringa. Logicamente, não conheço quase nada que foi lançado após 2007. Então tive uma trabalheira danada pra baixar tudo aquilo e agora me obrigo a escutar pelo menos um pouquinho de cada banda no celular, todos os dias. Curti Tulipa Ruiz, Thiago Pethit, Arcade Fire e mais um monte que não me lembro agora. Mas só um desafio é muito pouco, estou cheio de livros encostados na estante, tem Cortazar, Cuenca, Lispector, Palaniuhk, Kerouac e Bolano. Coitados, tão esquecidos lá na sala. Mas ok, não tem como deixá-los por lá, então me propus a ler nem que fosse uma página por dia, não importa o quão cansado eu esteja. E sim, estudar de verdade. Pois é, o ano onze já começa cheio dos desafios.

4 de janeiro de 2011

Profissão

Havia muito tempo que eu não estudava algo que realmente gostasse. E agora estou aqui com protocolos, convenções, chamadas, leis e decretos ambientais. Eu e meio ambiente há alguns meses seria uma associação extremamente inusitada (na faculdade me foquei em direitos humanos, direito civil constitucionalizado e direitos homoafetivos). E bem, hoje trabalho com regulação. Sim, minha vida profissional está uma bagunça. Mas aos poucos está se ajeitando...

3 de janeiro de 2011

Inútil?

Primeiro dia útil do ano e eu deveria voltar pra firma depois de quase dez dias de recesso. Deveria. A faringe não deixou. A médica disse que era faringite viral. Ok, me deu um atestado de um dia. Dormi, vi vários pedaços de filmes (o remédio que ela me passou é forte) e pensei muito no que quero pra esse ano. Não voltei pra dieta, pros estudos e nem pro trabalho, mas amanhã começo nesse tal de dois mil e onze. Começo mais relaxado, mais feliz e com a faringe quase boa. Dia inútil?

2 de janeiro de 2011

De volta

Amanhã tudo volta ao normal e o ano realmente vai começar. Estou aqui na cama com o corpo doendo (ressaca, cansaço acumulado ou uma gripe que quer se instalar?). Decidi mudar de vida amanhã. Eu sei, "segunda eu começo" soa desestimulador, mas tirei o domingo para fazer umas ponderações. Vou voltar a ler. Não dei conta do Rayuela do Cortázar, talvez pelo negócio de ser um antiromance e pelas duas formas de ler. Vou voltar pros contos: "Armas secretas", também do cara. Ainda tenho quase 70$ na livraria de créditos de presentes de fim de ano. Tem coisa melhor? Bom, já fiz meu chá (me sinto uma avó, mas deu vontade de tomar), terminei todos os perrengues de hoje e agora eu e minha dor nas costas, na garganta e cabeça iremos pra debaixo do edredon ler um pouco. É domingo, é verão, mas faz um frio do caralho. Mudanças climáticas? Talvez, amanhã descubro...

Velharias

Cada dia que passa me sinto mais velho pra essa merda. A maioria desse povo deve ter nascido em noventa e dois e a música é muito ruim. Sinto falta de dois mil e seis, os gummys, as vokdas baratas, o electroclash e toda aquela bagaceira. Mas ok, eu aqui no meio da festa escrevendo no celular. As músicas são ruins, mas ainda dá pra dançar. Parei de ser o pé no saco.

Juro

Ok, o ano já começou, o recesso quase acabou e é hora de voltar pra rotina trampo, dieta e estudos. Mano, esse ano tem de ser diferente, preciso perder esses quilos e ganhar aquele emprego novo, aquele que estou sonhando há um tempinho... Onze, seja bacana comigo, pois o dez foi um pé no saco!

1 de janeiro de 2011

Sempre

Esse negócio de fim de ano sempre me deixa com aquela pontinha de esperança de fazer tudo diferente, sabe, de realmente arranjar aquela força pra não ser mais a velha amargurada pela vida que fica carimbando folhas de papel o dia todo. E agora estou aqui dentro do banheiro escrevendo no celular, depois de tomar uma garrafa de moscatel em promoção que sobrou do reveillon, enquanto todo mundo canta ali no videokê. Mas sim, hoje é 01/01/11, quase uma linha de comando em código binário e as coisas por aqui já estão diferentes, mais leves. 2011 vai ser bom, afinal de contas o ano passado te tentou, tentou e tentou me derrubar, mas já tamo aqui no onze. Tomara que eu não tenha ressaca amanhã...

Sério mesmo

Às vezes a noite de ano novo é só mancada, mas ok, desde que as todas essas mancadas ficarem nessa noite e o resto do ano tenha cada vez menos mancada. Ok, Bora fazer esse ano diferente, já deu de tanta reclamaçáo.