25 de fevereiro de 2010

Dias ensolarados

Nesses últimos dias não faço muito: decidi ficar nesse pequeno apartamento e pensar na vida. Como um sanduíche qualquer, desses de tele-entrega e bebo algumas cervejas. Aliás, na geladeira só há cervejas, água, algumas garrafas de bebidas prontas de vodka com llimão e, claro, um pouco de bicarbonato e carvão para que me livrem do mau cheiro da geladeira, a qual após um mau contato - ou algum outro evento ainda não explicado - deixou de funcionar por alguns dias durante a viagem, convertendo-se em um necrotério.

Não sei muito bem como minha vida chegou nesse ponto. Ao me olhar no espelho não reconheço o rosto que me encara, o que me dá uma vontade absurda de mudar imediamente. Já me cortei os cabelos, mas de pouco adiantou e o mesmo ocorreu com a barba, que não a faço há quase uma semana. De qualquer forma, acredito que o visual é o que menos importa agora, pois o que realmente me preocupa é o beco em que cheguei.

Sim, pago minha contas e recebo um salário que me dá certo conforto, mas não acredito que a vida seja somente isso. Nesses últimos dias pensei muito no que gostaria de fazer daqui para frente e não encontro solução palpável. Gostaria realmente de algo a curto prazo que me tirasse dessa angústia de me afundar cada vez mais nessa areia movediça profissional.

De qualquer forma, tenho até domingo para encontrar algo que me motive e de antemão já sinto um pouco de medo de voltar ao meu antigo cotidiano. Não sei explicar, mas acredito que algo vai acontecer nos próximos dias...

Vou ali pegar mais uma cerveja. Minha garganta dói um pouco, tomara que não seja nada.

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