20 de outubro de 2010

Colchão inflável

Lembro do colchão inflável na sala. Só havia uma geladeira, uma máquina de lavar e uma televisão no chão. Claro, a Gal cantava sem parar. E havia nós dois naquele colchão inflável no meio da sala. Nós,  uma sensação de liberdade, de não precisar voltar pra casa, pois afinal de contas a casa agora era ali. E não precisávamos de mais nada. Não tinha internet, não tinha telefone, não tinha fogão, não tinha nem cama. Não tinha um monte de coisa, mas havia a gente e um apartamento pequeno com uma varandinha. E a liberdade. Não precisava de mais nada...
 
O colchão já furou e foi pro lixo. Chegou o rack, a estante, o edredom, a wok e todas aquelas coisas de casa. E agora ali nem era mais nossa casa. Mas tudo bem, já encontramos uma nova casa, bem pertinho, no bloco ao lado. E a mudança vai ser subterrânea!

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