27 de junho de 2019

Inverno


Eu adoro o inverno, minha estação favorita. Ainda mais o inverno daqui, que chega no máximo a uns 10 graus na madrugada, mas sempre faz calor na hora do almoço. Aliás, adoro essa variação de quinze graus em um mesmo dia. E adoro poder dormir com muitos cobertores, meias e tudo mais, além de comer comidas gordas de festa junina. Melhor época do ano! Ainda mais quando se mora em um apartamento em que o sol do final da tarde falta esturricar tudo, menos nessa época do ano. E sem contar que nessa época os ipês começam a florescer e a seca vem com força.

17 de junho de 2019

Robô chato


De repente uma pecinha se desencaixou das engrenagens da minha cabeça. Eu me percebi então um chato cheio de manias e que consegue implicar com as coisas mais bestas. E me percebi também um robô com uma rotina automática e sem liberdade. Um robô chato.

Passei um dia inteiro refletindo sobre isso e me batendo cada vez mais. Apesar de sofrido, foi bom buscar sair do automatismo.

E perceber também que o próprio automatismo é uma forma de defesa do organismo. Uma forma de sobreviver nesse mundo tão maluco de crises econômicas, políticas e sociais.

Envelhecer não tem sido fácil, mas é inevitável. E quero viver muito tempo ainda.

3 de junho de 2019

Não fazer nada


Tenho a impressão de que sempre preciso fazer algo. Preciso ler mais, preciso arrumar os armários, preciso fazer mais exercício físico, preciso me alimentar melhor, preciso ver mais filmes, preciso... E então cheguei em casa depois do trabalho. A casa estava bagunçada, havia roupas para dobrar, outras para lavar, os armários estão quase todos bagunçados, com certeza tem alguns alimentos vencidos na despensa e na geladeira, há textos para ler da faculdade (e dois artigos para fazer), tem livros para ler, e várias séries de TV que ainda não comecei. Decidi então não fazer nada. Coloquei algumas músicas para tocar e deitei no sofá. Respirei fundo. Escutei a música, olhei lá pra fora, olhei para as plantas ali perto, admirei minha casinha. É cansativo sempre dever algo. E essa sensação de culpa parece não ter fim. Mas então percebi como é importante não fazer nada. Aliás, como é necessário ter uma pausa de vez em quando. Amanhã eu volto para a lista de afazeres.