11 de novembro de 2008

Encosto de velharia

Pensei em roupas divertidas, originais e antigas. Por que não? O brechó em si parecia uma máquina do tempo (ou uma casa cheia de coisas que ninguém mais quer). Brinquedos que já foram muito amados, vestidos que já dançaram em muita festa de casamento, ternos que trabalharam muito e sapatos que caminharam por toda a cidade. Mas nada que me interessasse muito. Pra não dizer que saí de mãos abanando, voltei do prédio com uma incrível falta de ar. Será que algum antigo e já falecido dono de algumas das roupas que me fizeram rir feito criança ficou chateado e veio me atormentar? Por via das dúvidas conversei com meu amigo da umbanda e ele me passou um banho de rosas brancas. E só pra matar de vez a pulga atrás da orelha fui ao hospital. Nebuliza daqui, toma um comprimidinho ali e pronto, lá se foi o encosto brecholento, ou melhor, minha recém-descoberta alergia a mofo.

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