13 de julho de 2010

Nonstop

Ainda é o segundo dia? O tempo anda tão devagar que às vezes parece em câmera lenta. Vagaroso, arrastado, quase em pausa. A casa está silenciosa e escuto os ruídos lá de fora. Carros, uma sirene de polícia, pessoas conversando no boteco ali de baixo e aqui meus dedos ricocheteando nesse teclado. Não tem você. Nem suas roupas jogadas na mesa da sala, o embrulho do lanche da padaria, o copo de coca zero pela metade, nem seu drink de vodka com canudinho e o cigarro de menta pela metade no cinzeiro da varanda. Não tem você. Mas tem sua voz, seu cheiro, seu toque, sua risada e até suas reclamações, tudo isso em um filme projetado em mim, rodando sem parar... nonstop.

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