22 de janeiro de 2012

Eu já nem me lembrava como era dormir sem a boa e velha dor nas costas. Ela veio assim de mansinho e quando percebi já estava ali toda instalada, morando comigo, indo para todos os lugares, pro bar, pro mercado. Uma companhia bem incômoda e que não me deixava prestar atenção em mais nada. Era como se eu estivesse ali, mas minha cabeça bem longe, na terra das máquinas de dentista e das outras dores agudas, daquelas que não doem tanto, mas não passam. Dor muscular? Será? O Dr. passou um relaxante para os músculos. Será? De repente não tinha mais nada lá, apenas eu e meu corpo. Engraçado como só se dá valor a essa sensação de não sentir nada depois de um tempo sentindo dores. E então me vi como um viciado em morfina do começo do século passado. Ok, uma morfina light, aliás, uma não-morfina, no máximo um paracetamol, mas o importante era finalmente sentir-me relaxado. Até sorri assim sem motivo.

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