14 de maio de 2015

Moscas e borós

A gente contruiu torres imensas para morar e ficar cada vez mais longe do chão, talvez para fugir dos bichos que moram próximos ao solos e ficarmos mais assépticos.

Mas os bichos não se importam com a distância, talvez sintam falta da gente. Querem ficar próximos a nós e à nossa sujeira. Devem gostar do nosso cheiro.

Hoje quando acordei tinha uma mosca parada no vidro da janela. Ela voou mais de quarenta metros pra vir me ver, comer minha comida, colocar seus ovos. Pensando assim, ela merece estar ali e usufruir de todos os benefícios.

Acho que acordei de bom humor e a deixei do mesmo jeito que encontrei, parada no vidro.

Quando eu voltar talvez ela tenha ido embora. Ou tenha conversado com as traças que teimam em aparecer. Formigas e baratas eu ainda não vi por ali, mas outro dia tinha uma lagarta no vaso de hortelã que comprei. Os piores visitantes, sem dúvida, foram as larvas de mosquito que surgiram na lixeira da cozinha.

Já tinha mais de duas semanas que eu não trocava aquele lixo, então mereci ser recepcionado por vários borós. Aliás, esse nome parece ser de algo tão simpático e não mini minhocas filhas de moscas. Não foi uma cena bonita ver vários grãos de arroz se mexendo e agora quando cozinho troco o lixo na mesma hora. Malditos borós.

Será que a mosca que veio me visitar hoje de manhã foi um daqueles borós?

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