19 de agosto de 2009

Canudinho

Amanhã coloco um chapéu estranho, aperto algumas mãos, sorrio para as fotos e deixo para trás seis anos. Provavelmente devo ouvir alguns discursos melosos que supostamente deveriam me encher de esperança e de dever cívico, abraço algumas pessoas que nem sei o nome e vou dizer em coro uma frase decorada e sem sentido. E, claro, pegar o tal canudo. Apesar dos perrengues, gostei desses anos todos. Muito! Tanto que estou com frio na barriga. Acabou assim: pluft. Somente no final comecei a gostar de verdade, a me encontrar ali dentro, entre gravatas e códigos. Tem o mestrado, eu sei, mas não quero projetos teóricos, práticas docentes e pensadores alemães por enquanto. Amanhã magicamente saberei de tudo. Ou não. E a vida continua, com meu emprego pagador-de-contas e com todas as incertezas sobre essas milhares de opções de futuros.

Atualização (o único de calça jeans, camiseta e allstar):

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