3 de março de 2021

Relógios do avô



Meu tio me mandou dois relógios de algibeira que pertenceram ao meu avô. Ele morreu há mais de trinta anos e eu era pequeno, quase não convivi com ele. Não tenho memórias, não lembro de sua voz, não guardo nenhum conselho ou histórias dele. Ele foi um comerciante de sapatos e materiais de construção que se fez sozinho. No tempo que viveu tirou poucas férias, apenas para visitar minha mãe e meus irmãos antes do meu nascimento. De qualquer forma fiquei muito feliz com os relógios, é um presente e uma memória da minha ancestralidade. E um lembrete de que não somos eternos.

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