18 de novembro de 2008

Narração em off

Ouço direitinho sua voz quando leio os e-mails que você me escreve, mais ou menos como em filmes antigos ou nas novelas. Uma voz com uma pitadinha de eco, só pra aumentar a dramaticidade da cena. Imagino até o enquadramento e a luz.

Uma voz que me enche de saudade, por mais que eu saiba que você está num prédio tão pertinho desse décimo terceiro andar. Tão perto de um almoço cheio de risadas e versões brasileiras de músicas americanas.

Quero a gente logo, assim no plural. Quero nós, primeira pessoa do plural, no conjunto, um todo. Cheio de pronomes pessoais retos e oblíquos.

Amo a gente.

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