Tem meses que não cozinho nada. Absolutamente nada. O máximo em termos de aventura gastronômica nos últimos meses é colocar o pão de forma na torradeira e inventar algo para pôr em cima das torradas: omelete, geléia, manteiga, requeijão e, claro, salpicar algumas ervinhas pra dar um gosto, enquanto a água do chá esquenta no microondas.
Já cozinhei algumas coisas, é verdade: uma lasanha de beringela aqui, um suflê ali, mas nada muito elaborado. Apesar disso, adoro ver programas de culinária para, quem sabe, me inspirar a voltar ao mundo do forno-e-fogão, além de me deliciar com as imagens maravilhosas. Gosto muito de Jamie Oliver, Kylie Kwong e até Ana Toscano, Ana Maria Braga e Olivier Anquier.
Mas se eu fosse um chef de televisão, gostaria de ser como Nigella Lawson. Em seu programa ela parece estar confortável em casa (ou fazendo os quitutes para um festa de amigos dali a algumas horas) quando entra uma equipe de tv e filma tudo o que ela faz. E ela não se preocupa se a comida que está preparando não é das mais saudáveis, o importante mesmo é ser gostosa, pois ela realmente adora comer. E faz seus pratos com toda a naturalidade possível, sujando as mãos com a massa, experimentando os molhos e dando seu toque à comida. O cenário é realmente maravilhoso. Uma cozinha normal, ou melhor, uma cozinha um pouco acima da média, e seus filhos transitam por ali, seus amigos degustam seus pratos e ela sempre linda preparando pratos maravilhosos. A câmara só espiando, meio escondida, em planos criativos e com alguns desfoques propositais.
Sempre fico hipnotizado ao ver Nigella. Tanto na versão express, para aqueles dias em que não se tem tempo para cozinhar algo elaborado, ou ainda em outros programas em que ela ensina a fazer verdadeiros banquetes. E, claro, as imperdíveis temporadas de verão nas férias.
fotografia: nigella.com
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