31 de março de 2017

Ainda remédios

Uma semana quase toda em casa. Médicos, farmácias, remédios, injeções, acessos intravenosos, aftas, língua careca, amigdalite, náusea, dor de cabeça, tv, muita tv, séries de comédia, mais remédios, dor de barriga. Meu corpo já não entende mais nada. Primeiro ele foi invadido por bactérias que decidiram colonizar minha boca, depois uma bomba de penicilina matou algumas, mas ficaram as guerreiras, então o jeito é usar o antibiótico mais caro e por dez dias. 500 mg de amoxicilina mais 125 mg de clavulanato de potássio. As bactérias estão morre do, inclusive as boas. E olha que uns 20 por cento do nosso peso é de bactérias vivas ou mortas. Será? A gente é um grande ônibus de bactérias. Tem muito DNA que não é nosso dentro do nosso corpo, mas afinal o que é nosso no DNA, né? Afinal a gente herda uma parte da família do pai e outro da família da mãe. São os remédios, eu posso dizer, são os remédios que me deixam assim. E ficar sem trabalhar e sem ir pra faculdade. Mas é bom mesmo ficar longe de tudo, dar uma pausa. Ruim é a culpa e pior ainda a quantidade de trabalho e estudo acumulado pra semana que vem... Mas foi bom pra ver que "all work and no play makes Jack a dull guy", ao mesmo tempo que encher a cara e fazer um monte de maluquice numa festa e não ter memória nenhuma nem do show e nem de quanta merda foi feita, bem, cadê o equilíbrio, cara? É isso mesmo. Um meio termo. Nada de ser só trabalho chato e estudo ou pessoa maluca que beija desconhecidos sem o menor critério e fica quase sem roupa numa festa, depois de ter trabalhado o dia todo e ido pra uma aula que acaba as 22h30 e às 23h00 já está segurando um copo de vodka com Schweppes, com muito mais álcool do que refrigerante. E em seguida outro, e mais outro, e uma cerveja, e outra vodka quase pura e uma pinga de banana com gosto de bubbaloo de uva antes de entrar na festa. E então o corpo entrou num colapso físico e mental. Culpa, estresse, cansaço, brigas, mudanças​ no trabalho, seminários na faculdade. O corpo não deu conta. A cabeça também não. Vamos se entender então. Vamos conversar, eu e você. E a gente conversou e se entendeu. A cabeça foi melhorando. O corpo tambem. Amanhã tudo vai estar melhor... E mais nove dias de medicação. E eu não quero mais passar por isso. Melhor entender logo, né?

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