24 de fevereiro de 2011

Bonde

Então acontecem aqueles dias em que é muito fácil sentir pena de si. Os sapatos molham, o trabalho acumula, a cabeça dói, as pessoas ficam mais chatas do que o normal e no fim do dia o ônibus atrasa. A essa altura seus pés já estão completamente submersos nos resquícios da chuva do almoço, sua cabeça parece um reator nuclear e a fome não te deixa esquecer que a última vez que você comeu foi há quase sete horas e, claro, não tem nada em casa. Ah sim, o trânsito faz com que o ônibus fique bastante tempo parado, o que de certa forma facilita a escrita desse lamúrio. Eu sei, a vida é bem mais difícil para grande parte da população, mas isso não me faz sentir melhor ou me faz esquecer a sensação de ter deixado o bonde da vida passar. O próximo bonde talvez só passe ano que vem e esse não perco por nada!

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